Planejamento e prática: por que identificar restrições na gestão de obras

Gabriel Andrade

Escrito por Gabriel Andrade

3 de março 2022| 6 min. de leitura

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Planejamento e prática: por que identificar restrições na gestão de obras

Toda empresa é composta por pessoas e processos, e na gestão de obras conseguimos visualizar esses dois elementos presentes todos os dias. Pessoas responsáveis por desempenhar determinada função, seja como pedreiro, mestre de obras, carpinteiro, engenheiro, técnico, entre outras; e processos, que são as etapas a serem seguidas para que seja possível alcançar uma gestão de obras eficiente e com bons resultados. 

Já vimos que esses processos devem ter um crescimento profissional estruturado, através do caminho: 

  • etapa 1 composta pelo FOM (fluxo de obra monitorada) = DP (descentralização planejada) + LE (liderança efetiva) 
  • e a etapa 2 que é composta pelo MGI (metodologia de gestão implementada) = RG (rotina de gerenciamento) + IG (indicadores de gestão)

Sendo assim, nessa jornada de executar as ações conforme o planejado, é extremamente importante que você tenha previsibilidade sobre o seu negócio, e isso você só vai conseguir utilizando os métodos, critérios e indicadores certos.

Quanto mais você diminui as restrições na gestão de obras e os fatores que podem afetar a sua obra, mais resultados positivos e lucratividade você vai conseguir alcançar. 

Mas como consigo fazer isso? 

A resposta é simples: a conexão existente entre o planejamento e a prática. Vamos entender melhor a seguir. 

A importância de identificar as restrições na gestão de obras

Eliminar os obstáculos está diretamente ligado com um desempenho máximo dentro da sua obra. Assim, é importante identificar o que está acontecendo dentro da sua empresa e quais restrições estão sendo apresentadas.

Pessoas não são máquinas. Logo, vão existir imprevistos, restrições e elementos fora do planejado que devem ser gerenciados da melhor forma possível.

Afinal, quando você identifica o que não está dando certo e quais os causadores desse imprevisto é muita mais fácil conseguir mudar de estratégia e alcançar melhores resultados

Alinhamento entre o planejamento e a prática 

O planejamento é extremamente importante, mas de que adianta um planejamento perfeito, se ele não sair do papel? 

O planejamento e a prática devem andar juntos e são fatores que se complementam. As ferramentas e sistemas precisam ser integrados a rotinas de gerenciamento, metodologia de gestão, para o resultado de fato acontecer.

Nós não podemos delegar o planejamento somente às ferramentas e tecnologias. Elas são importantes e facilitam muito o desenvolvimento de inúmeras atividades, mas, por esse motivo, devemos utilizar as ferramentas que temos à disposição para ajudar na organização e no gerenciamento da gestão. 

Portanto, a conexão entre o planejamento e a prática é um ponto essencial para o alcance de bons resultados.

Índice de remoção de restrições como indicador de performance

O índice de remoção de restrições (IRR) é um indicador importante, responsável por monitorar as restrições. Ou seja, todas as restrições identificadas e ações pautadas para eliminá-las. 

É ele que vai identificar quais tarefas precisam ser executadas para que o previsto saia do papel e seja executado de forma efetiva.

Com um bom gerenciamento de restrições, você começa a conseguir avaliar a performance das suas equipes e das suas obras no geral, adquirindo um olhar mais claro do seu projeto, e consequentemente melhores resultados.

Lembre-se: para cada restrição, uma reação

Já ouviu falar que para cada ação há uma reação? Pois bem, no nosso caso, para cada restrição você deve ter uma reação. 

Cada restrição é composta por algum ponto que pode atrapalhar o projeto. Sendo assim, é importante ressaltar que apenas a identificação desses obstáculos não vão garantir retorno e resultado. É preciso que você saiba como agir diante deles.

Então, após a identificação e categorização das restrições, hora de colocar a mão na massa e planejar ações dinâmicas e práticas. 

Delimite, por exemplo, quem será o responsável para executar essas ações e estabeleça um prazo, alinhando todo o processo para garantir que o planejamento saia do papel.

Conclusão

A ação de implementar uma gestão é feita de processos, e os resultados não aparecem da noite pro dia. O trabalho exige constância e deve ser composto pelo alinhamento entre o planeado e o praticado. 

O gestor de obras que prioriza o seu tempo – direcionando-o de forma eficiente através de rotinas de gerenciamento para identificar, categorizar e reagir a essas restrições de forma monitorada – garante performance no seu projeto. Além disso, tem controle das ações e, consequentemente, bons resultados!  

Isso vai mudar o seu dia a dia, estabelecendo uma conexão entre o que está previsto no seu planejamento e o que está sendo realizado, de fato. Encare a identificação das suas restrições na gestão de obras como uma ação complementar as suas atividades e veja como isso pode mudar o rumo da sua empresa!