Estamos há alguns dias da divulgação dos candidatos aprovados na Fuvest. De acordo com a instituição responsável por um dos maiores vestibulares do País, são 8.482 inscritos concorrendo a uma vaga na Escola Politécnica da USP.
Esses dados consideram todas as engenharias lecionadas na Poli. Como são 783 vagas disponíveis, a relação candidato/vaga é de 10,83.
Ao considerar apenas a Engenharia Civil da USP São Carlos, por exemplo, os dados são bastante diferentes. Naquela unidade são oferecidas 60 vagas para 1.366 candidatos. Logo, uma relação candidato/vaga de 22,77, maior que o dobro do geral das engenharias.
Isso coloca a Engenharia na Escola Politécnica na terceira colocação dentre as carreiras com maior demanda absoluta, segundo a USP. Atrás apenas de Medicina e Direito.
A partir de tais dados é possível perceber que tem muita gente com vontade de ser engenheiro nos diversos segmentos dessa profissão. E o Brasil precisa de mais profissionais de engenharia!
É o que pensa também o presidente da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros), Murilo Pinheiro. Em entrevista concedida para o G1 Educação, ele afirmou: “A gente deveria estar formando o dobro de profissionais na área tecnológica”.
Formação de engenheiros em xeque
Isso evidencia ainda mais a pertinência na observação de Luiz Carlos Ceotto em artigo recente. No texto ele questiona a possibilidade de rever os currículos e encurtar a graduação em engenharia.
O menor tempo dedicado à formação seria substituído por um sistema de certificação progressiva. O formato permitiria colocar profissionais de engenharia mais rapidamente no mercado.
Isso seria benéfico tanto para o indivíduo como para a sociedade brasileira. Afinal, historicamente há uma relação entre o desenvolvimento de uma nação e a quantidade de engenheiros que ela forma.
Sobre o mesmo tema, Ceotto escreveu, ainda, alguns conselhos para o profissional de engenharia recém-formado. Nenhum dos três itens considerados por ele imprescindíveis para a boa atuação do profissional tem relação exclusiva com a engenharia.
De acordo com ele o profissional que deseja ter uma trajetória bem sucedida deveria se concentrar, além da formação básica, em:
- Aprender inglês;
- Ler muito;
- Dominar a gestão de projetos.
Tais conselhos valem para engenheiras e engenheiros já formados. Mas e como estimular o interesse da sociedade em geral sobre a engenharia? Para formar ainda mais profissionais dessa área talvez seja importante repensar a formação de nossas crianças.
Uma interessante palestra do TED afirma que é preciso permitir às crianças a experimentação. Assim seria natural a elas procurar entender como as coisas funcionam e como melhorar o que existe. Ora, isso não é o que move os profissionais de engenharia?
Oportunidades de qualificação para profissionais de engenharia
Esta semana o Buildin colocou no ar a primeira edição do Buildin Entrevista. São bate-papos em vídeo com profissionais de diversos ramos da engenharia. A finalidade é trazer novos conhecimentos e sanar dúvidas dos nossos leitores.
Desta vez a conversa foi com Pedro Beck Di Bernardi, consultor financeiro especialista em Viabilidade Econômica para Incorporações.
No vídeo foram abordadas, dentre outras questões, temas como:
- Principais erros cometidos no estudo da viabilidade de um empreendimento;
- Momento ideal para o estudo da viabilidade;
- Indicadores a serem analisados.
Também lançamos o segundo volume do e-book “Como evitar erros em orçamentos de obras”, de Aldo Dórea Mattos. Não deixe de conferir!
Segurança do trabalho em alta
Infelizmente, é muito comum nos depararmos com notícias sobre acidentes de trabalho em canteiros de obras.
É preciso estimular a aplicação das NRs (Normas Regulamentadoras) pertinentes à Segurança do Trabalho na Construção. Por isso, o Buildin desenvolveu um conteúdo extremamente rico sobre esse tema. É o Guia Completo da Segurança do Trabalho na Construção Civil.
Lá você vai encontrar tudo o que precisa saber para assegurar as boas condições de trabalho no seu canteiro de obras.
Boa leitura!