Construir nunca é tarefa simples, demanda atenção, dedicação e gera preocupações que impactam desde o layout até a logística de produção. Em alguns momentos pode parecer impossível, mas ter uma Gestão de Obras rápida e eficiente do início ao fim é viável, especialmente focando em uma das opções de maior qualidade no mercado para deixar o ambiente revigorado: a construção a seco.
Relevante, o método é conhecido por muitos e está em constante crescente no Brasil, ganhando mais evidência entre construtoras e clientes devido à lista de vantagens e diversidade, desde o momento de aplicação até reformas futuras.
Ficou interessado? Fique afiado, saiba tudo sobre a técnica:
O que é a Construção a Seco
É um tipo de construção que não usa água na composição estrutural da sua obra (é usada apenas na fundação), dispensando argamassa e cimento. Os responsáveis por criar a sustentação da sua edificação são as vigas e pilares utilizados. Inteligente e responsivo, o modelo de instalação foi pensado para ser sólido, versátil e resistente ao tempo.
As principais diferenças entre construção a seco e a convencional são:
A construção a seco é mais rápida, possui uma excelente proteção contra umidade e realiza com maestria os projetos com hábitos sustentáveis. Já a de alvenaria usa mais material, tempo e mão-de-obra pela complexidade da obra, podendo sofrer com mudanças inesperadas no orçamento e problemas indesejados.
Como o projeto a seco funciona
Também chamado de Sistema CES (Construção Energitérmica Sustentável), o método usa uma estrutura de perfis leves em Madeira (Wood Frame) ou Aço (Steel Frame), contraventadas com placas estruturais.
Usadas em conjunto, elas dão forma, rigidez e sustentação à obra do seu empreendimento. A estrutura por vigas é versátil e você pode contar com boas opções de isolamento.
Como desvantagens, podemos destacar que o custo ainda é superior ao de uma edificação de alvenaria, porém o prazo de construção é reduzida em até 1/3 de uma construção convencional. Além disso, por ainda estar ganhando espaço no mercado brasileiro, o número de profissionais qualificados também está em crescimento, enquanto poucas empresas oferecem o serviço.
Os tipos de Construção a Seco conhecidos
Existe uma opção que é perfeita pra você. Saiba mais:
Drywall
São placas de gesso envoltas por uma estrutura de aço. Esse tipo de construção ganha em agilidade, economia de custos e versatilidade no projeto. O isolamento também é uma vantagem já que pode ser feito com um enchimento de lã mineral, por exemplo, sem atrapalhar a construção da estrutura metálica.
Parede Dupla de Concreto
Inteligência bastante utilizada para construir shopping centers e galpões, já que o sistema usa módulos pré-fabricados e já prontos para aplicar no canteiro de obras.
As paredes são conectadas por uma armadura em treliça, grande responsável pela estruturação da edificação. No conjunto da obra, traz uma boa vantagem na economia de tempo ao executar a obra.
Steel Frame
Também conhecido como Light Steel Framing (LSF), leva o aço em sua execução. Uma vez que a estrutura do imóvel está pronta, o projeto torna-se bastante simplificado, permitindo inclusive boa versatilidade no uso de materiais para o acabamento.
Como já contamos aqui no blog, no Steel Frame os painéis estruturais são produzidos com perfis de aço zincado dobrados a frio. Estes painéis são projetados e produzidos como elementos estruturais estáveis, que quando montados conferem resistência mecânica para a edificação.
Painéis EPS
O modelo de painéis EPS chegou no Brasil em meados dos anos 90 e é o mais consolidado no mercado nacional. Feito com telas de aço galvanizado, que são unidas por treliças e então, firmadas em seu interior com EPS. Em seguida, aplica-se argamassa na estrutura.
Mesmo com uso de argamassa, é considerada uma construção a seco por aliar muitas das características e vantagens do método.
Os diferenciais e vantagens
Veja a lista com as 13 vantagens + 1 bônus que selecionamos para você:
1- Fidelidade Orçamentária
Devido à sua inteligência, o sistema usado possibilita que o orçamento previsto seja exatamente igual ao realizado.
2- Economia de dinheiro
Existe uma boa redução no valor final do projeto já que a fundação torna-se mais acessível e prática de construir, demandando menos tempo, mão de obra e equipamentos necessários para a execução.
3- Garantia e Durabilidade
Os produtos de alta tecnologia usados na construção, possuem garantias estendidas de até 30 anos. Ou seja, as edificações executadas com o método duram por várias gerações, assim como no sistema convencional em alvenaria.
4- Economia nos materiais
O índice de desperdício de materiais na construção a seco fica abaixo do 1% por ser um sistema construtivo industrializado inteligente. Para parâmetro: o sistema convencional tem perdas de até 30%.
5- Sustentabilidade relevante
A união do consumo reduzido de água com a produção mínima de resíduos e entulhos torna a construção a seco sustentável, uma parceira do meio ambiente. O Sistema CES emite aproximadamente 5 vezes menos CO2 quando comparado ao processo convencional de construção.
6- Leve e Resistente
Devido o uso de materiais leves, duráveis e resistentes, a construção a seco valoriza os projetos com prazo de conclusão curto ou acelerado.
7- Qualidade Térmica
O consumo de energia também é menor durante e após a construção. Isso é possível devido a redução no consumo com aparelhos de ar-condicionado, já que a estrutura tem melhor qualidade térmica.
8- Segurança
A qualidade dos materiais é indiscutível já que todos eles passam por um processo rigoroso de adequação às exigências legais e de fiscalização. Tudo isso com o objetivo de entregar uma construção de altíssima segurança.
Com resistência superior ao sistema convencional, resiste a ventos de até 300 km/h.
9- Responsivo e versátil
Flexível ao seu gosto e estilo arquitetônico, a construção a seco aceita imediatamente qualquer tipo de acabamento exterior e interior. É indicada para edificações comerciais ou residenciais de até 5 pavimentos.
10- Agilidade na entrega
Por não precisar passar por determinadas etapas comuns à construção (como o período de secagem de determinados materiais, por exemplo), a construção a seco tem sido considerada até 70% mais rápida do que os métodos convencionais, dependendo apenas da complexidade do projeto.
11- Espaço renovado sem problemas
A substituição ou retirada de elementos que compõem a estrutura, como quebrar uma parede por exemplo, é rápida, prática e mais barata. Por ser inteligente, a estrutura demanda menos desafios lógicos na hora de ser renovada.
Além disso, tem redução de custos de manutenção em 1/3 quando comparado ao sistema convencional devido à garantia e durabilidade dos materiais empregados.
12- Rápido retorno do investimento
Uma vez que a execução da obra é mais rápida, o sistema traz um ganho adicional pela ocupação antecipada e pela rapidez no retorno do capital investido no imóvel.
13- Qualidade respiratória
Os moradores com problemas podem respirar aliviados: o sistema evita a proliferação de fungos, bolor e mofo em geral. Solução convidativa e que você não precisará pagar a mais para ter.
Bônus: Resistência ao fogo
Caso você opte por usar aço galvanizado na estrutura da construção, a resistência ao fogo se torna um ponto positivo. Ao associar o uso de materiais no forro, traz ainda mais proteção ao imóvel e aos habitantes.
Com tanta informação, já deu para saber mais sobre a construção a seco, as maneiras como ela pode ser aplicada em projetos e o quanto é financeiramente vantajosa.
Exemplos de construção a seco
A construção a seco já vem sendo empregada há anos, numa escala crescente, em conjuntos residenciais, casas de alto padrão, edifícios comerciais, estabelecimentos comerciais, indústrias e prédios públicos.
Com capacidade total para 300 leitos, sendo 120 de UTI, destinados a pacientes de Covid, em 60 dias ele já estava com seus três pavilhões concluídos.
Para isso, 500 pessoas trabalharam dia e noite, numa atividade que movimentou mais de 45 carretas, com mais de mil toneladas de chapas de aço. No total, foram 12.800 metros quadrados de área construída em tempo recorde, ainda mais para os padrões brasileiros.
O investimento do Estado foi de R$ 50 milhões.
A Quick House atua fortemente em projetos e execução de obras públicas e para clientes como Petrobras, Shell, Odebrecht, Cyrela e Alphaville, entre outros. Usa o sistema de construção a seco patenteado pela empresa, composto de módulos metálicos padronizados e parafusados, que formam painéis autoportantes em aço galvanizado.
Seus módulos também estão sendo exportados para a construção de hospitais em Porto Rico, por um parceiro norte-americano.
Veja abaixo o vídeo de divulgação da obra:
Este anexo com 100 leitos do Hospital Municipal M’Boi Mirim foi construído ano passado pela Brasil ao Cubo, a partir da técnica de construção modular off-site BR3. Foram montados 70 módulos produzidos na fábrica da empresa em Tubarão (SC), transportados em carretas até a capital paulista.
No local da obra, junto ao Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch, os módulos foram acoplados na infraestrutura, preparada pela própria empresa. Com a ampliação, a unidade hospitalar somou 514 leitos destinados ao tratamento de pacientes do coronavírus, a maior estrutura com essa finalidade da América Latina.
Entre o início da fabricação e a conclusão da nova ala foram apenas 33 dias, sete a menos que o previsto. A unidade ocupa uma área total de 1.388,31 metros quadrados e foi construída com dois pavimentos que têm ligação com a edificação já existente por meio de passarelas modulares.
Cada pavimento é composto por áreas de apoio contendo posto de enfermagem e de serviços, farmácia satélite, sala de utilidade, depósito de materiais de limpeza e copa de distribuição. A obra começou dia 24 de março de 2020, teve custo de R$ 13,5 milhões e foi viabilizada por empresas parceiras.
A Ambev entrou com a gestão do projeto e com os custos de produção. A Gerdau forneceu o aço, principal matéria-prima para o método construtivo escolhido e o Hospital Israelita Albert Einstein com a expertise na gestão do atendimento.
Veja aqui um vídeo sobre a obra.
Hospital Independência de Porto Alegre – Módulo Covid
Outra obra da Brasil ao Cubo, o Centro de Tratamento de Combate ao novo Coronavírus (Covid-19), em Porto Alegre (RS), também foi entregue num tempo recorde na história da construção hospitalar no Brasil: apenas 30 dias.
Construído de forma anexa ao Hospital Independência, foram investidos no módulo R$ 10,4 milhões com recursos da Gerdau, Ipiranga, Grupo Zaffari e Hospital Moinhos de Ventos.
A unidade de saúde tem 60 leitos, estruturados com a tecnologia de construção modular da Brasil ao Cubo, que lhe permite entregar as obras com velocidade quatro vezes maior que uma construção comum.
Tanto que a empresa antecipou a conclusão do módulo hospitalar em sete dias dentro do cronograma oficial, causando espanto na capital gaúcha. Ele foi montado com 50 módulos encaixados que somam cerca de 842 metros quadrados de área construída.
Após a pandemia, a unidade hospitalar, vinculada à Rede de Saúde Divina Providência, será entregue para a administração da Prefeitura e passará a integrar a rede pública de saúde.
Clique aqui para ver a timelapse da obra.
Hospitais de Campanha com construção a seco
As construções secas com estruturas modulares e metálicas também estão tendo uma utilização muito forte nos hospitais de campanha. Diversas instalações temporárias foram implantadas com urgência para desafogar o sistema de saúde, nos piores momentos da pandemia.
O primeiro foi o Hospital Municipal de Campanha de São Paulo, na foto, que começou a ser implantado no gramado do Estádio Pacaembu, em março de 2020. Na época, havia cerca de 1.500 casos confirmados da doença . Poucos dias depois, na primeira semana de abril, já estava recebendo pacientes da rede municipal de saúde nos seus 200 leitos.
A responsável pela obra foi a Allegra Pacaembu, concessionária do estádio, que adotou o sistema industrializado de aço galvanizado para montar a estrutura metálica do hospital. Como é pré-fabricada, sua montagem é muito mais fácil e rápida, pois aceita diversos tipos diferentes de materiais de fechamento, como os painéis de concreto e drywall.
Este e outros dois hospitais de campanha de São Paulo foram desmontados, quando a pandemia parecia ter arrefecido. Agora, com o recrudescimento dos casos, o governo estadual anunciou que novos hospitais de campanha serão erguidos. Certamente, com a mesma pressa do ano passado e a participação da construção seca.
Muito espaço para crescer
No Brasil, a Covid-19 alcançou proporções ainda mais dramáticas que em outros países, pela quantidade vítimas, com reflexos tremendos em todas as atividades econômicas. Numa circunstância dessas, empresas que adotam soluções de maior eficiência podem não apenas sobreviver como expandir seus negócios, em meio a crise.
Como você viu, é o que está acontecendo com a construção a seco, um sistema que vem se expandindo em todas as áreas, inclusive no setor hospitalar, impulsionado pela pandemia. Com tantas carências no país, especialmente no setor habitacional e na infraestrutura pública, é um sistema com muito espaço para crescer ainda.
Então, espero que esse conteúdo tenha sido útil para você e quem sabe possa ajudar a incrementar seus negócios. Obrigado pela leitura e até o próximo artigo.