A tabela de preços na Construção Civil é uma ferramenta indispensável para profissionais do setor, pois traz mais precisão na elaboração de orçamentos e o sucesso no planejamento financeiro. A constante evolução do mercado, com suas flutuações de preços de materiais e serviços, evidencia o uso de referências atualizadas para evitar discrepâncias que podem afetar significativamente a viabilidade das obras. 

Diante dessa necessidade, destacam-se três principais tabelas de referência: SINAPI, ORSE e CUB. O SINAPI, resultado da colaboração entre a Caixa Econômica Federal e o IBGE, é reconhecido por sua abrangência e detalhamento, servindo de base tanto para obras públicas quanto privadas.

 A ORSE, por sua vez, permite a elaboração de planilhas orçamentárias que abrangem encargos, BDI e despesas indiretas. Já a CUB, calculada pelos sindicatos da indústria, reflete o custo por metro quadrado de cada estado brasileiro, sendo fundamental para análises comparativas e acompanhamento de tendências.

Cada uma dessas tabelas possui suas funcionalidades, vantagens e desvantagens que devem ser observadas. Por isso, neste artigo, você vai entender qual a importância da construtora criar e manter sua própria tabela e quais as principais dicas para fazer isso da melhor forma. 

O entendimento aprofundado de cada tabela permitirá que os profissionais do setor façam escolhas mais informadas, adaptando-se às necessidades de seus projetos com maior eficiência e precisão. Vamos lá?

O que são as tabelas de preços?

A tabela de preços, também chamada de tabela de valores de referência, representa um conjunto de documentos valiosos, elaborados e distribuídos por entidades governamentais, com o propósito de auxiliar construtores na criação de orçamentos precisos. 

Esse documento é fundamental para o planejamento financeiro de projetos de Construção Civil, pois oferece uma visão detalhada sobre o custo de insumos, mão de obra, materiais e serviços específicos do setor. 

Devido às suas metodologias distintas, a escolha da tabela de preços mais adequada para um determinado projeto exige uma pesquisa mais aprofundada. Esta diversidade metodológica reflete a complexidade e as variadas necessidades de orçamento que diferentes projetos podem demandar, tornando essencial a identificação da ferramenta mais alinhada com os objetivos e especificidades de cada obra.

Quais tabelas de preços Construção Civil 2025?  

À medida que avançamos em 2025, a seleção de tabelas de preços atualizadas torna-se ainda mais importante para construtoras e incorporadoras. Isso porque os custos variam rapidamente, fazendo com que o acompanhamento dos mesmos seja essencial para determinar o orçamento de uma obra — ou pelo menos ter uma previsão.

Por isso, neste tópico, exploraremos as principais tabelas de preços para a Construção Civil, incluindo a SINAPI, a ORSE e a CUB. Cada uma delas oferece perspectivas únicas e metodologias distintas, refletindo as tendências atuais do mercado e as necessidades específicas dos profissionais envolvidos em projetos de Construção Civil. 

Vamos ver cada uma delas a seguir. 

Tabela SINAPI 2025 

A Tabela SINAPI, acrônimo para Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil, constitui-se como uma referência essencial no Brasil para a definição de custos e preços no âmbito da Construção Civil. Desenvolvida e mantida pela Caixa Econômica Federal, esta tabela tem um papel importante na elaboração de orçamentos, especialmente em projetos financiados ou executados sob a égide do setor público.

Ou seja, a importância da Tabela SINAPI vai além de uma simples recomendação, é um instrumento obrigatório para a orçamentação de obras públicas, conforme estabelecido pelo Decreto 7.893 de 2013. Essa obrigatoriedade visa assegurar transparência, equidade e eficiência no uso dos recursos, além de padronizar os custos em todo o território nacional.

Para o ano de 2025, a Tabela SINAPI continua sendo um pilar para a Construção Civil, oferecendo dados atualizados que refletem as variações de mercado e as novas demandas do setor. Seu uso traz conformidade com normativas legais para obras públicas, mas também proporciona uma base sólida para o cálculo de custos de forma geral, contribuindo para orçamentos mais precisos e realistas. 

Assim, em projetos privados, embora não seja obrigatória, a adoção da Tabela SINAPI é igualmente recomendada devido à sua abrangência e confiabilidade.

Saiba mais sobre a tabela SINAPI através do nosso guia completo

Tabela ORSE 2025 

A Tabela ORSE, referente ao ano de 2025, também é um recurso indispensável para profissionais e empresas da Construção Civil focados em obras públicas. Originária do Estado de Sergipe, essa tabela é fruto do trabalho desenvolvido pela Companhia de Habitação e Obras Públicas do Estado (CEHOP-SE) e é acessada por meio do software ORSE, uma plataforma desenvolvida pela mesma entidade.

O software ORSE representa uma evolução significativa do antecessor InfoWOrsa, incorporando as lições aprendidas e as experiências acumuladas com o uso dessa ferramenta ao longo dos anos. Sua interface e funcionalidades foram projetadas para atender às necessidades complexas de orçamentistas e empresas de construção, facilitando a elaboração de orçamentos precisos e detalhados.

Oferecido de forma gratuita, o ORSE se destaca por sua capacidade de gerar dados confiáveis para a composição de custos em obras e também pela gama de funcionalidades que simplificam e otimizam o processo orçamentário. 

A plataforma permite, ainda, uma análise detalhada de preços unitários de insumos, mão de obra, e outros elementos essenciais ao cálculo do custo total de projetos de Construção Civil.

Tabela CUB 2025 

A Tabela CUB (Custo Unitário Básico) é outro um instrumento essencial para a Indústria da Construção Civil, que oferece um excelente indicador para a análise de custos de por metro quadrado em diferentes localidades e tipos de edificações. Gerida pelos sindicatos da Indústria da Construção nas diversas regiões do Brasil, essa tabela reflete as variações de custo dos materiais, mão de obra e despesas administrativas de cada estado.

Por este motivo, esta é uma das fontes mais confiáveis para consultar os preços para sua obra, já que leva em consideração a realidade da região em que a construção será feita. Portanto, para consultar a Tabela CUB 2025, busque diretamente no site do sindicato regional para conferir os valores mais apurados.

Uma das principais vantagens da Tabela CUB é, inclusive, sua capacidade de oferecer uma visão comparativa entre as diferentes regiões e tipos de obras, de modo que profissionais e empresas tomem melhores decisões. No contexto de 2025, em que o setor enfrenta desafios como o aumento nos preços dos insumos e a necessidade de práticas sustentáveis, a Tabela CUB se torna uma referência indispensável.

Como e por que criar sua própria tabela de preço da Construção Civil? 

As tabelas de valores de referência, como as que vimos acima, são excelentes para construtoras que ainda não possuem um histórico de custos ou dados organizados. No entanto, contar com uma base de informações própria permite um controle financeiro ainda melhor, mais alinhado às particularidades dos empreendimentos e da empresa.

Criar sua própria tabela de preços significa registrar e organizar dados reais dos projetos já executados, considerando fatores como localização, padrões construtivos, fornecedores habituais e produtividade da equipe. Isso possibilita estimativas mais realistas no futuro, reduzindo consideravelmente os riscos de desvios orçamentários. 

A seguir, veja 5 passos para desenvolver sua própria tabela de preços.

1. Registre e organize o histórico de custos da construtora

A base para uma tabela de preços própria é um bom histórico de custos. Para isso, registre os valores pagos por materiais, mão de obra, equipamentos e serviços em cada projeto executado. Organize esses dados de forma detalhada, categorizando por tipo de obra, região e período, para facilitar análises futuras.

2. Considere as particularidades dos seus empreendimentos

Cada construtora possui um modelo de negócio próprio e atua em nichos específicos. Uma empresa focada em edifícios residenciais de alto padrão, por exemplo, terá custos e especificações diferentes de uma que constrói empreendimentos populares. Leve essas particularidades em conta ao estruturar sua tabela de preços.

3. Atualize os valores constantemente

Você já deve saber o quanto o mercado da Construção Civil é dinâmico, com variações frequentes nos preços de insumos e mão de obra. Por isso, sua tabela deve ser atualizada periodicamente, considerando reajustes de fornecedores, índices de inflação e mudanças na produtividade da equipe.

4. Utilize softwares de gestão de obras e orçamentos

Ferramentas tecnológicas são essenciais para armazenar e analisar os dados de forma ágil e eficiente. Softwares de gestão de obras e orçamentos permitem registrar custos, gerar relatórios e identificar padrões ao longo do tempo, facilitando ajustes na precificação e aumentando a precisão dos orçamentos.

5. Compare seus dados com tabelas de referência do mercado

Mesmo com uma tabela própria, é importante compará-la periodicamente com referências como as que você viu aqui: SINAPI, ORSE e CUB. Isso ajuda a verificar se os seus preços estão alinhados com os do mercado e a identificar oportunidades de otimização de custos.

É claro que criar uma tabela de preços personalizada exige tempo e dedicação, mas os benefícios são incontestáveis. Com um banco de dados próprio e bem organizado, sua construtora poderá criar orçamentos mais realistas, reduzir desperdícios e tomar decisões estratégicas com base em informações concretas. 

Outras tabelas de preço da Construção Civil

Além das já mencionadas tabelas SINAPI, ORSE e CUB, existem outras ferramentas de grande valia para profissionais da Construção Civil, cada uma com suas particularidades e contribuições específicas ao processo orçamentário de projetos. 

Estas tabelas também oferecem recursos detalhados para a composição de custos, facilitando desde o planejamento até a execução de obras. Aqui vamos falar um pouco sobre duas delas: a Tabela de Composição de Preços para Orçamentos (TCPO) e o Sistema de Custos Referenciais de Obra (SICRO), ambas interessantes para quem busca precisão e eficiência na gestão de custos na Construção Civil.

Tabela de Composição de Preços para Orçamentos (TCPO)

Esta tabela, desenvolvida pela Pini, fornece uma vasta lista de composições de serviços, detalhando os materiais e horas de trabalho necessários para cada serviço especificado. Suas aplicações vão desde a medição em quilos até a quantificação em metros quadrados, oferecendo uma boa base para a redução de erros orçamentários, simplificação do planejamento de obras, e facilitação na composição de preços. 

A TCPO é reconhecida por sua capacidade de fornecer informações confiáveis, promovendo uma tomada de decisão mais embasada, segurança para os orçamentistas e economia através de uma listagem detalhada de insumos e seus respectivos valores.

SICRO (Sistema de Custos Referenciais de Obra)

Gerenciado pelo DNIT e sob a supervisão do Tribunal de Contas da União (TCU), o SICRO também se posiciona como uma tabela referencial de preços para materiais e serviços na Construção Civil. Seu uso é essencial para a promoção de uma concorrência justa em licitações, com mais transparência e igualdade de condições para todos os participantes. 

Assim, a tabela SICRO contribui para a melhoria da qualidade nos processos licitatórios, oferecendo uma base uniforme para o cálculo de orçamentos e atuando como uma ferramenta importante no combate a fraudes. Com a consideração de variações de preço e a disponibilidade de insumos, o SICRO padroniza procedimentos orçamentários em obras, assegurando eficácia e transparência nas estimativas de custo.

Estas tabelas complementam o leque de recursos disponíveis para a Construção Civil, reforçando a importância da escolha adequada de ferramentas orçamentárias para cada tipo de projeto, visando sempre a otimização de recursos, a precisão nos custos e a promoção de práticas justas e transparentes no setor.

Conclusão

As tabelas de preços que mencionamos aqui são parte importante para o processo de criação de orçamentos precisos e que evitem desperdícios ao longo da obra. No entanto,  construir uma tabela própria, com todas as especificações da sua construtora ou incorporadora, pode ser um diferencial ainda maior. 

Manter um registro próprio com os custos reais dos projetos, atualizado com frequência a partir dos preços encontrados nas tabelas oficiais, permite que a construtora ganhe mais controle sobre seus orçamentos e melhore sua eficiência financeira com o tempo. 

Além disso, o uso de softwares de gestão de obras e orçamentos facilita a coleta e a análise desses dados, colaborando para a tomada de decisões mais estratégicas e alinhadas com a realidade do mercado. Portanto, lembre-se: investir na criação de uma base de preços personalizada é um passo indispensável para orçamentos melhores que evitam desperdícios, aumentam a previsibilidade dos custos e otimizam os recursos da sua construção.

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