O Engenheiro Civil é um dos primeiros a chegar à obra, acompanha todos os detalhes da execução, além das atividades do escritório que não podem ser esquecidas. Você tem o perfil que as empresas procuram?
O Engenheiro Civil é tradicionalmente o profissional que aplica seu conhecimento em Ciências Exatas para garantir que as construções serão estáveis e funcionais, mas a função atualmente vai além disso. O domínio de uma boa comunicação interpessoal, a capacidade de orientar e explicar as plantas baixas e outros projetos para o empreiteiro e os outros executores, gerência de pessoal, habilidades administrativas e financeiras, tudo isso é fundamental para um bom profissional.
A atividade é regulada pelas Leis nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966 e nº8.195, de 26 de junho de 1991, que determinam que para o exercício da profissão é necessário ter diploma de curso superior de Engenharia Civil válido pelo MEC e um registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA). O salário para cargos de nível inicial fica em torno de R$4mil reais; de nível médio, R$5,3 mil e nível experiente, de R$10 mil a R$20 mil.
Depois de terminar o curso superior, sempre fica aquela pergunta: o que eu faço agora? Aonde vou trabalhar? Ou, quando o mercado passa por um desaquecimento e você se vê sem emprego, precisa correr atrás para se adaptar à concorrência. Mas quais as áreas em que um Engenheiro Civil pode atuar? As mais comuns são:
- Concreto, estruturas
- Fundação, solos
- Execução de construção, construtoras
- Projeto hidráulico, saneamento
- Estradas
- Gerenciamento de obras
- Terra e pavimentação
- Calculista projetista
- Engenheiro de obras
- Empreendedor
- Professor, acadêmico
- Fiscal
- Orçamentos, incorporadora
- Coordenador de manutenção civil
- Coordenador de projetos imobiliários
- Coordenador de planejamento e controle de obras
- Coordenador de compras
- Gerente de projeto
- Gerente de obra
- Gerente de operações
- Engenheiro para manutenção
- Diretor de engenharia civil
- Diretor de infraestrutura predial
- Diretor de operações
- Diretor de licitações
- Vendedor técnico
Uma área não exclui a outra, mas cada uma requer conhecimentos específicos que, muitas vezes, não são obtidos durante um curso superior ou no dia a dia do mercado do trabalho. Segundo reportagem da revista Exame, as empresas procuram hoje, por profissionais que tenham atuado em estágios durante o curso superior e que tenham domínio (ou pelo menos noções básicas) de Inglês ou Espanhol. Cursos de especialização são um diferencial caso o objetivo seja mirar numa área específica.
Um engenheiro que pretenda trabalhar com cálculo estrutural, por exemplo, ganha muito se fizer cursos ou até mesmo uma especialização no assunto. Nem só de cursos e capacitações se alimenta um currículo: trabalho voluntário e hobbies também contam muitos pontos com os recrutadores (mostram que você tem outros interesses, que vai saber equilibrar vida profissional e pessoal e também a capacidade de se engajar e desenvolver empatia com outras atividades e grupos).
Algumas características de personalidade ajudam na hora de se candidatar a alguns empregos. Um candidato à vaga de Engenheiro de Obras, por exemplo, deve ter espírito de liderança, grande capacidade de se comunicar e a vontade de “meter a mão na massa”, ou seja, tem um perfil mais prático e mais próximo da equipe de obra do que do escritório (vai preferir ter as botas sujas de concreto do que usar terno e gravata nas reuniões da diretoria). Outra exigência do mercado que deixa cada vez mais gente de fora é o domínio da tecnologia. Prancheta e cálculo à mão são coisas do passado (ainda são utilizados como apoio), o computador tomou conta de tudo.
Além dos softwares de desenho, há os de cálculo de estrutura, levantamento topográfico, projeto hidráulico, elétrico, sistemas de gestão de obras, venda, orçamento, entre tantos outros. Hoje em dia, dominar esses programas já não é diferencial, é preciso saber empreender, aplicar sustentabilidade nas obras, usar tecnologias móveis… ufa!
Quanta coisa, não é mesmo? Para dar conta de se capacitar para todas essas tarefas com excelência e estar de acordo com o que as empresas procuram, a tecnologia vem sendo a maior aliada do Engenheiro Civil. Você está conectado com essa tendência?
Quer saber mais sobre como a tecnologia beneficia diferentes áreas da sua empresa no segmento da construção? Leia o nosso ebook sobre o assunto!
Pranchetas, esboços no papel e soluções empíricas estão dando lugar à tecnologia móvel, softwares especializados e novos materiais no dia a dia deste segmento. Todas essas iniciativas apoiam a gestão estratégica, otimizando recursos, reduzindo custos e ampliando a competitividade das construtoras e incorporadoras.
De acordo com o jornal DCI, a implementação de novas ferramentas tecnológicas é uma das apostas das construtoras brasileiras para expansão. Entre as pequenas e médias, novas ferramentas em celulares e tablets podem diminuir custos operacionais. Entre as grandes, a inovação aparece para o consumidor final, com empreendimentos que abusem do uso de novas tecnologias. O Coursera, plataforma educacional com mais de 600 cursos online e 7,2 milhões de alunos, divulgou um estudo apontando que o Engenheiro Civil brasileiro está marcando presença nas aulas de Engenharia de Software. Essa atualização colabora para a implementação de novas tecnologias e fortalece o setor no longo prazo.
Na Europa, um terço dos estudantes universitários estão matriculados em cursos na área de tecnologia (os chamados 5B). Esse dado já mostra a experiência do velho continente em formar profissionais para o futuro e não para o presente. A visão estratégica da própria carreira é um grande passo para que o Engenheiro Civil assuma seu papel como o mais importante agente de mudanças no ramo da Construção Civil.
Independente do treinamento que sua empresa possa te oferecer, este é o momento ideal para você retomar as rédeas da sua carreira. Espera-se do Engenheiro Civil grande habilidade na área de exatas, mas também é preciso desenvolver novas competências comportamentais como capacidade de comunicação, liderança e relacionamento, além de noções de marketing, empreendedorismo e inovação.
Um levantamento recente do Sinduscon, em parceria com a FGV, mostra que 60% dos empresários do setor têm planos de investir em tecnologia, e os destaques do momento são os sistemas de gestão de obras e aplicativos móveis. Busque informações sobre eles, consulte blogs e sites especializados e participe de eventos para que o seu dia a dia seja mais eficiente e sua empregabilidade se mantenha em alta.
Para se manter em alta, é bom também acompanhar os cursos de tecnologia que ensinam a usar softwares e sistemas do seu interesse, como por exemplo as ferramentas CAD (computer aided design) e os sistemas de gestão, emissão de ARTs e outros. Voltar ao banco da escola sempre é uma opção salutar e hoje, ainda é possível fazer isso na poltrona de casa ou na cadeira do escritório, via cursos online.
Quer saber mais sobre cursos online para melhorar seu currículo num mercado de trabalho cada vez mais competitivo? Leia o nosso post que lista os melhores cursos para Engenheiros Civis!
Mais uma vez, a tecnologia vem como grande amiga para ajudar a entrar ou se recolocar no mercado! A receita é frear a lei da inércia e buscar energia para gerar um novo movimento: o do sucesso!