2014 deve ser um ótimo ano para a Indústria da Construção, com um crescimento de até 4%. É o que aponta estudas da SindusCon-Sp.
Em coletiva, realizada dia 28 de novembro, com o presidente do SindusCon-Sp, Sergio Watanable, o vice-presidente de Economia do SindusCon-Sp, Eduardo Zaidan, e com a economista Ana Maria Castelo, da FGV, foram anunciadas as projeções de crescimento no PIB (produto interno bruto) da indústria da construção civil brasileira, a previsão foi de 3,5% ou 4% para o ano 2013. Segundo o SindusCon-Sp, a construção civil brasileira deve ter um crescimento estimado de 4% neste ano de 2012. Sendo que a estimativa para o PIB do país em 2012 fica em alta de 1,6%, a taxa de investimento 17,5% do PIB e o emprego formal na indústria da construção provavelmente acrescerá 5,9% em relação a 2011.
Empregos no Brasil entre 2008 e 2012 As previsões para o ano de 2013 são mais otimistas que os resultados de 2012, a taxa de investimento, por exemplo, deve ficar em 19% do PIB, enquanto o produto interno bruto brasileiro variará entre 3,5 e 4%. A indústria da construção deve acompanhar o crescimento do país, portanto deve beirar uma evolução de 4%. As instituições – FGV e SindusCon-Sp, previam para 2012 um cenário bem mais otimista do realizado, isso com base nos programas de incentivo do governo, como Minha Casa, Minha Vida, e no ritmo acelerado de obras.
Entretanto, não foi o que aconteceu, o desempenho setorial foi afetado por algumas dificuldades, tais como:
º Redução dos investimentos das empresas;
º Queda dos investimentos do setor público para a infraestrutura;
º Baixo ritmo de contratação de moradias para a faixa 1 do Programa Minha Casa, Minha Vida (para uma meta de 1,2 milhão de moradias nesta faixa, apenas 340 mil haviam sido contratadas até 31 de outubro);
º Paralisação durante alguns meses dos serviços rodoviários do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes);
º Morosidade na concessão de licenciamentos imobiliários, que afetou negativamente o início de obras. No entanto, não há uma crise no setor, contando que o ano de 2012 crescerá mais que o PIB nacional, que a indústria da construção continua contratando e as vendas de cimento registram alta expressiva para o ano.
Nível de emprego formal taxa acumulada no ano até outubro no Brasil foi de 6,6%. Apesar do número de empregos formais na construção civil brasileira ter caído 0,22% em outubro, durante o ano de 2012 houve um acumulo próximo a 7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Eduardo Zaidan alarmou: “A produtividade dos trabalhadores da construção tem aumentado graças ao esforço do setor e ao investimento das construtoras em treinamento, requalificação e reciclagem”.
Emprego no Brasil, crescimento em relação ao mês anterior. Taxa acumulada: imobiliário: 3,6%; infraestrutura: 8,3%.
Sondagem mostra empresas otimistas com seus resultados, mas cautelosas em relação às perspectivas para a economia: º Sondagem de Fim de Ano: expectativa de desempenho da empresa:
º Sondagem de Fim de Ano: expectativas setorial
Veja a seguir os números da 53ª Sondagem, feita pelo SindusCon-Sp, com 177 empresários de todo o país. Desempenho e perspectivas das empresas da construção: Desempenho em Novembro:
Desempenho Trimestral: Desempenho Anual:
Desempenho e Perspectivas: Quesitos Especiais
Mão de obra continuará sendo gargalo
Anualmente, a FGV inclui seis questões na Sondagem de novembro sobre determinadas variáveis que poderão ter impacto nas perspectivas para o próximo ano, como intenção de lançamentos para baixa renda, crédito imobiliário e investimento em novas tecnologias. Desta vez, em quase todas elas os empresários expressaram otimismo, com exceção do quesito contratação de mão de obra, para o qual continuam antevendo dificuldades. No caso do crédito imobiliário, as projeções começam a melhorar após a retração informada em 2011.
Já o investimento em máquinas e equipamentos manteve a tendência de declínio, acompanhado da redução na dificuldade de aquisição de materiais. Segundo Ana Castelo, o fato de a intenção de investimento em novas tecnologias permanecer em um alto patamar está diretamente ligado a maior dificuldade em se encontrar mão de obra qualificada. “Investir em novas tecnologias tem conseguido contornar com sucesso a falta de trabalhadores qualificados, mantendo a produtividade”, explica.
Perspectivas para 2013 no Brasil e na Indústria da Construção
º Investimentos em infraestrutura crescerão mais fortemente;
º Lançamentos e vendas no mercado imobiliário voltam a crescer; º Emprego cresce mais a partir do segundo semestre
º Taxa de investimento se recupera
º Crescimento setorial próximo ao do PIB. Desafios para sustentar o crescimento:
º Aumentar o investimento em infraestrutura;
º Desenvolvimento de novas fontes de financiamento para habitação e infraestrutura;
º Maior industrialização dos PROCESSOS construtivos; º Avanço sustentável com ocupação adequada do solo; º AUMENTAR A PRODUTIVIDADE.