O que fazer quando os métodos mais tradicionais do mercado trazem problemas que afetam a produtividade do trabalho? É isso que as empresas de construção devem pensar ao fazer seu planejamento e controle de obra. Apesar de os métodos tradicionais já serem usados há muito tempo e a indústria ter se desenvolvido com eles, há problemas graves nessas formas de trabalho.
Por exemplo, o método tradicional de planejamento e controle de obra costuma elaborar um cronograma de longo prazo. Então, a empresa define as tarefas de curto prazo com base nesse objetivo final. Parece funcionar, certo?
O problema é que esse tipo de planejamento não leva em conta a preparação e atividades menores que a empresa precisa realizar antes de liberar as tarefas para produção no curto prazo.
É como pensar em assar um bolo e não calcular o tempo que leva para comprar e separar os ingredientes na medida certa antes do preparo. Só que em vez de uma simples receita, estamos falando de obras enormes, com investimentos milionários e logísticas complexas.
Felizmente, existe uma solução para isso:
Neste artigo eu vou apresentar a você um sistema de planejamento e controle de obra chamado Last Planner. Você vai entender como ele funciona e quais os benefícios que ele traz ao seu planejamento e controle de obra.
Como o Last Planner System pode mudar seu planejamento e controle de obra
Ao contrário do método tradicional de planejamento, que pode causar um descasamento entre os planos de curto e longo prazo, o Last Planner System (LPS) faz o contrário.
Por se basear na metodologia Lean Construction, o Last Planner foi pensado para aumentar a produtividade e reduzir o desperdício e incertezas no planejamento e controle de obra. Aliás, ele é tão eficiente que foi feito para melhorar até os canteiros que já aplicam o Lean Thinking.
Os profissionais que desenvolveram o LPS notaram que, mesmo usando ferramentas e conceitos Lean no canteiro, ainda havia uma variação muito grande nas tarefas planejadas em relação as efetivamente executadas.
Ao avaliar o percentual de pacotes concluídos e as causas do não cumprimento de metas, notaram que era melhor ter um planejamento em 3 níveis: de curto, médio e longo prazo. Assim, fica mais fácil antecipar problemas e manter o cronograma em dia sem desviar do objetivo final.
E não dá para negar que o sistema funciona, pois os resultados positivos que as empresas têm conseguido com ele são expressivos e sistemáticos. Veja alguns deles a seguir.
O que a sua empresa ganha ao usar o Last Planner no planejamento e controle de obra
Na Aval Engenharia, nós implementamos o Last Planner System em mais de 4 milhões de m² de área construída para vários clientes diferentes, e os resultados foram incríveis.
Chegamos a observar um aumento de 50% na aderência entre as metas planejadas e efetivamente realizadas, o que significa um aumento absurdo de produtividade. E tudo isso apenas aplicando o que estou explicando aqui para você.
Aqui nós temos 2 pontos relevantes a considerar:
- Primeiro, o resultado em si é muito expressivo para ignorar. Um aumento de 50% na conclusão de pacotes com uma simples mudança de método vale o teste, sem dúvida.
- Segundo, não se trata de um caso isolado, mas de uma metodologia validada em vários projetos diferentes.
Assim, fica claro que o Last Planner System é uma alternativa melhor aos métodos tradicionais, além de ser muito simples de aplicar. Mas você ainda precisa entender como o método funciona na prática.
Como o Last Planner System funciona na prática
Como já comentei acima, o sistema Last Planner funciona com um planejamento em 3 níveis de hierarquia: curto, médio e longo prazo. Cada nível afeta os outros e a obra fica sempre protegida de desperdícios e atrasos. Além disso, é muito mais fácil corrigir qualquer desvio, pois os problemas são vistos de forma antecipada e podem ser atacados de forma imediata.
Veja agora um resumo de como funciona cada nível do Last Planner System, e como eles estão ligados entre si para tornar a obra mais produtiva.
1. Planejamento Master: o que deve ser feito
O planejamento Master é o mais amplo dos 3, é considerado o plano de longo prazo da obra, pois considera as datas de início e término dela. A partir disso, os responsáveis definem as principais premissas de execução da obra.
Em geral, nesta etapa algumas das atividades mais importantes são:
- definir os lotes de produção que serão considerados para o planejamento da obra;
- definir os pacotes de trabalho e regras de precedência;
- dimensionar as equipes de produção;
- elaborar um planejamento macro, definindo os ritmos das principais atividades de forma que possamos cumprir com o prazo de entrega da obra;
- elaborar um cronograma para os principais suprimentos (sem detalhar muito).
Em resumo, essa etapa do planejamento é parecida ao método tradicional. A diferença é que não paramos por aqui, e nem detalhamos demais o plano com uma distância de tempo tão grande para o fim da obra.
2. Planejamento Lookahead: o que pode ser feito
O Lookahead é o planejamento de médio prazo da obra, e sua grande função é antecipar restrições que impedem o início de atividades de curto prazo. Assim, é possível retirar essas restrições e proteger o cronograma principal da obra.
Em uma obra de 24 meses, por exemplo, o Lookahead seria algo em torno de 3 a 4 meses. É importante ter esse planejamento para saber o que pode ser feito em um período de tempo mais curto onde temos uma maior possibilidade de enxergar as possíveis incertezas, visto que quanto mais longo o plano, maior a chance de errar.
Mas como é feito o planejamento de médio prazo? Uma vez por mês a equipe olha o planejamento Master e detalha um plano de médio prazo para conseguir cumpri-lo. Então, esse plano detalhado inclui:
- fluxos de trabalho auxiliares para execução dos pacotes de serviços;
- avaliação da necessidade de decompor os pacotes;
- dimensionamento das equipes de trabalho;
- definição das restrições para início das tarefas, responsáveis e as datas limite de sua remoção (ex. restrições por falta de detalhamento de projetos, falta de insumos, equipamentos etc);
Se for preciso, a equipe coloca em prática um plano para evitar ou desfazer algum desvio com relação ao planejamento Master.
3. Planejamento de Curto Prazo: o que será feito
As atividades que foram avaliadas no plano de médio prazo e estão liberadas sem nenhuma restrição ou impedimento para o início imediato vão para o planejamento de curto prazo.
Visto que o prazo desse planejamento é a semana, e é o último nível da hierarquia do Last Planner System, ele tem como foco a conclusão dos pacotes concluídos (PPC). Além disso, é preciso também observar de perto as causas do não cumprimento de metas.
Por se tratar da ponta da operação, o planejamento de curto prazo exige a participação de todos, desde os tomadores de decisão até quem vai realizar o serviço.
Assim, com o Last Planner System fica muito mais fácil e preciso aplicar o Lean Construction no seu planejamento e controle de obra, com resultados reais e produtividade máxima. Afinal, ao contrário do método tradicional, a hierarquia bem definida de prazos e os princípios do sistema garantem a melhora de até 50% na aderência entre as atividades planejadas e realizadas.
Conclusão
Se você gostou de conhecer o Last Planner System e quer utiliza-lo imediatamente em suas obras, baixe agora o Kit de Gestão que vai te ajudar a aumentar a confiabilidade dos seus cronogramas.
Além de um e-book exclusivo que irá te explicar o Last Planner System mais a fundo, você ainda vai receber ferramentas úteis que foram usadas e validadas pelos profissionais da Aval Engenharia:
- Gestão de Longo prazo – Gerador de Curva S
- Gestão de Médio Prazo – Planilha de Restrições
- Gestão de Curto Prazo – Template de relatórios de curto prazo
Portanto, garanta agora o seu Kit de Gestão gratuito e comece a usar o Last Planner no planejamento e controle de obra da sua empresa!