O ano de 2015 se mostrou pouco favorável às empresas e investidores da construção civil. De acordo com o Índice de Valores de Garantia de Imóveis Residenciais Financiados (IGV-R) do Banco Central, o primeiro trimestre de 2015 registrou queda de 11,6% no número de unidades financiadas em comparação ao mesmo período em 2014.

Por outro lado, até agosto de 2015 o custo de insumos para construção civil subiu 2,7%, e a mão de obra, 7%. Esse aumento, somado ao momento econômico do país, tem obrigado as construtoras a terem maior controle sobre os gastos das obras.

Analisando dados assim é difícil pensar em como uma crise poderia gerar oportunidades, mas esses momentos é que criam a necessidade de repensar processos para as empresas se tornarem mais competitivas. Uma das principais formas de alcançar esse objetivo é sendo mais econômica, disseminando uma cultura de redução de custos que permeie toda a operação da construtora e envolva tanto os funcionários (diretos e indiretos) quanto os fornecedores e parceiros.

A construção de orçamentos assertivos e detalhados utilizando a Curva ABC permite verificar se os valores investidos estão sendo condizentes com os estágios atuais da construção. Isso minimiza desvios do valor orçado e permite comparações entre previsto e realizado ao final da obra, auxiliando na implementação de ações mais eficientes.

Verifique, sempre, se ainda faz sentido continuar adotando os mesmos processos na sua construtora. Com as mudanças no cenário econômico e as transformações que o negócio experimentou até aqui, sempre haverá algo que precisa ser atualizado e adaptado a essa nova realidade a fim de gerar mais eficiência.

É como acontece no departamento de compras, por exemplo, que deve estar atento à possibilidade de melhores negociações para aquisição de insumos acompanhando sempre os materiais em estoque, a fim de evitar compras em duplicidade e pedidos com urgência, o que acaba saindo mais caro na grande maioria das vezes.

Por falar em insumos, outra dica valiosa é evitar desperdiçá-los – 73,2% das empresas de construção do Brasil apontam o desperdício de material como principal problema nas obras, afirma a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Dessa forma, procure reaproveitar o máximo possível de sobras em outros projetos ou então vendê-los a empresas especializadas no tratamento e revenda desses resíduos, o que resultará em ganhos financeiros à construtora.

Uma obra passa por muitas etapas diferentes e, por esse motivo, pode não ser a melhor alternativa manter o contrato de pessoas e adquirir equipamentos envolvidos apenas em tarefas pontuais do projeto. Dependendo do porte da sua empresa, pode não ser vantajoso vincular formalmente eletricistas e jardineiros a ela, por exemplo, sendo que o trabalho desses profissionais será executado penas nas fases de acabamento.

Se essa for a realidade da sua construtora, a terceirização de equipes, serviços e equipamentos é vista como uma boa pedida, pois é um modelo capaz de transformar custos fixos em variáveis e, dessa forma, permitir que a empresa direcione apenas a verba necessária para cada atividade no tempo certo e preservando o fluxo dicas acima para redução do custo das obras é o uso de um software de gestão empresarial ou ERP (Enterprise Resource Planning). Ao reunir dados de todos os setores da companhia, uma solução especializada no segmento de construção civil gera integração e facilita a troca de informações entre as equipes, apresentando de caixa.

Tão importante quanto as dados consolidados que ajudam visualizar o todo e identificar oportunidades de aumentar a eficiência.

Ferramentas assim são apoiadas na colaboração, ou seja, no comprometimento dos funcionários em sempre disponibilizar informações relativas às suas atividades no sistema. Por vivenciarem de perto os processos do dia a dia da empresa e terem acesso aos dados, podem ser estimulados a identificar oportunidades para melhorar o desempenho da construtora nas mais diversas frentes.

ERPs também permitem o cruzamento de informações para replanejamentos – no caso de orçamentos, por exemplo – e simulações de cenários futuros para a empresa analisar os melhores caminhos a se seguir no momento de tomadas de decisão.

A tecnologia garante ganhos expressivos em planejamento e engajamento, dois pilares importantes na sustentação de um projeto de redução de custos da construtora. Isso acontece pela capacidade do sistema em armazenar e relacionar dados para acompanhar a situação de obras e definir os próximos passos a serem dados. Também por gerar maior envolvimento das pessoas com a causa por meio da colaboração e acesso à informação.

Ainda há muito o que falar sobre as contribuições da tecnologia no melhor aproveitamento de recursos, mas esse é assunto para o nosso próximo post. Continue nos acompanhando!

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