O engenheiro chileno Boris Naranjo é o keynote speaker do Construtalk Curitiba 2019. O evento irá acontecer no próximo dia 25 de junho, na sede do Sebrae Paraná. O especialista em construção industrializada irá falar sobre o programa Construye 2025. Afinal, trata-se de uma iniciativa que visa a transformar a construção civil em todo o Chile.
Assim, o Construye 2025 procurou alinhar interesses do Estado, da iniciativa privada e das universidades. Ou seja, tudo para que a transformação do setor ocorra de fato e que a industrialização passe a ser a regra.
Afinal, o que o Chile espera é aumentar a produtividade e a eficiência do setor como um todo.
Naranjo é um dos idealizadores do Construye 2025 e falou conosco sobre as realizações já vivenciadas e as expectativas para os próximos anos. Assim, nesta entrevista ele fala um pouco sobre o que podemos esperar para sua palestra no próximo dia 25.
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Buildin – Em suma, como você definiria a construção chilena em relação à industrialização e à produtividade?
Boris Naranjo – A construção chilena ainda está enraizada nos métodos tradicionais de construção. E os projetos de construção viram suas margens diminuírem consideravelmente. Isso devido a aumentos significativos no custo do trabalho e uma alta variabilidade em seus processos. Essa é a razão pela qual a industrialização e, consequentemente, o aumento da produtividade, são cada vez mais demandadas.
Buildin – Qual é a motivação por trás do Construye 2025?
Boris Naranjo – O Programa Estratégico Nacional visa reduzir o hiato de produtividade no setor de construção detectado no estudo McKinsey de 2011 e ratificado em 2015.
Buildin – Quais são os objetivos almejado com o programa?
Boris Naranjo – Reduzir o hiato de produtividade até 2025 em 20 pontos no que diz respeito à produtividade dos EUA. Atualmente são 50 pontos.
Buildin – Quais ações estão sendo implementadas no Construye 2025?
Boris Naranjo – Incorporar a metodologia BIM, industrializar a construção, desenvolver competências e melhorar ferramentas de gestão.
Buildin – Quais são os principais desafios que o programa enfrenta?
Boris Naranjo – O principal desafio é articular todos os atores da economia para poderem lidar com uma estratégia nacional.
Buildin – Quais são os resultados já observados no Construye 2025 até agora?
Boris Naranjo – Pudemos levantar a questão e começar a discutir em todos os segmentos: construtores, imobiliárias, profissionais autônomos, universidades, Estado etc.. Além disso, começamos a consolidar as diferentes entidades que moldam a materialização do plano. Dentre elas, o Conselho de Construção Industrializada, Centros de Desenvolvimento e Pesquisa, Centros de Extensão Tecnológica etc.
Buildin – E depois de 2025, quais os próximos passos?
Boris Naranjo – Depois de 2025, devemos continuar a reduzir o hiato de produtividade. Ou seja, desenvolver as habilidades de profissionais, empresas e do país para a Construção 4.0. Esta é a maneira de construir o que está por vir, o futuro cada vez mais presente. Ou seja, a adaptação é iminente.