EMPRESAS DO FUTURO: INVISTA PARA CRESCER DURANTE A CRISE DA CONSTRUÇÃO

Tomás Lima

Escrito por Tomás Lima

18 de abril 2016| 8 min. de leitura

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EMPRESAS DO FUTURO: INVISTA PARA CRESCER DURANTE A CRISE DA CONSTRUÇÃO

Nesse atual cenário de retração e incertezas na Economia, nós damos as dicas para que sua construtora ou incorporadora retome a produtividade e o lucro!

Se a construção civil foi amplamente beneficiada pelo ciclo de crescimento que o Brasil viveu nos últimos anos, agora este mesmo segmento é um dos principais a sentir o peso da retração da economia. A especulação de que o desemprego tende a crescer abala a confiança das empresas e de quem pensava em adquirir o imóvel próprio e, ainda, a alta dos juros e as novas restrições para aquisição de crédito só agravam a situação. Empresas têm enfrentado problemas com o distrato imobiliário, consumidores desistindo da compra de unidades que foram vendidas ainda na planta e querendo a todo custo a rescisão de seus contratos, um direito garantido, mas que causa prejuízos enormes às construtoras e incorporadoras.

O cenário

Depois de atingir o menor resultado da história em fevereiro, o Índice da Confiança da Construção (ICST) subiu um pouco em março, mas os especialistas do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da FGV (responsáveis por essa medição) percebem que a melhora do setor não deve ser grande e o ritmo de desemprego deve continuar. 

Conforme levantamento realizado pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção (Sinicon) – com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) – o setor respondeu por metade dos desligamentos registrados no país no ano de 2015.

Outro efeito dos escândalos da “Operação Lava Jato” e do “Petrolão” foi a paralisação de obras de infraestrutura no país. Grande obras e empreitadas do setor da construção, óleo e gás estão paradas, especialmente após a prisão dos executivos das maiores empreiteiras do país.

A revisão nos planos de investimento das maiores construtoras e empreiteiras do país, como Camargo Correa, Andrade Gutierrez e Odebrecht, juntamente com o escândalo de corrupção da Petrobras impactaram diretamente na Economia do país. Apenas a Odebrecht, cujo presidente Marcelo Odebrecht foi preso em 19 de junho de 2015, tem 63 bilhões de reais em dívidas, segundo matéria da Revista Exame. A consultoria Tendências calcula que a Lava jato seja responsável por 2% da queda de 3,8% do PIB em 2015. Buscando uma solução para a crise, em 2016, o Governo Federal sinalizou um incentivo ao mercado imobiliário com a injeção de R$83 bilhões para aumento das linhas de crédito da Caixa Econômica, o que ainda deve ser insuficiente para resolver a situação deste cenário complexo.

Diante de um cenário tão pessimista, qual a melhor maneira de lidar com essa crise?

A melhor saída é investir de forma inteligente para transformar sua incorporadora ou construtora em uma empresa do futuro!

Onde há crise, há oportunidades

O principal desafio para as construtoras é manter a produtividade perante uma Economia que se encontra em declínio. O último boletim Focus divulgado pelo Banco Central aponta que o PIB deve diminuir 3,73% em 2016 e aumentar 0,30% em 2017. A inflação deve cair 0,03% nos próximos meses de 2016, mas ainda se mantém acima da meta de 6,5%. Ainda assim, essa não é a pior crise já enfrentada pelo Brasil. Em épocas anteriores, como na crise econômica dos anos 80,  já superamos desafios como as mudanças de planos econômicos, mudança de moeda, congelamentos, ofertas de créditos muito restritivas e inflação descontrolada.

Se o momento apresenta desafios, também oferece oportunidades para as construtoras usarem a criatividade e o conhecimento adquirido ao longo dos anos. Buscar novas soluções e inovações, elevando a qualidade de seus produtos e serviços oferecidos ao mercado, é uma das saídas.

Em alguns segmentos, como o da habitação econômica, a demanda latente pode gerar um aumento de lançamentos. O segmento de alto padrão e luxo é, naturalmente, mais estável quanto a relação de oferta e demanda, uma vez que trata-se de um nicho de mercado para atendimento das altas rendas da população, e deve se manter constante.

Já para as habitações de padrão standard, que atende principalmente a classe média, há maior concorrência. Uma oportunidade pode ser o desenvolvimento de projetos exclusivos, com menos unidades e com diferenciais que garantam maior valor agregado para a venda.

Ou seja, as construtoras e incorporadoras podem sim garantir produtividade neste ano!

Sua construtora precisa investir para crescer!

Há algo mais que se possa fazer para que sua construtora trilhe as vias do crescimento, mesmo diante de um cenário econômico não favorável? Acreditamos que sim!

Produtividade x Crescimento

As construtoras não estão satisfeitas com seus níveis de produtividade. Segundo a pesquisa “A produtividade da Construção Civil brasileira”, realizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), 60,8% das construtoras se dizem satisfeitas com sua produtividade, porém acreditam que ela pode ser melhorada, sendo que 35,5% não estão satisfeitas.

O aumento da produtividade na construção civil é o principal caminho para que o setor possa retomar as margens de lucro, em queda nos últimos anos. A conclusão é do “Estudo sobre produtividade na construção civil: desafios e tendências no Brasil”, feito pela EY (antiga Ernst & Young) em conjunto com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).

O estudo aponta as sete principais alavancas de produtividade para o setor:

  1. Planejamento da execução de empreendimentos
  2. Adoção de métodos de gestão
  3. Modernização de equipamentos
  4. Adoção de novos materiais
  5. Novos métodos construtivos
  6. Melhorias na execução de projetos
  7. Qualificação da mão de obra

Notem que das sete alavancas, ao menos três estão diretamente ligadas à adoção de sistemas para automatização das construtoras, que visam trazer maior agilidade às obras, e são ainda excelentes alternativas para driblar os aumentos de custos do setor.

Ao ampliar a produtividade da sua construtora, pode-se esperar pela redução de custos de produção, menor consumo de insumos e consequentemente maior expansão comercial.

O paradoxo de investir para crescer

Não é de surpreender que muitas construtoras mantenham-se conservadoras em relação a investimentos, porém é importante enfrentar esse paradoxo se o seu anseio for por crescimento. Investir nas alavancas citadas acima, com um bom planejamento e escolhas adequadas de fornecedores, vai garantir que sua empresa ganhe em produtividade, lucratividade e consiga, consequentemente, crescer.

O que se espera de uma construtora do futuro é que ela seja profissional em sua gestão, automatizada em seus processos e inovadora em seu perfil!

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Se você quer trilhar esse caminho, conte conosco para apoiá-lo no planejamento do seu crescimento!