Engenharias do futuro: a carreira num contexto disruptivo

Engenharias do futuro: a carreira num contexto disruptivo

O mundo está mudando e, com ele, as profissões estão mudando cada vez mais rápido. Diante disso, que planeja uma carreira deve, obrigatoriamente, pensar em quais são as engenharias do futuro e como organizar e direcionar a carreira.

A finalidade desse post é falar sobre as tendências de carreira em engenharia civil e outras áreas para os próximos anos.

Além disso, o post visa a comentar sobre as mudanças no mercado de trabalho e as competências que o profissional precisará para se adequar às novas tecnologias.

A construção de carreira para as engenharias do futuro

Com mais de £500 bilhões de investimento na indústria de construção do Reino Unido, e vários grandes projetos em andamento, nunca houve um momento melhor para construir uma carreira em engenharia civil.

A indústria de construção do Reino Unido está aumentando a atividade. Recentemente, o governo anunciou mais de £ 500 bilhões de investimento em infraestrutura.

Esse é um dinheiro que beneficiará tudo, desde os projetos de construção no país até suas redes de comunicações. Ou seja, uma excelente oportunidade para pessoas que focam sua carreira em engenharia civil.

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Além disso, houve o anúncio de um investimento de £23 bilhões do National Productivity Investment Fund. Este inclui mais de £ 2,6 bilhões em infraestrutura  para melhorar as redes de transporte.

Mais do que isso, o governo também planeja um pacote de vários milhões de libras para o futuro da banda larga e £7,2 bilhões para dar suporte à construção de novas casas. No total, espera-se que o investimento aumente a demanda para mais de 250 mil construções até 2020.

O financiamento foi descrito pelo governo como “o maior e mais abrangente de todos os tempos” criando uma era de ouro na infraestrutura do Reino Unido.

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O secretário-chefe do Tesouro, David Gauke, afirma: “Este recorde de investimento em infraestrutura deve fazer uma diferença real na vida das pessoas”. Ou seja, abranger desde jornadas de trabalho mais rápidas e fáceis a um melhor acesso à banda larga e construção de mais casas para pessoas que precisam delas em áreas de alta demanda.

Como podemos imaginar, basta seguir o dinheiro para entender onde estão as oportunidades para as engenharias do futuro.

Carreira em Engenharia Civil: a demanda por novos profissionais

Resta, no entanto, um grande desafio para a construção dessas casas, estradas e pistas. Cerca de 20% dos engenheiros civis se aposentarão nos próximos 15 anos. Mais do que isso, a quantidade de novos profissionais que entram na indústria, com os conhecimentos técnicos adequados, não é suficiente para atender aos níveis crescentes da demanda. Aliás, não é nem mesmo suficiente para preencher o déficit de habilidades atuais.

Do “super esgoto” de Londres ao Hinkley Point C, os engenheiros com o talento certo é necessário urgentemente para avançar com os planos de infraestrutura do Reino Unido.

Isso significa que as empresas estão agora ampliando sua rede para fora do pool de talentos tradicionais.

Um relatório recente do Institution of Civil Engineers e da empresa de construção civil, Costain, pediu por uma “revolução de recrutamento” visando crescimento da carreira em engenharia civil. Ele define que um novo tipo de engenheiro, que entende as demandas das engenharias do futuro, precisa ser atraído para a indústria, como mostra a procura por talentos em ex-militares e cientistas de dados.

Estes são claros indícios de quais são as características das profissões do futuro, dos profissionais que estarão em alta nos próximos tempos.

Infraestrutura para Carreira em Engenharia Civil - engenharias do futuro

Túnel Thames Tideway – do qual o Lee Tunnel, furado por esta máquina, faz parte – vai precisar de um grande número de engenheiros conscientes e dispostos a se informar sobre o que significam as engenharias do futuro

Projeto Tideway Thames

Um dos projetos que exigirá um grande número de engenheiros é o túnel Tideway Thames. Trata-se de um projeto de infraestrutura de seis anos e £4,2 bilhões que visa evitar o transbordamento de esgoto do sistema vitoriano de Londres no rio Tamisa.

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No seu ápice, espera-se que haverá cerca de 4.250 trabalhadores diretos da construção e mais 5.100 empregos indiretos criados pelo projeto de Londres. O projeto do túnel, que tem impacto direto na preservação do meio ambiente, deverá ser concluído em 2023.

Scott Young, chefe de capacitação e contratação, admite que, em comparação com outras indústrias de engenharia, saneamento pode ser difícil de “vender”. Mas as oportunidades de engenharia oferecidas pelo projeto são incomparáveis. E as engenharias do futuro têm que estar conscientes disso.

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Afinal, uma enorme variedade de habilidades são necessárias. Em particular, o projeto está procurando engenheiros de construção talentosos e especialistas em encapsulamento.

Trabalhar em um projeto tão grande que fará uma marca duradoura na infraestrutura de Londres. Além disso, será um ponto marcante em uma carreira em engenharia civil recompensadora e desafiadora. Ou seja, permitirá que os engenheiros desenvolvam habilidades e um senso de trabalho em equipe que poderão aproveitar no futuro.

Dessa maneira, as engenharias do futuro precisam de um tipo de profissional que poderá atuar em projetos mesmo sem protagonismo. Entretanto, preparados para os anos seguintes.

Projeto Hinkley Point C

Enquanto os trabalhos de engenharia no Tideway são focados em Londres, o trabalho está em andamento no Hinkley Point C em Somerset. Será o maior canteiro de obras na Europa, oferecendo 25 mil trabalhos de construção.

Hinkley-C - engenharias do futuro

Hinkley C irá gerar uma estimativa de 25.000 empregos

Quando estiver completa, a usina nuclear empregará 900 pessoas e fornecerá energia suficiente para seis milhões de casas. Com isso, fornecerá sete por cento das necessidades de eletricidade do Reino Unido ao longo de 60 anos.

“Uma estação de energia nuclear é uma grande oportunidade para o Reino Unido. Permite revigorar nossa força de trabalho em engenharia nuclear”, disse o Dr. Ben Britton. Ele um pesquisador da Royal Academy of Engineering. Além disso, é diretor de Mestrado em Engenharia Nuclear Avançada no Imperial College de Londres.

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“O Reino Unido se desenvolve tanto na gestão de cadeia de suprimentos, quanto no funcionamento e gerenciamento de nosso complexo nuclear. Estes trabalhos exigem indivíduos altamente qualificados com uma gama diversificada de conhecimentos”.

Ou seja, para estar apto a essas engenharias do futuro, o profissional deverá combinar habilidades. Dentre elas, uma compreensão holística da engenharia num contexto nuclear. Além, é claro de dominar a tecnologia da informação, pois a engenharia é estratégica nesse cenário complexo..

Projeto High Speed 2 (HS2)

Enquanto isso, a High Speed 2 (HS2) deverá gerar 25 mil empregos na construção. A nova ferrovia de alta velocidade proposta liga Londres com o West Midlands e o norte da Inglaterra, .

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O projecto exige competências de nível ainda maior se comparadas com outros projetos ferroviários. Cerca de metade da mão de obra necessitará de competências no nível 3 (equivalentes a nível A). Mas 80% da força de trabalho de construção no Reino Unido apenas treina para o nível 2.

O profissional preparado para as demandas de engenharias do futuro precisa estar ciente desses passos a mais que precisa dar.

Para suprir esse vão, o National College for High Speed Rail (Escola Nacional de Ferrovias de Alta Velocidade) abrirá unidades com campi em Doncaster e Birmingham. Estas serão as instituições mais avançadas de seu tipo no Reino Unido. Elas fornecerão treinamento para 1.265 alunos. Público formado por pessoas que abandonam a escola e que querem trocar de carreira e profissionais já estabelecidos.

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Beth West, diretora comercial da  HS2 disse algo nesse sentido.: ‘HS2 oferece a oportunidade de impulsionar a produtividade. Além disso, impulsiona o crescimento e aumenta a competitividade internacional do Reino Unido em engenharia e construção de alta tecnologia. Isso exige novas competências técnicas de nível superior para empregos que ainda não existem no Reino Unido.

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Ou seja, uma preparação superior para as engenharias do futuro. “O colégio oferece a oportunidade de desenvolver estas competências, incluindo algumas novas, tal como o planeamento digital, antes de as colocar em prática no HS2.”

Outros mega projetos

Outros mega projetos como o túnel de estrada Trans-Pennine e o terminal Heathrow 3 significam que nunca houve um melhor momento para prosseguir uma carreira nas engenharias do futuro e na indústria da construção.

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Trans-Pennine

Com o investimento contínuo do governo, há uma abundância de oportunidades para engenheiros qualificados para trabalhar em infraestrutura”, disse Stuart Minchin, gerente da Matchtech, especializada em recrutamento de especialistas com carreira em engenharia civil.

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Heathrow Airport

“Em nível júnior, recém-formados e aprendizes que desejam construir uma carreira em engenharia civil devem primeiro considerar em qual setor eles estão mais interessados ​​em trabalhar. Em seguida, procurar as consultorias de contratação dentro desse setor.

Oportunidades para todos nas engenharias do futuro

Há oportunidade nas engenharias do futuro também para os engenheiros mais experientes e sêniores, especialmente os que procuram se mudar para um setor de infraestrutura diferente.

Nesses caso, contratar com um consultor de recrutamento pode facilitar a sua mudança. Afinal, infelizmente, algumas consultorias são mais hesitantes do que outras a respeito da contratação de engenheiros de outros setores para atuar nas demandas das engenharias do futuro.

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Você pode explicar quais experiências quer ter e quais são seus pontos fortes. Então o consultor pode ajudá-lo  com indicações às consultorias dentro de seu setor de preferência.

“O setor de infraestrutura impulsiona a economia. Então, para encorajar o crescimento, os empregadores precisam considerar todas as opções. Somente após isso podem encontrar e garantir os melhores talentos. Sempre com a finalidade de incentivar o crescimento econômico nas engenharias do futuro.”

Confira o artigo original, em inglês, clicando aqui.