A proibição da venda de lâmpadas incandescentes é uma iniciativa do Governo Federal para garantir a eficiência energética no país, entenda o que muda
A partir de 1 de julho, o Inmetro vai fiscalizar estabelecimentos comerciais para proibir a venda de lâmpadas incandescentes. A multa para os que infringirem a regra varia entre R$ 100 a R$ 1,5 milhão. As lâmpadas de 41 a 60w não atendem mais aos requisitos de eficiência e devem ser substituídas por outras de LED (Light Emiting Diode) ou fluorescentes compactas, que são mais caras, porém mais eficientes. As iniciativas nacionais para garantir mais eficiência energética nos lares brasileiros se intensificaram após o apagão de 2001, especialmente através da Lei de Eficiência Energética (10.295/2001) . Em 2010 a Portaria Interministerial 1007/2010 determinou as restrições e os parâmetros de eficiência energética das lâmpadas. Segundo o responsável pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) do Inmetro, engenheiro Marcos Borges, a fiscalização tem caráter educativo, porque os comerciantes foram orientados sobre a proibição desde o ano passado. “Por isso, entendemos que o impacto não é brusco para os comerciantes, porque eles já vêm sendo instruídos para o eventual fim da venda de lâmpadas incandescentes desde a assinatura da portaria, em 2010.”
Mudanças no consumo: economia de consumo de energia
A troca efetiva das lâmpadas incandescentes no Brasil começou em 2012, com a proibição da venda de lâmpadas com mais de 150W. Em 2013, houve a eliminação das lâmpadas de potência entre 60W e 100W. Em 2014, foi a vez das lâmpadas de 40W a 60W. Este ano, começou a ser proibida também a produção e importação de lâmpadas incandescentes de 25 W a 40 W, cuja fiscalização ocorrerá em 2017. Números do Inmetro mostram que, em 2010, 70% dos lares brasileiros eram iluminados pelas incandescentes. Agora, somente 30% das residências usam esse tipo de lâmpada, que vêm sendo retiradas do mercado aos poucos, seguindo recomendação da Agência Internacional de Energia (AIE). Dados da Procel mostram que as iniciativas de economia de energia têm dado resultado: a economia de energia representou 2,5% do consumo total de eletricidade do Brasil em 2015, um aumento de 11% em relação ao ano anterior.
Custo benefício
As lâmpadas incandescentes são as mesmas utilizadas desde a invenção da lâmpada no século XIX por Thomas Edison. Elas emitem 95% de calor e apenas 5% de luz, o que prejudica o meio ambiente. Enquanto uma lâmpada incandescente de 60 watts custava em média R$ 2,90, uma equivalente de LED custa em torno de R$ 8,90. Segundo a Abilux, o preço da lâmpada de LED vem caindo cerca de 30% por ano no Brasil. Para o diretor técnico da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux ), Isac Roizenblatt, vale a pena investir em lâmpadas mais modernas, porque o retorno financeiro é grande. “O que custa pesado para os consumidores não é o preço da lâmpada de fato, é o preço da energia ao longo do tempo. Então, esse investimento retorna rapidamente”, avalia. Segundo ele, a melhor opção é usar as lâmpadas LED, que são mais eficientes e não contêm metais pesados, como as fluorescentes, que têm mercúrio em sua composição. O uso de lâmpadas LED já é adotado amplamente em outros países como China, Índia, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Cuba, Austrália, Argentina, Venezuela e na União Europeia.
O que muda no design de iluminação: lâmpada fluorescente x incandescente x halógena x LED
Na prática, a luz incandescente tem um alto rendimento cromático e possui uma cor amarelada que causa sensação de conforto. Ou seja, a luz que ela emite é harmoniosa, o que faz muita gente preferir esse tipo de iluminação – seja o consumidor na sua residência ou o arquiteto no planejamento das edificações. Porém, há outras alternativas que se aproximam ao efeito da luz incandescente e que podem ser usadas em substituição. Veja a imagem do livro Eficiência Energética na Arquitetura (3ª edição) com a comparação dos tipos de lâmpada levando em conta vários f fatores: Com informações da Agência Brasil