Conexão entre prazo e orçamento para previsibilidade do fluxo de caixa: Case Masotti

Guilherme Losekann

Escrito por Guilherme Losekann

10 de outubro 2024| 11 min. de leitura

Compartilhe
Conexão entre prazo e orçamento para previsibilidade do fluxo de caixa: Case Masotti

Aprenda como alcançar a previsibilidade de fluxo de caixa na Construção Civil com planejamento, controle de custos e integração de processos.

Manter um fluxo de caixa saudável é um dos maiores desafios para construtoras e incorporadoras, sendo fundamental para garantir liquidez e a continuidade das operações. 

A má gestão deste fluxo pode gerar uma série de problemas, como atrasos no pagamento de fornecedores, falta de previsibilidade financeira e dificuldades para honrar compromissos, o que compromete a credibilidade e a capacidade de novos investimentos da empresa.

Entre os principais fatores que impactam o fluxo de caixa, destacam-se o planejamento inadequado e a falta de controle sobre os custos da obra. Sem uma conexão clara entre o cronograma físico-financeiro e o orçamento, a construtora fica mais suscetível a imprevistos que podem comprometer o andamento dos projetos, aumentando o risco de atrasos e de estouro de custos.

A recente experiência da Masotti, uma das principais construtoras do interior de São Paulo, é uma prova de que o alinhamento entre planejamento de obras e o orçamento é fundamental para uma boa previsibilidade financeira. 

Ao integrar esses elementos, é possível ter maior controle sobre os prazos e despesas, garantindo uma gestão financeira com fluxo de caixa muito mais equilibrado. Evitando, assim, surpresas desagradáveis e o melhor: promovendo um crescimento sustentável no longo prazo. 

Continue sua leitura para entender melhor como a Masotti utilizou a conexão entre planejamento e orçamento para alavancar os seus negócios e descubra como aplicar essa técnica na sua construtora ou incorporadora também.

Como alcançar a previsibilidade do fluxo de caixa na construtora

No Construsummit 2024, Guilherme Santos, Coordenador de Engenharia na Masotti, apresentou o método utilizado pela construtora para alcançar a previsibilidade do fluxo de caixa. O processo envolve várias etapas fundamentais, desde a venda das unidades até o orçamento, sempre com um foco na integração entre planejamento e execução.

1) Venda de unidades

O acompanhamento das vendas de unidades e dos recebimentos é o primeiro ponto a se levar em consideração para a saúde financeira da construtora. Desde a proposta até a assinatura do contrato, cada fase deve ser monitorada para garantir que os recebimentos futuros estejam alinhados com os compromissos financeiros da obra.

Além disso, é importante realizar previsões de vendas e recebimentos para ajustar o fluxo de caixa à realidade do mercado. Simular cenários de vendas futuras possibilita que a empresa antecipe ajustes no planejamento financeiro e tome decisões mais seguras, garantindo a continuidade saudável do projeto.

2) Financiamento bancário

O financiamento bancário deve ser planejado e ajustado ao longo da execução da obra. Ter uma previsão clara de recebimentos e de pagamentos alinhados ao cronograma permite que a construtora mantenha sua liquidez ao longo do projeto.

O replanejamento constante com base no que foi recebido de forma real é necessário para ajustar o fluxo financeiro às variações do andamento da obra, seja por mudanças nos prazos ou outros imprevistos.

3) Estoque

A gestão do estoque físico deve ser feita de forma precisa, garantindo que os materiais comprados sejam utilizados no momento correto, evitando custos com armazenamento prolongado ou falta de insumos essenciais.

Adiantamentos a fornecedores devem ser monitorados para que o que foi pago seja utilizado conforme o cronograma, e não fique parado sem agregar valor à obra. Esse alinhamento entre estoque e cronograma é muito importante para garantir que os insumos cheguem no tempo certo e sejam incorporados à obra rapidamente, evitando imobilização de capital e impactando positivamente o fluxo de caixa.

4) Planejamento de obra

O planejamento da obra é a etapa central que conecta todas as demais. Ele envolve o desenvolvimento de um cronograma bem detalhado, com medições periódicas do avanço físico da obra e a capacidade de replanejamento constante quando necessário.

É aqui que o acompanhamento periódico desempenha um papel fundamental: medições regulares permitem corrigir a rota e alinhar as atividades da obra com o fluxo de caixa, garantindo que cada etapa seja executada no prazo certo e com os recursos disponíveis. Sem esse acompanhamento, o cronograma pode se tornar obsoleto, causando atrasos e desequilíbrios financeiros.

5) Custo real

É fundamental acompanhar os custos reais da obra em tempo real, com base nas estimativas preliminares e nas fases do projeto em andamento. A apropriação correta dos insumos, o fluxo organizado de compras e contratos, e o acompanhamento de permutas e cauções são fundamentais para evitar surpresas no fluxo financeiro. 

A gestão contínua de contratos e o alinhamento entre os fluxos de compras e o cronograma são fatores essenciais para garantir que as despesas ocorram conforme planejado. Qualquer desvio no planejamento nesse sentido precisa ser corrigido imediatamente para evitar impactos no caixa. Essa fase é muito importante pois ela ajudará a determinar o próximo e último passo: o orçamento.

6) Orçamento de obra

A previsibilidade do fluxo de caixa se consolida com um orçamento bem estruturado, que inclui a gestão de insumos, previsão de entregas e planejamento de desembolsos conforme o cronograma. Nesse ponto, o foco está em garantir que o custo estimado para a execução esteja alinhado com a realidade do projeto.

O planejamento do desembolso financeiro deve ser cuidadosamente ajustado ao cronograma da obra. Essa integração é indispensável para que os pagamentos sejam feitos no momento certo, evitando que a empresa enfrente desequilíbrios de caixa por falta de planejamento adequado.

Cada uma dessas etapas desempenha um papel importante para garantir que a construtora tenha previsibilidade do fluxo de caixa ao longo do projeto. Porém, o grande diferencial está na integração entre elas. O acompanhamento contínuo do planejamento, a sincronia entre compras e contratos e a previsão de desembolsos conforme o cronograma, são fundamentais para garantir uma boa gestão financeira e evitar imprevistos.

Como a Masotti alinha planejamento, orçamento e fluxo de caixa

A Masotti, uma das principais construtoras do interior de São Paulo, enfrentava grandes desafios na gestão financeira e operacional de suas obras. Entre as principais dores estava o fechamento mensal, que demorava mais de dez dias para ser concluído.

O processo começava no dia 29 e só terminava no dia 10 do mês seguinte, devido ao uso de diversas planilhas e à análise manual dos dados. Como consequência, as obras estavam sempre atrasadas, pois as informações necessárias para a tomada de decisão chegavam de forma tardia.

Para resolver esses problemas, a Masotti implementou o Sienge Plataforma para gerenciar o orçamento e a Prevision para organizar o planejamento. A integração dessas ferramentas trouxe uma transformação significativa na rotina da empresa. 

Segundo Guilherme Santos, “Eu tenho um orçamento dentro do Sienge e um planejamento na Prevision e todas essas informações estão integradas, obtendo previsibilidade dos próximos passos que serão tomados.”

Essa integração possibilitou que a equipe tivesse acesso a uma base comum de dados, facilitando o acompanhamento da obra em tempo real e agilizando a apuração de resultados.

O processo de análise, que antes levava dez dias, hoje é concluído em apenas duas horas. Com essa agilidade, a Masotti pode identificar desvios no cronograma ou orçamento de forma antecipada e ajustar a rota rapidamente. 

Como destaca Guilherme, “Então é isso, a gente consegue perceber que está no caminho errado muito antes e corrigir a rota, se for necessário, antecipadamente.”

Além disso, a integração permitiu um melhor planejamento de compras e o desenvolvimento de um fluxo de caixa integrado, essencial para garantir previsibilidade e evitar surpresas financeiras ao longo da obra. 

Com esses processos otimizados, a Masotti ganhou eficiência e fortaleceu seu controle financeiro, o que contribuiu para o sucesso e a pontualidade de seus projetos.

Confira mais sobre como a Masotti alcançou a previsibilidade do fluxo de caixa por meio de um bom planejamento no rápido vídeo abaixo.

Conclusão

A jornada de transformação da Masotti demonstra como a integração entre planejamento, orçamento e controle financeiro é importante para garantir a previsibilidade e a eficiência em projetos de Construção Civil. Com a implementação das soluções Sienge Plataforma e Prevision, a construtora reduziu o tempo de análise financeira e ganhou mais tempo para ter controle sobre cada etapa da obra.

Essa integração permitiu à empresa acompanhar de forma precisa o fluxo de caixa, planejar melhor os desembolsos e manter as compras alinhadas ao cronograma da obra. O resultado foi um ganho significativo de agilidade, previsibilidade e a capacidade de ajustar rapidamente qualquer desvio no projeto.

Se a sua construtora ou incorporadora busca aumentar a eficiência e garantir uma gestão financeira mais sólida, vale a pena conhecer como a integração entre Sienge e Prevision pode trazer esses benefícios para o seu negócio.

Acesse aqui para descobrir como essas ferramentas podem transformar a gestão de seus projetos.