Construsummit 2018: cultura é obstáculo à inovação no canteiro de obras

Bruno Moreira

Escrito por Bruno Moreira

16 de janeiro 2019| 4 min. de leitura

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“Canteiro tecnológico: como difundir soluções que otimizam obras e planejamento?” Este foi o tema de um dos painéis de debates do Construsummit 2018. Participaram da discussão: o consultor técnico e de gestão de projetos da Lorenceto Engenharia, Danilo Lorenceto; o cofundador da Construct, Drew Beaurline; o CEO da Mutual, Paulo Oliveira; e o CEO da Aval Engenharia, André Quinderé.

A cultura construtiva do País foi levantada pelos participantes como o principal obstáculo para introduzir inovação na gestão e canteiro de obras. O CEO da Mutual acredita que muitas vezes falta aos diretores do setor uma visão positiva referente a investimentos. Ou seja, com resultados gerados em médio prazo, que é o caso de aportes na área de tecnologia.

 

Por sua vez, o consultor técnico e de gestão de projetos da Lorenceto destaca a cultura brasileira do setor de construção de iniciar a obra muitas vezes sem projetos executivos. Isso acarreta um escopo mal definido e menos assertividade de resultados. Ao mesmo tempo, Lorenceto observa um obstáculo referente ao nivelamento da informação. Para ele, a informação precisa chegar com mais facilidade e clareza ao canteiro de obras.

O cofundador da Construct acredita também na necessidade de haver um maior nivelamento das informações. Nesse sentido, salienta que os engenheiros não se sentem confiantes em reportar as informações para os pedreiros. “Para seguir em frente é preciso acreditar que essa pessoa está apta a realizar as tarefas”, diz.

 

Para o CEO da Aval Engenharia, o engenheiro brasileiro é muito focado na execução da obra. Assim, esquece das tendências e tecnologias que podem ser aplicadas a fim de tornar mais rápido e eficiente o processo construtivo.

Inovação em dois momentos

Oliveira ressalta a necessidade da separação entre dois momentos importantes do processo construtivo: a pré-construção e a construção. Na etapa inicial, segundo o CEO da Aval Engenharia o uso de novas ferramentas tende a resultar em mais assertividade. “Na fase de pré-construção, todas as ferramentas convergem, levando à racionalização do produto. Isso torna o processo mais fácil e rápido”, explica.

Já na fase de construção, segundo Oliveira, mesmo com o planejamento perfeito, o que se faz é tentar entregar aquilo que foi planejado. “Nessa etapa, o fator humano – falha logística, por exemplo – pesa muito”, afirma. Dessa forma, a eficiência na obra depende muito da pré-construção, segundo ele. “É preciso separar essas duas fases para que se consiga obter ganhos em ambas”, conclui.

 

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