Milestone trend analysis

Aldo Dórea Mattos

Escrito por Aldo Dórea Mattos

6 de julho 2018| 4 min. de leitura

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Milestone trend analysis

Você gosta de ler relatórios extensos, cheios de texto e com informações nem sempre fáceis de digerir? Eu também não.
Em planejamento de obra, uma ferramenta gráfica que venho usando e que agrada bastante aos clientes é a milestone trend analysis (análise de tendência dos marcos). Leva-se 1 minuto para aprender e você não vai mais querer largar…
Vamos primeiro aos termos:

  • MILESTONE = MARCO. Um marco é evento no tempo, sem duração, que serve para balizar a consecução de alguma etapa intermediária da obra. Aqui não nos referimos a marcos contratuais (que são fixos), mas aos marcos do cronograma do construtor (que podem variar no tempo à medida que as atualizações do cronograma vão sendo realizadas);
  • TREND = TENDÊNCIA. A tendência é o comportamento do marco ao longo do tempo, ou seja, sua propensão a se atrasar ou a se antecipar em relação ao cronograma inicial (base);
  • ANALYSIS = ANÁLISE. A análise envolve a interpretação da tendência dos marcos e seu impacto no cronograma geral da obra, a fim de dar uma visão panorâmica do progresso e permitir a tomada de decisões pelos responsáveis pela gestão da obra.

Agora a mecânica do gráfico.

1º passo – Identificação dos marcos

O cronograma foi montado com marcos? Ótimo. Se não foi, é preciso definir alguns. Os marcos podem ser de término — conclusão da estrutura, término do desvio do rio, tubulação assentada, turbina entregue no canteiro, etc. —, ou de início — começo da soldagem, início do revestimento, etc. Eu prefiro montar meu cronograma com marcos de término, pois para mim são mais eloquentes.
Exemplo: Construção da fábrica de sonhos

Marco
Instalação do canteiro
Estrutura de concreto
Montagem da ponte rolante
Galpão
Estrada de acesso
Conclusão da obra

2º passo – Representação gráfica

O gráfico da milestone trend analysis (MTA) tem os seguintes eixos:

  • Horizontal – data da atualização do planejamento;
  • Vertical – data de cada marco na respectiva atualização do planejamento.

 

3º passo – Atualização periódica

À medida que o planejamento da obra é atualizado (semanalmente, quinzenalmente, mensalmente), os marcos vão “flutuando” no cronograma, ora apresentando atraso, ora adiantamento. O gráfico mostra justamente essa “dança” dos cronogramas.

4º passo – Interpretação

Se a linha que representa um dado marco SUBIU, isso significa que ele se ATRASOU, pois ele está sendo atingido mais tarde.
Se a linha que representa um dado marco DESCEU, isso significa que ele se ANTECIPOU, pois ele está sendo atingido mais cedo.
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