O desafio das nomenclaturas de insumos da construção civil

Eng. Jonathan Degani

Escrito por Eng. Jonathan Degani

5 de outubro 2020| 10 min. de leitura

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O desafio das nomenclaturas de insumos da construção civil

Alguns problemas parecem muito básicos, mas se provam alguns dos mais complicados de resolver. Um bom exemplo disso tem a ver com os insumos de construção civil. É muito comum usar vários nomes para o mesmo material ou equipamento, e isso pode causar efeitos mais prejudiciais do que parece.

Mesmo um detalhe como esse, que parece não significar nada, pode gerar problemas de gestão com potencial efeito “bola de neve”. Ou seja, a situação vai piorando cada vez mais até se tornar algo sério.

Por isso, neste artigo eu vou explicar para você o problema das nomenclaturas de insumos de construção civil, como eles afetam sua empresa e o que fazer a respeito.

Entenda o problema das nomenclaturas de insumos de construção civil

Você já deve ter passado por esse problema: ao tentar comprar algum insumo para uma obra ouviu que o vendedor não tinha o item, ou nunca ouviu falar dele. O problema é que o item era comum demais para qualquer fornecedor desconhecer sua existência.

Por exemplo:

  • carrinho de mão também pode ser carriola;
  • brita pode ser chamada de pedra britada ou pedrisco;
  • elemento vazado é chamado, em alguns lugares, de cobogó;
  • vergalhão tem como alternativas viga metálica e barra de aço;
  • joelho de tubulação se torna curva para esgoto;
  • isopor é chamado de EPS em certas regiões;
  • e com certeza você já viu outros exemplos.

Isso acontece muito no Brasil, por vários motivos. Um deles é que não existe uma nomenclatura padrão no nosso país para todos os insumos de construção civil. O segundo é que o Brasil tem proporções continentais e é culturalmente muito diverso.

Em alguns lugares, vergalhão pode ser chamado de viga de ferro

Assim, cada região tem sua própria forma de chamar certos insumos. Com isso, dependendo de onde você vai comprar ou realizar a obra, o nome de certos materiais pode variar.

Será que isso é mesmo um problema?

A princípio pode até parecer que isso não é um problema real, já que o nome de um insumo não altera em nada sua eficiência, seu preço ou sua necessidade no canteiro de obras.

Mas é preciso olhar além:

Na hora de manter um controle preciso de insumos, essa diferença de nomes torna tudo mais complicado. Por exemplo, alguns dos motivos para manter um registro preciso dos insumos de construção civil são:

  • manter o controle dos orçamentos;
  • controlar o estoque de insumos;
  • comparar qualidade e quantidade de insumos entre obras;
  • evitar desperdício de materiais no canteiro de obras;
  • controlar o fluxo de caixa;
  • entre outros pontos.

Como as nomenclaturas diferentes afetam a gestão das empresas

É de esperar que um problema como esse cause consequências negativas para a gestão das empresas do setor de construção civil. Mas que tipo de efeitos isso gera, na prática? Para quem se preocupa em manter um bom controle das informações de compra e estoque, por exemplo, o trabalho fica mais complicado.

Curva de esgoto ou joelho de encanamento: nomes dados para o mesmo produto

Ou seja, estamos falando de pontos que afetam a saúde financeira da empresa. E o pior, fazem isso de forma tão sutil que o problema passa despercebido até o momento em que se torna algo grande.

Veja agora como 3 pontos-chave da sua empresa são afetados, de forma direta ou indireta, pela falta de padrão nas nomenclaturas de insumos:

Controle de estoque

O primeiro desafio das diferentes nomenclaturas é controlar bem o estoque. Afinal, se você mantiver os diferentes nomes no controle interno, vai precisar consultar nomes diferentes na hora de procurar pelo mesmo tipo de insumo.

Ou seja, vai ter, no mínimo, o dobro de trabalho para manter a precisão do controle dos materiais no estoque. Percebe como um detalhe que parece sem importância se torna um problema que reduz a eficiência do seu trabalho?

Precisão do histórico de compras

O mesmo problema anterior se revela em outras áreas da empresa, como na questão de manter o histórico de compras bem detalhado e preciso.

Pense no seguinte:

Dependendo da solução que você usa para manter o controle do preço dos insumos, não faz diferença ter muitos insumos diferentes. Mas a partir do momento em que precisa avaliar o mesmo insumo duas vezes, de forma manual, e tirar a média de preço com base no histórico dos dois, a situação fica bem mais complicada.

Controle do fluxo de caixa

Por fim, não pense que é só no quesito organização que a sua vida fica mais difícil com as diferentes nomenclaturas dos insumos de construção civil. Até seu fluxo de caixa corre risco, uma vez que a compra de materiais pode ser prejudicada.

Isso acontece pelo seguinte:

A partir do momento em que a empresa não consegue manter o controle do estoque e dos preços a pagar, fica mais difícil saber se está pagando mais caro do que deveria por eles. Com isso, o orçamento das obras pode ser afetado e, por sua vez, as compras se tornam mais trabalhosas.

Uma pequena flutuação pontual é normal, mas imagine isso acontecendo em obra após obra. O fluxo de caixa pode sofrer bastante.

Como padronizar os nomes de insumos de construção civil na sua empresa

Só existe uma solução para esse problema, que é criar um padrão interno de controle dos insumos de construção civil que você usa no dia a dia. Isso exige algumas medidas muito claras e práticas, que farão toda a diferença no seu trabalho e nos seus resultados.

O tradicional carrinho de mão também é chamado de carriola

O segredo está, como de costume, na tecnologia, que vem para facilitar a sua vida e resolver problemas comuns que a sua empresa pode enfrentar. Mas que medidas práticas são essas que você precisa colocar em ação?

Há pelo menos 3 ações que você deve tomar para resolver esse problema, que são:

Adote uma plataforma integrada de gestão para construção civil

Adotar uma plataforma de gestão integrada para a sua construtora ou incorporadora é o primeiro passo para manter o controle sobre os nomes dos insumos de construção. Por quê?

Com todas as funções da plataforma integrada, você tem tudo em um só lugar, e não precisa se preocupar demais em unificar dados de forma manual. Assim, seu trabalho será mais fácil ao controlar estoque, fazer orçamentos, movimentar o caixa etc.

Crie um sistema interno de nomenclatura

Em vez de apenas digitar o nome dos insumos de acordo com a nomenclatura usada pelo fornecedor, é melhor criar um sistema interno. Desse modo, todos na empresa sempre vão saber qual nome dar a cada peça, mesmo que seja diferente de um vendedor para outro.

E para isso não tem segredo:

Basta escolher os nomes mais comuns na sua região, os que os funcionários da sua empresa estão mais acostumados a usar. Dessa forma, você vai reduzir em muito a margem de erro e vai conseguir registrar cada item sem duplicações e complicação desnecessária.

Considere a possibilidade de incluir códigos de barras nos insumos

A terceira atividade que pode facilitar muito a sua vida é a inclusão de códigos de barras nos insumos de construção civil. Dessa forma, você vai controlar tudo o que entra e sai do canteiro ou do almoxarifado, já com a nomenclatura escolhida internamente.

Essa solução em 3 passos é tudo que você precisa para resolver o problema da nomenclatura e manter seus insumos bem organizados e gerenciados.

Num país tão grande e diverso como o Brasil, é natural que apareçam vários nomes para os mesmos insumos de construção civil. Mas por usar uma plataforma de gestão integrada em constante evolução você vai preservar a sua empresa de problemas de gestão e manter a precisão do controle sobre os materiais.

Sabia que além de ajudar com as nomenclaturas de insumos há outras formas de usar uma plataforma integrada de gestão para tornar sua empresa mais produtiva? Veja agora quais são elas!