Cronograma financeiro de obra ajuda empresas de construção civil a planejarem e captarem recursos de forma mais assertiva.

Planejar bem uma obra antes mesmo de ela começar traz inúmeras vantagens à construtora: programar e acompanhar melhor as atividades, cumprir prazos, reduzir custos e otimizar o uso de recursos estão entre elas. Essa organização pode ser garantida por meio do cronograma de obra. Porém, existe outra ferramenta, também muito importante para o sucesso do empreendimento, que pode ser obtida a partir desse documento, chamada de cronograma financeiro de obra.

“Um cronograma físico-financeiro é a distribuição na linha do tempo do avanço físico de uma obra e a estimativa do quanto será gasto na realização de cada etapa, para saber o quanto ainda precisará ser desembolsado para finalizar o que está programado”, define Ronaldo Machado Júnior, consultor de Produto da Softplan. Ou seja, esse material é elaborado a partir de uma integração de informações principalmente de orçamento e planejamento, tarefa que uma solução tecnológica especializada no segmento de construção civil pode fazer por você!

Isso ajuda a construtora a planejar os custos do empreendimento e realizar melhores negociações financeiras, além de permitir acompanhar se a evolução da construção e os gastos estimados estão andando juntos, conforme o planejado. Por exemplo, sabendo que será necessário desembolsar mais de R$ 300 mil em um determinado mês apenas com as despesas iniciais (que podem envolver custos com terreno, levantamento topográfico, estudos geotécnicos e projetos), a empresa precisa ter esse valor preparado no caixa. Se não tiver, deve se planejar para buscar esses recursos – pode ser por meio de vendas das unidades, recursos de outras obras, investidores e até mesmo empréstimos bancários.

O volume de atividades e o percentual de conclusão previstos para um determinado período também ajudam a construtora a gerar histogramas de mão de obra, que medem quantos e quais profissionais serão necessários para o cumprimento das etapas e permitem estimar qual será o valor de folha de pagamento a ser gasto em determinado período, facilitando também o planejamento financeiro da construtora.

O consultor de produto da Softplan destaca, inclusive, que o cronograma financeiro de obra ajuda a visualizar a viabilidade econômica do projeto, bem como a força de venda que a construtora terá que mover para arcar com essas despesas, no caso de optar por casar vendas e custos como uma estratégia da gestão de obra.

Quando se consegue visualizar os custos por atividade antes de a obra começar,  também é possível negociar com os fornecedores antecipadamente para procurar dividir melhor os custos mensais e garantir o equilíbrio financeiro da construtora e do projeto. Isso ajuda a evitar a redução no ritmo da construção e até parar o trabalho por motivos de falta de dinheiro, por exemplo. Afinal, fica muito mais leve distribuir o pagamento de R$ 300 mil em cinco meses, tornando mais viável captar recursos para quitar valores menores a cada mês, não acha?

Sem contar que esse acordo com os fornecedores (seja mão de obra, insumos e equipamentos) ajuda a construtora a se planejar melhor em relação a custos e tornar seu cronograma de desembolso mais assertivo – que, como o próprio nome diz, informa quais são os valores que a empresa terá que investir e quando.

Quanto mais preciso, melhor!

Não é novidade para nenhum profissional da construção civil que o planejamento de uma obra passa por mudanças quase que diariamente durante sua execução, e isso é bastante normal tendo em vista que o projeto depende de muitas variáveis, como condições climáticas e produtividade dos trabalhadores – pode ser maior em dias frescos e menor em dias quentes, por exemplo. “Não basta só incluir as informações, é preciso fazer isso com estratégia, considerando fatores da região que podem impactar diretamente no cronograma, como clima, produtividade da equipe e preços de materiais”, explica Ronaldo.

Por isso, é extremamente importante procurar construir um cronograma físico-financeiro o mais assertivo possível desde o começo para que esses ajustes sejam os menores possíveis. Mas como fazer isso? Contando com a experiência em gestão de obra de equipes de todas as áreas da construtora e conhecendo bastante sobre os empreendimentos, mercado e a região onde se pretende atuar.

Ao ser identificada uma necessidade de mudança de planos no dia a dia da obra, o cronograma físico-financeiro deve ser adaptado o quanto antes para recalcular prazos e preços e providências a serem tomadas o mais rápido possível, pois quanto maior a antecedência, menores os custos.

Conheça abaixo a estrutura de um cronograma financeiro de obra:

cronograma físico financeiro

cronograma físico financeiro

Você pode perceber que a distribuição das atividades é praticamente igual ao dos cronogramas tradicionais.

A maior parte dos cronogramas físico-financeiros é composta por uma coluna com as atividades listadas por ordem lógica de execução, seguida pela duração de cada uma delas (neste caso, em dias), a previsão de início e término, o valor total estimado a ser gasto e a porcentagem que representa do valor total da obra. Em seguida, é indicado o quanto daquela atividade será realizado por mês e o valor correspondente a ser desembolsado para que isso possa acontecer.

Os números de um cronograma de obra se tornam mais assertivos a partir do momento em que são integrados com as informações do orçamento, no qual todos os insumos e serviços já foram orçados nas quantidades corretas. Partindo de dados confiáveis como esses, os prazos para execução de cada tarefa podem ser estipulados com mais precisão, além de agregarem outra informação essencial para o monitoramento e planejamento da construtora, que são os custos mensais totais.

Que tal utilizar o cronograma e o planejamento do seu empreendimento para construir o cronograma financeiro de obra e se programar melhor financeiramente para conseguir os avanços esperados e manter-se competitivo em um mercado cada vez mais concorrido?
Continue acompanhando o blog e aproveite para conhecer também outras formas de melhorar a utilização dos cronogramas das suas obras !