As análises financeiras, como você certamente sabe, fazem a avaliação da viabilidade, situação atual e capacidade de geração de lucro dos negócios.
Se já eram indispensáveis antes, muito mais agora, quando a economia sofre uma nova crise, desta vez provocada por um vírus – o Covid-19. Mas ainda há quem negligencie tais análises e o resultado disso costuma ser desastroso, a médio prazo.
Somente uma administração muito eficiente pode garantir o equilíbrio financeiro e a sobrevivência das construtoras ou incorporadoras, num cenário de incertezas como esse.
Quem sabe usar as boas ferramentas de gestão, como as análises financeiras, ganha produtividade, torna-se mais competitivo e pode até mesmo crescer em meio à turbulência.
“A análise financeira através do monitoramento dos fatos e dos resultados, bem como, do planejamento, deve tornar-se uma ação gerencial estratégica constante do empresário”, afirma o Sebrae.
Então, prosseguindo a leitura, você vai conhecer os principais tópicos das análises financeiras, especialmente aqueles mais importantes para a construção civil.
Análises financeiras para tomada de decisão
A análise financeira das construtoras e incorporadoras serve para avaliar os seus resultados já alcançados e suas perspectivas para o futuro, isso está claro, não é?
Além disso, somente a partir das análises financeiras o empreendedor pode tomar decisões estratégicas, para traçar com segurança o futuro dos seus negócios.
Identificar fragilidades e pontos fortes, saber onde e como investir, antecipar-se aos problemas, definir metas de crescimento, tudo isso fica muito mais fácil.
Do contrário, sem o conhecimento dessas análises, qualquer decisão será tomada sob grande risco de erros e prejuízos, como alguém que navega às escuras.
Vejamos agora quais são essas práticas indispensáveis para o setor, que permitem o controle sobre a gestão e também a implementação das melhorias necessárias.
Empreendedores, sócios, gerentes financeiros, entre outros, devem ter pleno conhecimento e domínio desses itens.
1- Fluxo de Caixa
É um dos elementos mais conhecidos das análises financeiras e também uma dificuldade frequente das organizações, principalmente das médias e pequenas construtoras.
O fluxo de caixa representa a consolidação das entradas e saídas financeiras de uma empresa.
Com a sua análise o empreendedor verifica a situação das suas finanças, a necessidade de aumento de receitas ou redução de despesas.
Isso exige um controle diário muito rigoroso, mas nas empresas com poucos recursos ele é administrado sem os devidos cuidados, muitas vezes.
Torna-se assim um fator de desequilíbrio que compromete o desempenho financeiro e a competitividade da organização.
Você precisa levar em conta que um fluxo de caixa bem administrado traz vantagens significativas como:
- Antecipar possíveis situações críticas ao negócio, como pagamentos adiante que precisam ser provisionados ou renegociados com antecedência.
- Facilitar o planejamento da empresa, tais como contratações, dispensas, encomendas de material, investimentos.
- Evitar problemas com fornecedores, por falta de pagamentos e atrasos desnecessários.
- Melhor identificação de encargos e despesas excepcionais da folha de pagamentos.
- Manter os tributos em dia e evitar situações desagradáveis com o fisco por falta de previsão.
- Garantir que os processos internos estão andando corretamente, pois se está tudo ajustado o fluxo de caixa também deverá estar e vice-versa.
- Estar preparado e organizado para os imprevistos, com um bom fluxo de caixa é mais fácil passar por situações difíceis.
2- Conciliação bancária
Este é um elemento essencial em qualquer processo financeiro, ao fazer a comparação dos saldos bancários com os extratos ou planilhas que mostram os lançamentos realizados.
Ela consolida as rotinas de pagamentos e recebimentos, apontando as saídas relacionadas às notas dos fornecedores, bem como os aportes de clientes na conta.
Colocando lado a lado as despesas, recebimentos e o saldo disponível, o gestor pode conferir se as movimentações previstas foram realizadas, bem como eventuais divergências nos resultados.
A conciliação bancária também identifica rapidamente eventuais inconsistências do banco, como estornos, operações incorretas que, de outra forma, só seriam vistas bem mais tarde.
Isso dá a certeza da exatidão dos saldos em conta num determinado período de tempo, semanal, mensal, anual, ou numa determinada data específica.
Em paralelo com o fluxo de caixa, a conciliação bancária permite maior clareza sobre a situação financeira da empresa, ao mostrar em tempo real as suas necessidades de caixa.
3- Balanço patrimonial
Apresenta os ativos (bens e direitos), os passivos (exigibilidades e obrigações) e o Patrimônio Líquido, que é o resultado da diferença entre o total de ativos e o total de passivos da construtora.
O Patrimônio Líquido, no caso, representa a liquidez da empresa e o valor contábil devido pela pessoa jurídica aos sócios ou acionistas, ou seja:
Patrimônio Líquido = Ativo – Passivo
4- Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)
A DRE é fundamental para analisar a lucratividade da empresa, pois oferece uma síntese financeira dos resultados operacionais e não operacionais num certo período.
Ela demonstra a formação do resultado líquido de um exercício a partir do confronto das receitas, custos e resultados, apurados conforme o regime de competência.
Vale a pena lembrar o significado destes conceitos.
No Regime de Competência o registro dos eventos (vendas, custos, despesas, etc) acontece na data em que aconteceram.
Isto é, a contabilidade faz a sua anotação na data do fato gerador, não importando quando é pago ou recebido.
Para entender a diferença, no Regime de Caixa é o contrário, os documento são registrados apenas na sua data de pagamento ou recebimento, efetivamente.
Conforme a legislação que regula a DRE, ela deve apresentar, no mínimo:
- As receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda.
- Os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.
- Também inclui o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
Ela permite fazer uma análise vertical e horizontal do desempenho da empresa nesse quesito.
Na análise horizontal, são analisadas receitas e despesas ao longo do tempo, o que possibilita a análise da evolução dos ganhos e dos gastos.
Por outro lado, na análise vertical, as contas são comparadas em seus respectivos grupos de despesas.
Aqui também, a análise conjunta de ambas permite identificar tendências e fazer previsões que são fundamentais ao planejamento estratégico das empresas.
5- Margem de contribuição
A margem de contribuição representa o que sobra da receita conseguida com a venda de um produto, após retirar o valor dos gastos variáveis, que é composto por custo variável e despesas variáveis.
Você precisa saber disso porque seu negócio pode estar vendendo bem, mas sem ter lucro e com esse dado essa dúvida fica esclarecida.
Na realidade, em qualquer setor é relativamente fácil de se apurar o valor e o percentual respectivo da margem de contribuição.
Entenda porque esse nome:
Margem – porque é a diferença entre o valor da venda ou preço de venda e os valores dos custos e das despesas específicas destas venda, também conhecidos por custos variáveis e despesas variáveis da venda.
Contribuição – porque representa quanto o valor das vendas contribui para o pagamento das despesas fixas e também para gerar Lucro.
Então, para encontrar a Margem de Contribuição, é preciso realizar a seguinte conta:
Margem de Contribuição =
Valor das Vendas – (Custos Variáveis + Despesas Variáveis).
6- Retorno sobre investimentos (ROI)
Outro indicador importante é o Retorno sobre investimento (ROI), que significa a relação entre o lucro líquido e o custo do investimento resultante da aplicação de recursos.
Como medida de desempenho, o ROI, é usado para avaliar a eficiência de um investimento ou para comparar a eficiência de vários investimentos diferentes.
Para calcular o ROI, subtrai-se o ganho alcançado pelo investimento do investimento inicial. Depois, esse resultado é dividido pelo investimento inicial.
Assim:
ROI = (Ganho obtido – Investimento inicial) / Investimento inicial.
Esse resultado ajuda a planejar os próximos empreendimentos, definindo o que é necessário investir, cortar, ajustar orçamentos, para garantir um ROI mais favorável.
Revisar processos e buscar tecnologia
Para que a análise financeira seja efetiva e possa aprimorar a gestão da sua construtora, você precisa revisar seus processos internos e buscar apoio em novas tecnologias.
Analise com cuidado os relatórios de cada uma das áreas da empresa, identifique as dificuldades, veja onde é possível melhorar e trace metas para isso com seu pessoal.
Se você agregar, ainda, uma tecnologia que traga maior agilidade e precisão aos processos, esteja certo, a empresa vai ter ganhos robustos de qualidade e produtividade.
Quanto a isso, aliás, o Sebrae é muito enfático e diz que até mesmo as pequenas empresas devem se decidir a investir logo em tecnologia.
Em pleno Século 21, não é mais possível que uma empresa pense em sobreviver com amadorismo, improvisações e soluções do século passado, você não concorda?
Sistema Integrado de Gestão – ERP
Uma alternativa que já está muito difundida na construção civil, para você pensar, é o sistema integrado de gestão empresarial ou ERP, na sigla em inglês.
Um ERP como o Sienge Plataforma centraliza as informações e integra toda a empresa, da administração ao canteiro de obras.
Com isso, as suas diversas áreas trabalham totalmente alinhadas, com uma grande sincronia nas suas atividades.
O Sienge vem estruturado em diversos módulos, que geram as informações que você precisa e relatórios completos, com muita facilidade, sempre que precisar.
Dessa maneira, você não precisará mais passar tanto tempo analisando planilhas e tabelas que, muitas vezes, são incompletas e não conversam entre si.
Com o Módulo Financeiro do Sienge, você faz a gestão dos seus recebíveis, realiza pagamentos, transferências, verifica as contas, confere o caixa, entre outras funcionalidades.
Assim, fica muito mais fácil obter os dados e fazer as análises financeiras que traçam o diagnóstico completo da construtora/incorporadora.
Melhoria contínua
Mesmo numa conjuntura econômica difícil, o bom empreendedor não pode perder de vista a necessidade da melhoria contínua.
Isto significa aperfeiçoar sua gestão, azeitar a engrenagens da empresa, para que ela seja uma organização sólida e possa desenvolver todo o seu potencial de crescimento.
Você viu neste artigo que uma ferramenta indispensável para isso são as análises financeiras. Com o apoio da tecnologia elas vão trazer muito mais segurança para seus empreendimentos.
Seja como for, estamos aqui para ajudá-lo. Se precisar de alguma informação ou orientação a respeito, faça contato conosco, teremos muita satisfação em atendê-lo.
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Obrigado pela leitura e até o próximo artigo.