O atual cenário da construção tem apontado um grande crescimento e um mercado imobiliário em expansão mais concorrido e agressivo, o que implica em novas demandas em gestão empresarial.
Operar em um mercado superaquecido, com produção em escala e em diversas regiões do país é um desafio para as corporações, pois não há uma padronização no que se refere a legislação, tipo de produto imobiliário, perfil do consumidor, disponibilidade de materiais, equipamentos e mão de obra. Isso gera dificuldades para as incorporadoras e construtoras caso adotem o mesmo modelo de gestão empresarial de empreendimentos e das obras nessas diversas regiões. A situação não muda quando se fala de projetos, as empresas incorporadoras e de projetos têm enfrentado dificuldade para acompanhar essa evolução do mercado, sentindo a necessidade de viabilizar seu modelos de gestão empresarial com enfoque sazonal.
Ainda que nos últimos anos as incorporadoras e os escritórios de projetos tenham investido em massa na certificação e qualidade, racionalização dos processos, novas tecnologias construtivas, novas tecnologias de projeto e controle, na melhoria das ferramentas de simulação dos projetos e processos, muitos erros básicos ainda são constantes, isso por conta de desconhecimento técnico e gerencial.
Muitas vezes a falta de competência técnica resulta em projetos de risco tanto quando se fala de engenharia – obra, como também riscos empresariais, muitas vezes comprometendo a margem de lucro das empresas por fatores corriqueiros, como o desperdício de material.
A relação entre a qualidade dos projetos e os riscos de segurança estrutural vem crescendo no mercado, devido, principalmente, a uma demanda de práticas pouco rigorosas, em especial no que se refere à redução dos coeficientes de segurança e não consideração dos efeitos do vento no cálculo estrutural. Estes riscos podem se agravar com erros na execução das armações das estruturas e com a má qualidade do concreto usinado.
Uma das grandes dificuldades em se fazer uma boa gestão empresarial está na base do processo de produção: com falta de pessoas qualificadas, atualizadas e comprovadamente aptas a exercer sua função.