Cobrar ou não cobrar por serviços de orçamento de obra é uma dúvida bastante comum nas empresas de construção civil. É sabido que um bom orçamento de obra projeta e evita gastos futuros não previstos, mas nem todos se convencem da importância de pagar por ele.
A engenharia de custos cada vez mais se desenvolve como uma área que requisita formação específica, com investimentos em cursos de especialização. Por sua importância estratégica e pelo alto nível de conhecimento investido, é um serviço que gera demanda extra e deve ser cobrado dos clientes, ainda mais quando precisa ser refeito ou readequado a demandas novas de redução ou aumento de itens orçados. Muitas empresas não contam com engenheiros de custos, mas com profissionais que centralizam essa demanda, o que comprova a importância de elaborar os custos de uma obra.
Você pode cobrar por hora técnica, pelo custo mensal e até pelo m² do projeto. Se, como diz a sabedoria popular, todo trabalho tem seu valor, cobrar pelo orçamento de obra é justo, tem fórmula e jeito para isso.
As obras públicas, por exemplo, ajudam a estabelecer um padrão, permitindo classificar o orçamento de obra por preço e tempo de desenvolvimento. Obras de até R$ 150 mil equivalem a 7 dias de desenvolvimento do planejamento orçamentário, com valores entre R$ 151 mil a R$ 1,5 milhão levam 15 dias e com custo maior que R$ 1,5 milhão representam 30 dias de trabalho do engenheiro de custos.
Para entender a complexidade do trabalho do engenheiro de custos, o palestrante e professor do IBEC (Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos) Robson Faustino elaborou um passo a passo do desenvolvimento do orçamento de obra. Essa metodologia que Faustino compartilha a partir das experiências que teve em sua carreira se divide em quatro passos simples:
- Análise das condições;
- Prazo da proposta;
- Mão na massa;
- Fechamento do orçamento de obra.
Mesmo com a importância do orçamento de obra sua construtora ainda encontra resistência quando quer cobrar por esse serviço? Então confira infográfico, ele vai ajudar você a convencer até os mais resistentes de que além de fundamental, o esforço do engenheiro de custos pode (e deve!) ser um serviço remunerado.