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O cenário atual da construção civil brasileira indica baixo crescimento econômico e pouca digitalização. Diante disso, o líder de Estratégia e Inovação da Ambar, Francois Loncke, mostrou no Construsummit 2018 um pouco da experiência da empresa no desenvolvimento de soluções reais de tecnologia e design de produto. Tudo para garantir redução de custos e resíduos em obras.
O nicho de negócios da Ambar é o desenvolvimento de sistemas elétricos, hidráulicos sanitários e de gás para obras de construção civil.
A construtech não atua como construtora ou incorporadora. Então, de acordo com o Loncke o desafio foi um pouco diferente do enfrentado pelas companhias do nicho. “Nosso objetivo é trabalhar com as tecnologias estruturais atuais e aos poucos começarmos a transformar os sistemas construtivos, as peças, a digitalização do nosso modelo de negócios para atender as obras”, explica.
À medida que a Ambar passou a desenvolver seus produtos para empresas do setor de construção civil, começaram a surgir problemas. Primeiro, relacionados a compatibilidade em relação à tecnologia empregada para o desenvolvimento de projetos. Estes, em sua maioria, eram criados em 2D.
A Ambar tomou, então, as rédeas desse processo, disponibilizando apenas projetos em 3D de suas soluções. “Tentamos até uma abordagem com outras ferramentas, mas percebemos que a jornada seria mais longa”, diz.
Eficiência construtiva
O objetivo era tornar mais célere e eficiente o processo de construção. Assim, a empresa, segundo Loncke, passou a ser responsável pela parte de compatibilização de projetos. Assim, resolvendo interferências e realizando otimizações. Tudo por meio de um banco de dados que possibilita criar padrões ou módulos de peças. O passo seguinte é a customização em massa.
Ou seja, a Ambar define os módulos e etapas em que serão entregues na obra. Conforme, Loncke, dessa forma, a Ambar garante que a obra receberá a peça no momento certo. “Nossa responsabilidade não se resume ao produto, mas ao atendimento em campo e a resposta rápida para os problemas de campo”, conta.
Tecnologia convencional otimizada
Loncke explica que a Ambar tem ajudado a construção civil utilizando tecnologias já existentes. E faz isso da seguinte forma: a empresa atua junto à equipe de instaladores e aos engenheiros das construtoras. A ideia é customizar ao máximo a produção por meio dos modelos de peças desenvolvidos com o auxílio do banco de dados da empresa.
Além disso, a empresa é responsável pela gestão de mão de obra no canteiro. “Tudo isso permite a redução do custo total de mão de obra”, diz.
A economia facilita a aquisição das tecnologias. Outras vantagens obtidas pelo método de trabalho da Ambar são: a não geração de resíduos e a simplificação do suprimento, pois compra-se sistemas e não vários componentes e peças, que depois serão industrializados.
Atuação diferenciada
Diferentemente de muitas startups, a Ambar inseriu-se no mercado como um desenvolvedor de hardwares. Contudo, o processo de digitalização dos negócios na construção é irreversível. Assim, Loncke acredita que a empresa precisa mudar para continuar existindo.
Dessa forma, nos últimos seis meses, a Ambar vem remodelando sua relação com os clientes, construtoras, incorporadores, cadeia de suprimentos, para assegurar sua participação em todos os ecossistemas de forma aberta.
Conforme Loncke, a empresa tem buscado, nesse sentido: desenvolver os projetos de acordo com os requisitos do cliente. Isso envolve calcular, desde o primeiro momento, o custo não apenas dos componentes mas total de construção.
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