Começar um empreendimento sem ter certeza de que dá para concluir o projeto é receita para o desastre. É comum surgir imprevistos em qualquer obra, e as chances de algo dar errado sem um bom planejamento inicial aumenta de forma exponencial.
A análise de custos é uma das melhores formas de evitar esse tipo de problema e garantir que um empreendimento só saia do papel na hora certa.
Neste artigo vou te mostrar por que essa análise é tão importante na gestão do negócio, e um passo a passo de como realizá-la do jeito certo.
Por que fazer análise de custos
A análise de custos é uma avaliação financeira que ajuda a tomar algumas decisões importantes. Por exemplo, os custos fixos são mais fáceis de acompanhar, ao contrário de alguns gastos indiretos. Mas estes também precisam ser considerados antes de iniciar um novo empreendimento.
Deixar isso de lado seria ignorar uma peça-chave para determinar a viabilidade econômica de um empreendimento. Cada parafuso usado numa construção deve ser contabilizado, bem como gastos tributários e outros.
Sem uma análise de custos eficaz é muito fácil passar, por alto, qualquer desses pontos e enfrentar problemas com o orçamento depois.
Papel da análise de custos na gestão estratégica do negócio
A análise de custos tem um papel forte na gestão estratégica. Sabe por quê?
Ao discriminar cada gasto dentro de um projeto grande é possível identificar elementos que têm custo-benefício ruim. Assim, fica mais fácil substituir materiais ou mudar processos que prejudicam as margens de lucro, sem alterar a qualidade final da edificação.
Além disso, é possível projetar diferentes cenários (otimista, regular, realista) e se planejar para agir em cada um deles sem perder o controle sobre o projeto.
Em outras palavras, a análise de custo bem feita diminui muito os riscos de aprovar um projeto que vai dar prejuízo. Inclusive ela ajuda a aumentar as margens de lucro.
4 passos para fazer uma análise de custos precisa
Para funcionar, a análise de custos precisa obedecer alguns critérios. Caso contrário, algum elemento importante pode ser deixado de lado e a eficácia do planejamento se perde.
Basicamente há 4 passos que você precisa seguir para que a sua análise de custos tenha sucesso e sirva como aliada na gestão estratégica de investimentos. Faça o seguinte:
1. Crie uma lista de todos os custos envolvidos no projeto
O primeiro passo é listar todos os custos envolvidos no projeto, sem deixar nada de fora. Para facilitar sua vida, divida os gastos em dois grupos, tangíveis e intangíveis:
- tangíveis: são aqueles fáceis de projetar e quantificar, como materiais construtivos, maquinário, terreno e assim por diante;
- intangíveis: são aspectos mais abstratos, em que não se pode tocar. Inclui pontos como mão de obra, estratégia de marketing e vendas, etc.
2. Converta os custos em valor monetário
Naturalmente o critério principal de qualquer análise de custos é o dinheiro. Afinal, é importante saber quanto cada item custa para determinar os gastos financeiros da obra e saber se ela é viável.
Mas, para saber quanto dinheiro será gasto, é preciso prestar atenção além dos custos unitários de materiais. Outros critérios, como o tempo necessário gasto com cada fase da construção e a capacitação exigida em determinadas atividades, também muda o orçamento.
Considere esses pontos para converter cada item da lista feita no passo 1, em valor monetário. Por exemplo:
- ao listar o custo com aluguel de uma máquina que será usada por 20 dias, deve ser contabilizado o valor dos 20 dias;
- ao listar mão de obra de profissionais mais qualificados, lembre-se de anotar um custo maior do que o de costume;
- e assim por diante.
3. Defina uma meta de retorno para o empreendimento
Como você vai saber se o empreendimento vale a pena, se não tiver uma projeção de retorno para comparar com os gastos?
Para chegar nesta avaliação, é só aplicar a mesma lógica que usou no passo anterior. Você faz isso por listar os benefícios do projeto para a sua construtora e quanto pretende ganhar financeiramente com ele.
Alguns indicadores que afetam nessa avaliação de mercado são:
- localização do empreendimento;
- demanda reprimida por projetos similares;
- aquecimento do mercado para investimentos;
- qualidade do projeto em si.
4. Faça a comparação entre custos e ganhos
Por fim, basta fazer um comparativo entre os custos e os ganhos para determinar se vale a pena gastar tempo, energia e dinheiro na obra ou não.
Mas não se esqueça:
Um projeto viável tem de ser realmente lucrativo, e não praticamente “empatar” os ganhos com os custos necessários para realizá-lo. Se a margem for baixa demais, é melhor ir atrás de outra oportunidade de negócio.
3 erros comuns que você precisa evitar ao fazer uma análise de custos
Também é importante tomar cuidado com os erros comuns, que podem jogar por terra o planejamento para garantir a saúde financeira da construtora.
Entre eles, 3 dos mais importantes, com os quais vale a pena ficar de olho bem aberto, são:
1. Ignorar custos menores
Custos menores costumam ser ignorados, pois entende-se (de forma errada) que eles não afetam no custo final. Mas em projetos grandes, qualquer pequeno desperdício ou valor não calculado faz toda a diferença.
Não caia nessa armadilha. Liste todo e qualquer custo, mesmo os que parecerem insignificantes no primeiro momento.
2. Deixar custos indiretos de fora da análise
Já falei sobre os custos indiretos aqui, e vale a pena reforçar porque é muito importante que eles não fiquem de fora da sua análise.
Alguns custos indiretos incluem:
- gastos com divulgação e venda;
- custos tributários e fiscais;
- investimentos em segurança do trabalho;
- e muito mais.
Já imaginou o tamanho da falha nos resultados se qualquer um desses custos (que não são baixos) ficasse de fora da análise? Isso colocaria a construtora em risco de iniciar uma obra fadada ao fracasso.
3. Não acompanhar o progresso da obra
Por último está o erro de pensar que a análise de custos termina quando a comparação entre custos e ganhos é feita. Mas quem garante que tudo vai sair conforme planejado?
Sem acompanhar o progresso da obra e comparar o que foi estabelecido, com o que é feito no dia a dia, todo o planejamento realizado pode não adiantar de nada.
A melhor ferramenta de apoio para análises de custo
Você até pode fazer uma análise de custos usando ferramentas comuns, como planilhas impressas ou eletrônicas. Mas existe um outro método, ainda mais completo, de realizar essa atividade.
A melhor ferramenta de apoio é um ERP voltado para a construção civil. Com módulos de definição e acompanhamento de viabilidade econômica dá para projetar várias situações possíveis para a obra. Além disso, dá até para ver uma projeção de vendas e lucro do empreendimento.
Dessa forma, a chance de entregar o empreendimento no prazo e dentro do orçamento, mesmo com eventuais mudanças de circunstâncias, é bem maior.
A análise de custos serve como norte para qualquer empreendimento imobiliário. E a melhor forma de fazer essa avaliação e garantir a saúde financeira da construtora é por usar um ERP especializado em construção civil, com todas as funções necessárias para fazer o negócio prosperar.
Quer saber como o Sienge pode ajudar você com a análise de custos na sua construtora? Fale com um dos nossos especialistas!