Alguns itens de um imóvel parecem detalhes, mas têm um papel mais importante do que parece. Esse é o caso da escolha dos tipos de esquadrias. Quando são bem escolhidas e aplicadas, parece que não existia outra opção para o projeto.
Mas quando os profissionais envolvidos não levam em conta os pontos-chave corretos, a construção pode causar problemas.
Por isso, é essencial que você saiba como escolher o tipo mais adequado de esquadria para a sua obra. Assim, vai garantir que os imóveis atinjam seu potencial máximo de qualidade e rentabilidade.
Então, neste artigo eu vou te mostrar quais são os tipos mais conhecidos de esquadrias e quais são os pontos que você deve considerar ao escolher as suas.
Tipos de esquadrias mais conhecidos
Antes de saber quais são os critérios mais importantes para escolher as esquadrias de uma obra, você precisa saber quais são os tipos mais conhecidos. Além disso, entender para qual tipo de obra cada tipo de esquadria é mais indicado torna todo o processo de escolha mais simples.
Então, veja agora uma lista com os 6 tipos de esquadrias mais conhecidas no mercado e para que tipo de construção elas servem:
1. De abrir
As esquadrias de abrir são as mais comuns, e impossíveis de confundir: têm apenas uma folha e giram sobre dobradiças.
Também é comum encontrar janelas nesse estilo, apesar de estas serem menos comuns hoje em dia, devido aos outros modelos de janelas terem se tornado mais populares.
2. De correr
Enquanto nas esquadrias de abrir você precisa puxar para abrir e empurrar para fechar, as portas e janelas de correr são aquelas que você desliza para o lado. Como elas são instaladas sobre trilhos, o movimento é suave e contínuo.
Algumas portas de correr são instaladas para “entrar” na parede, o que pode economizar espaço em locais pequenos. Mas também é comum encontrar essas esquadrias em ambientes largos, em modelos de duas folhas.
3. Basculante
As esquadrias do tipo basculante são aquelas que você empurra para cima ao abrir e para baixo ao fechar. Elas fazem aquele efeito “gangorra”, e são muito comuns em portões de garagem.
Também são indicadas para economia de espaço, uma vez que você não precisa de uma área lateral ampla, como seria o caso de um portão de correr.
4. Guilhotina
As janelas modelo guilhotina têm duas folhas que podem ser abertas para lados distintos ou na mesma posição. Por exemplo, você pode deixar uma folha para cima e outra para baixo.
Elas são muito comuns em fazendas e casas antigas, até pelo estilo provincial e a falta de grades que era bem mais comum no passado do que hoje.
5. Maxim-ar
Esse tipo de esquadria com nome diferente é bem parecido com o modelo basculante, mas com uma diferença: a maxim-ar alcança uma abertura de quase 90°, o que deixa o ambiente ainda mais ventilado.
Por conta disso, esse modelo é muito comum em ambientes que precisam de grande circulação de ar e boa ventilação, como banheiros, cozinhas e áreas de serviço.
6. Camarão
Talvez você conheça as portas e janelas do tipo camarão por outro nome: sanfonado. Esse nome mostra bem o quanto esse tipo de esquadria é funcional no que diz respeito ao espaço, já que as folhas se dobram umas sobre as outras.
Visto que isso faz o vão de abertura chegar a quase 100%, as portas sanfonadas são muito usadas em projetos cujo espaço é minúsculo.
Mas não se engane:
Também há muitos projetos de alto padrão que usam isso para abrir os ambientes e criar cômodos ainda mais espaçosos, integrados e arejados.
O que levar em conta na hora de escolher as esquadrias da sua obra
Agora que você já está com o olhar mais treinado e já tem uma boa noção de quais são os principais tipos de esquadrias, é hora de entender outros critérios importantes de escolha.
Como você vai perceber na lista abaixo, escolher o material e o design mais adequado vai além da estética, ou seja, você não pode levar em conta só a beleza e o visual desejado.
Existem pelo menos 5 fatores que você precisa conhecer e colocar na balança antes de bater o martelo no melhor modelo e material para a sua obra. Assim, veja agora os 5 pontos que você tem de pensar ao escolher suas esquadrias:
1. Porte do empreendimento
O primeiro fator a levar em conta é o porte do empreendimento, ou seja, o tamanho e o grau de complexidade da obra. Por quê?
Porque isso determina quanto espaço você terá, quais serão as maiores limitações de espaço, segurança, logística e outros, e tudo isso afeta a escolha das esquadrias.
Por isso, use todas as informações que você tiver à disposição sobre o porte e as limitações do empreendimento como base para decidir quais esquadrias usar.
2. Padrão de acabamento
O padrão de acabamento da obra é um dos principais fatores dessa lista, por um motivo simples: você pode usar todos os tipos de esquadrias citados aqui tanto em projetos modestos quanto em obras grandiosas.
Mas o material, a qualidade e o modelo da peça muito vão depender do padrão de acabamento da obra. Afinal, não é possível colocar uma janela de luxo em um prédio simples, e vice-versa.
3. Padrão de manutenção pós-obra
O mesmo princípio do ponto anterior se aplica aqui, pois não basta aplicar as esquadrias se não for possível mantê-las em bom estado por um longo tempo depois.
Mesmo que não seja sua responsabilidade fazer a manutenção pós-obra, vale a pena alinhar isso com o cliente final para entregar algo coerente. Senão, o custo da manutenção pode ficar elevado demais e causar problemas para a vida útil do imóvel.
4. Conformidade com normas técnicas
As normas técnicas têm um papel importante de garantir a qualidade dos materiais e serviços, além da segurança dos profissionais e de quem vai usar a edificação. No caso das esquadrias, existe a NBR 10821.
Assim, é essencial consultar as diretrizes do documento e ver se ele apresenta alguma instrução específica para o tipo de obra que você está realizando. Além disso, seguir as instruções gerais do documento vai garantir que a obra esteja em conformidade com as normas técnicas.
5. Local de instalação da esquadria
Por último, mas não menos importante, está o local em que você vai aplicar as esquadrias. Esse fator é essencial para escolher qual será o material usado. Há muitas opções, sendo as mais comuns madeira e alumínio.
Locais expostos à mudança de tempo, como janelas externas, precisam de mais proteção. Já em lugares em que há corrosão, como no litoral, é preciso usar materiais protegidos contra isso.
Em resumo, o grande segredo é considerar o contexto da obra como um todo e usar os materiais que fazem sentido em termos de preço, espaço e que vão durar por mais tempo.
Por fim, agora você tem em mãos um manual básico de como escolher os tipos de esquadrias para suas obras sem se perder ou ter medo de errar. O segredo está em ir além da busca visual e pensar bem nos critérios que mostrei aqui. Se fizer isso, você terá tudo para escolher bem e valorizar muito sua obra.
Além das esquadrias, existem outros materiais que fazem toda a diferença na qualidade final da obra. Entre eles, os revestimentos de piso e parede. Veja agora o que você precisa saber sobre esses materiais de acabamento!