O trabalho do orçamentista é aquele que passa pela análise crítica de muita gente da obra, não é verdade? Basta faltar cimento, rejunte ou uma maçaneta sequer que o nome daquele que projeta os insumos é lembrado no canteiro. É mais ou menos como diz aquela máxima do setor: “um mês para orçar e 24 meses para encontrar erros”. Se você é esse profissional, compreende melhor do que ninguém, que um orçamento bem feito ajuda a projetar a construção para ser lucrativa, planejando os tipos de equipamentos e materiais podem ser usados em cada fase da obra.
Sem essa previsão definida é possível que a obra extrapole o valor previsto (prejudicando o fluxo de caixa) ou até atrase a entrega do empreendimento, deixando seus clientes bem insatisfeitos. Por isso, é importante de reunir todas as pessoas que impactam no orçamento para jogarem no seu time, e assim, tornar colaborativo esse processo.
Nesse sentido, é importante estabelecer etapas sequenciais, que sejam alimentadas pelos componentes de áreas estratégicas da construtora, com objetivo de evitar as oscilações entre a falta de insumos (que pode deixar o contingente de operários de braços cruzados e atrasar prazos) e o excesso de estoque (cujo armazenamento inadequado pode diminuir a resistência dos produtos, resultando em desperídicio). Veja contribuições que profissionais e áreas estratégicas da obra podem fazer na etapa de levantamento de custos da construção:
- Engenheiro da obra: conhecer o perfil desse profissional, especialmente seu grau de autonomia em decisões que impactam o custo da construção, é importante para envolvê-lo nessa etapa colaborativa. Essas informações preliminares podem evitar equívocos no orçamento e o retrabalho, que leve você a promover trocas de fornecedores ou mesmo de tipo de material.
- Compras: contar com a avaliação desse setor contribui para mitigar problemas com fornecedores — seja por atraso nas entregas ou por má qualidade da mercadoria, por exemplo. Qualificar e avaliar os prestadores de serviço evita que sua empresa fique refém de um único fornecedor, que pode gerar impactos na obra, sobretudo no custo dela.
- Planejamento: ter uma análise global do projeto contribui para dimensionar os custos com mais precisão. Até porque será possível prever o trabalho de logística (caso materiais sejam adquiridos em locais distante da obra) ou ainda identificar melhores técnicas e serviços a serem adotados (para otimizar insumos e mão de obra). Outra vantagem é que, com essas informações, é possível estruturar uma curva ABC de insumos .
Como a obra é executada em um largo período, a melhor saída para o registro e compartilhamento dos dados entre as áreas é contar com um sistema de gestão (ERP — Enterprise Resource Planning) especializado na construção civil. Uma ferramenta qualificada contribui para o armazenamento de informações durante todo o período da obra, a partir de acessos facilitados concedidos a pessoas estratégicas.
Além disso, permite cruzar informações com outros empreendimentos já realizados, facilitando o cálculo preciso do custos da obra com base no histórico de outros projetos. A tecnologia focada no setor, é capaz de garantir as condições ideais para que o orçamentista tenha um controle rigoroso durante toda a obra e se beneficie da participação dos outros departamentos. Dessa forma, ele poderá apresentar soluções que otimizem recursos e promovam a redução de custos da construtora, sem oferecer prejuízos à qualidade dos insumos entregues ao canteiro de obras. Não deixe de acessar o blog porque os próximos posts mostrarão como a tecnologia pode colaborar com esse processo!