Enquanto a tensão internacional pressiona os custos, há quem só enxergue oportunidades. 🌎
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NA EDIÇÃO DE HOJE:
💸 Tarifas de Trump podem elevar em até 20% os custos de construção, com efeito no Brasil.
🗣️ “O futuro é blockchain. Você ainda está preso na escritura e no ‘papel passado’?”
📊 IMÓVEIS em alta: lançamentos de MCMV crescem 29,7% no último ano.
📅 O Summit ABRAINC 2025 está chegando, 28 de maio em São Paulo.
Confira as principais notícias que estão movimentando o setor!
MUNDO
🦅 A taxa americana no seu canteiro
As políticas tarifárias e migratórias do Governo Trump já começam a atingir em cheio o setor imobiliário dos Estados Unidos — e os reflexos podem atravessar fronteiras.
Por lá, tarifas sobre aço e alumínio, além de medidas restritivas à imigração, pressionam os custos de construção, que podem subir até 20%. O estoque de imóveis não vendidos bateu recorde: são 119 mil casas novas paradas, o maior número desde 2009.
E é aí que começa um efeito dominó: com as tarifas retaliatórias e o risco de inflação, o setor de crédito imobiliário sente o estresse, e o consumo desacelera.
E no Brasil?
Especialistas alertam que o cenário pode sim respingar por aqui. Mas não necessariamente de forma negativa. A sobreoferta de insumos globais, especialmente vindos da China, tende a reduzir os preços locais, principalmente de aço e alumínio.
Já a estabilidade da Selic favorece alternativas como o consórcio imobiliário, mais acessível diante do custo do crédito mais caro.
“O controle da inflação favorece a valorização dos imóveis, criando um ambiente onde, mesmo com as incertezas fiscais, o mercado segue atraente para investidores, especialmente por ser considerado uma reserva de valor segura”.
Pedro Ros, CEO da Referência Capital
Prepare-se e fique atento a:
Variações no custo de insumos como aço, alumínio e cobre;
Possível desaquecimento nos financiamentos imobiliários;
Novas oportunidades para fornecedores locais diante da retração global;
IMÓVEIS
🏙️ Airbnb muda o jogo (de novo)
O Brasil está entre os mercados que mais crescem no Airbnb, e isso está redesenhando o mapa do mercado imobiliário urbano. A locação por temporada e o chamado “short stay” ganharam força com o avanço da digitalização e o aumento do custo de vida nas grandes cidades.
"O cenário atual, com juros altos, poder de compra comprimido e valorização do aluguel, pode ser o gatilho necessário para repensar como incorporamos, operamos e nos relacionamos com o morador."
Gustavo Favaron, CEO do GRI Club
Ele destaca que é preciso se reinventar e repensar modelos em um mercado que ainda se apega ao formato “build to rent”. Para isso será preciso capital, gestão, estrutura e visão de longo prazo.
TECNOLOGIA
🪙 Tijolo digital: chegou a vez da tokenização?
A tecnologia blockchain já vem sacudindo o sistema financeiro — e agora promete entrar de vez nos canteiros. Segundo um relatório da Deloitte, a tokenização terá um papel central no mercado imobiliário global até 2035, com potencial para movimentar até US$ 4 trilhões.
A aposta é que o processo ocorra em três etapas:
Tokenização de Fundos Imobiliários;
Tokenização de Empréstimos com lastro em imóveis;
Tokenização de projetos em desenvolvimento ou em obras.
Na prática, isso significa que parte de um imóvel poderá ser transformada em tokens digitais negociáveis — facilitando o acesso a investimentos antes restritos a grandes capitais.
A tokenização pode democratizar o acesso a investimentos imobiliários;
Incorporadoras podem usar a tecnologia como alternativa para captar recursos;
Iniciativas-piloto devem surgir nos próximos anos e quem se antecipar pode sair na frente.
Em um cenário de juros altos e capital restrito, a inovação digital pode ser o seu próximo grande diferencial competitivo!
VOZ DO ESPECIALISTA
Marcelo Völker
Sócio Diretor na VMV GROUP
Tokenização é segura? Quebrando o tabu do blockchain em um mercado “careta”
A primeira tokenização que fizemos foi há 7 anos, com a digitalização de contratos em blockchain. E já esclareço: blockchain não é crypto!
Muito diferente de um papel, que pode ser destruído ou perdido, com o blockchain você ganha rastreabilidade e segurança. Para você ter uma ideia, se um investidor daqui a 20 anos quiser saber o que ocorreu em um dia específico, ele consegue consultar o histórico detalhado.
É também uma solução para a burocracia e retrabalho: a tranquilidade de nunca mais precisar que dez pessoas assinem uma mudança de incorporadora, por exemplo. O processo é todo lastreado, tem segurança jurídica e conseguimos distribuir o lucro e a propriedade.
Então por que ainda há relutância? Hoje temos por volta de 10 plataformas de blockchain voltadas para o mercado imobiliário que já fazem operações, mas que ainda são pequenas porque nosso mercado é “careta”. Como ele, talvez você ainda esteja preso na escritura e no “papel passado”.
Os principais cartórios do Brasil já entenderam que o futuro é blockchain. E você, vai ficar para trás?
INDICADORES
De olho nos imóveis em alta 📈
Dados da ABRAINC-FIPE apontam para o bom desempenho dos empreendimentos de Médio e Alto Padrão e para o crescimento do programa Minha Casa, Minha Vida. Para manter o ritmo de expansão, é o momento de políticas públicas que incentivem o financiamento habitacional e os investimentos no setor.
“A consistência do crescimento nos lançamentos e no valor das vendas mostra que o setor de incorporação imobiliária segue forte e resiliente. O programa Minha Casa, Minha Vida segue sendo um pilar essencial para o acesso à moradia no Brasil, enquanto o segmento de médio e alto padrão reforça sua atratividade e valorização constante”.
AGENDA
Fique por dentro dos eventos mais importantes para a sua carreira.
CUPOLA Summit
A 4ª edição traz oportunidades de negócios e networking com empresas e profissionais de alta performance do setor imobiliário.