Check-list: equipe capacitada, insumos na medida, equipamentos conferidos, tarefas distribuídas e…chuva! Dias e dias de chuva. Quem nunca se deparou com esse componente não planejado e que acabou jogando por água abaixo o planejamento da obra? Ainda mais com as condições climáticas instáveis enfrentadas atualmente, fica mais difícil prever períodos chuvosos ou de estiagem. O que fazer nesses casos?
É bem verdade que essa condição atmosférica não traz só maus ventos para a construção civil. Afinal de contas, ela pode melhorar a umidade de solos muito secos, contribuir para a redução da poeira e favorecer a rega de locais com paisagismo. Mas o excesso dela pode resultar em alagamento de áreas que estão com serviços para serem cumpridos, ocasionando na saturação do solo e até dificultar o trânsito de equipamentos. Sem contar possível retrabalho que, por consequência, impactam na produtividade e, por fim, no caixa. O que ninguém quer, certo?
Para não ter a chuva como inimiga do planejamento da obra, é preciso considerar esses pontos:
- Analise o período de obra: em muitos casos, não são contempladas as condições atmosféricas no período da construção. Basta ver que há cronogramas iguais para execução de tarefas em períodos mais chuvosos ou mesmo secos. É importante que o planejamento da obra contemple o contexto climático em que a obra será cumprida.
- Pesquise dados pluviométricos da região: leve em consideração sua própria experiência além de dados históricos de obras anteriores para estimar o impacto do clima. Uma dica é levantar essa informação também com incorporadoras que executaram serviços na região, para o caso de não ter esse histórico na sua construtora.
- Identifique dias praticáveis: com o histórico em mãos, pode-se identificar que há etapas em que as precipitações que não interferem em nada, pois as atividades são majoritariamente internas. Mas caso haja registro de grandes volumes de água para o período como o da terraplanagem, é importante calcular os dias do mês que serão praticáveis da obra. Na tabela abaixo, fica mais fácil entender isso:
ITEM | JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO |
Dias do mês | 31 | 29 | 31 |
Domingos/ feriados | 5 | 6 | 5 |
Dias de chuva | 7 | 5 | 5 |
Dias praticáveis | 21 | 18 | 21 |
Horas por dia | 8 | 8 | 8 |
HORAS DE TRABALHO | 168 | 144 | 168 |
No exemplo, mencionamos o primeiro trimestre do ano, tradicionalmente mais chuvoso no Centro-Sul brasileiro (as famosas águas de março). Repare que o mês de fevereiro contabilizou 29 dias (caso de 2016, ano bissexto). Logicamente que você pode adequar as horas e planejar as atividades por dia, alinhando contexto da sua construção.
Também é recomendado traçar ações que funcionem como um “plano B”, para caso de o tempo mudar. Por exemplo: ao invés de executar ações na área molhada, antecipar tarefas que estão previstas em outros locais (que não foram tão impactos pela chuva). Isso poupa o tempo e otimiza recursos da construtora.
Usando essas recomendações você estará mais preparado para evitar que as condições atmosféricas atrapalhem seu planejamento da obra e impactam em novos custos que não estavam previstos. E além disso: da próxima vez que a chuva aparecer no seu horizonte, você estará preparado para aproveitar os benefícios dela!
Continue ligado no blog para ter outras informações de como melhorar a produtividade, o planejamento da obra e otimizar recursos na construção civil. Até mais!