O Program Evaluation and Review Technique ou simplesmente PERT é uma das técnicas utilizadas em gestão de projetos com objetivo de identificar o tempo estimado para cada tipo de tarefa.
Em tradução livre, o termo significa Técnica de Avaliação e Revisão de Programa e foi uma metodologia criada pela NASA, em 1958. Mas os resultados foram tão satisfatórios que ainda hoje ela continua sendo utilizada no gerenciamento de projetos.
Quer entender melhor sobre o assunto? Então, a gente te explica como funciona o PERT e como aplicá-lo na gestão de projetos de construção civil.
O que é Program Evaluation and Review Technique
Em resumo, o Program Evaluation and Review Technique é uma ferramenta muito usada na gestão de projetos. Ela tem por finalidade definir prazos mais assertivos em todas as etapas. Inclusive, leva em consideração todos os riscos e possíveis atrasos no cronograma.
Dessa forma, a técnica PERT se baseia em conceitos de rede e utiliza três estimativas possíveis para prever os prazos em um projeto:
- estimativa Otimista (O);
- Pessimista (P);
- e Mais Provável (MP).
Assim, ao mensurar essas três possibilidades, é possível definir uma sequência lógica para o planejamento.
Podemos dizer que o grande diferencial do PERT é justamente essas três combinações. Juntas, elas auxiliam a antever possíveis riscos, atrasos e, principalmente, mensurar prazos realistas para toda a equipe. Então, entenda agora melhor sobre cada uma dessas estimativas:
- Otimista: Essa seria a projeção de um cenário perfeito, sem atrasos e com o menor prazo possível para a conclusão do projeto.
- Pessimista: Sob essa perspectiva, avaliam-se todos os riscos para supor um cenário desfavorável para o projeto, prevendo o período de tempo mais longo.
- Mais Provável: Por último, esse seria o cenário mais realista para a conclusão de todas as etapas do projeto.
Mas além dessas três estimativas, a técnica PERT também prevê que cada ciclo de vida do projeto seja bem definido. E isso inclui tarefas segmentadas tendo em vista a criação de um cronograma a ser seguido.
Para isso, é necessário:
- definir os cargos de liderança e gerência
- alinhar todas as fases do projeto
- estimar a duração de cada etapa a ser seguida
Então, a partir dessas ações será possível elaborar a rede PERT, composta pelo Método do Caminho Crítico ou, em inglês, Critical Path Method (CPM).
Entendendo o Método do Caminho Crítico
O CPM é considerado uma extensão da metodologia PERT. Ele é muito utilizado no gerenciamento de projetos mais complexos. Mas claro, também é possível aplicá-lo em projetos mais simples e obter ótimos resultados. Isso porque a sua principal função é otimizar toda a cadeia produtiva de um projeto.
Então, partindo desse princípio, o método serve para organizar as tarefas por meio de um diagrama. Com isso, o gerente de projetos consegue visualizar todas as etapas, as atividades interligadas e o período de duração de cada fase.
Assim, para a criação desse diagrama são utilizados três tipos de símbolos: setas, setas pontilhadas e círculos.
- As setas indicam quais são as atividades a serem realizadas e costumam acompanhar uma indicação numérica, que significa o seu tempo de execução.
- As setas pontilhadas, por outro lado, indicam aquelas tarefas que estão interligadas, ou seja, que dependem da realização de outra atividade para serem executadas.
- Por fim, os círculos, que demonstram a transição entre as tarefas e ligam uma seta na outra. O diagrama também pode conter letras, que indicam a cronologia do projeto.
Veja a seguir um exemplo simplificado do gráfico PERT:
Quais são as vantagens da técnica PERT?
Saber mensurar prazos realistas por si só já é um grande benefício para o gerenciamento de obras. No entanto, ao aplicar a técnica PERT na construção civil, você consegue obter outras vantagens, como:
- otimizar a execução de tarefas por meio de um planejamento mais eficiente;
- estimar datas mais precisas para entregar resultados aos seus clientes;
- identificar possíveis modificações no cronograma ao longo do projeto;
- e, claro, seguir um cronograma e concluir o projeto dentro do prazo.
Além de tudo isso, os resultados poderão servir como referência para projetos futuros. No tópico a seguir, veja como é feito o cálculo da estimativa PERT e como mensurar possíveis variações em seus prazos.
Como aplicar o PERT em projetos de construção civil
Para implementar o PERT em seus projetos é necessário aprender o cálculo, levando em consideração os cenários Pessimista, Otimista e Mais Provável. Confira a fórmula padrão:
PERT = (Pessimista + 4 x Mais provável + Otimista)/6
Agora suponhamos que ao iniciar um projeto de construção civil a sua estimativa Otimista para determinada tarefa seja de 15 dias, a estimativa Pessimista de 30 dias e a estimativa Mais Provável seja de 25 dias.
Logo, esse cálculo ficaria da seguinte forma:
PERT = (30 + 4 x 25 + 15)/6 = 24,16
Neste caso, a estimativa PERT para a conclusão dessa atividade seria de 24 dias. E caso você queira descobrir o desvio padrão, o cálculo que você precisa fazer é o seguinte: Estimativa Pessimista – Otimista/6.
Em nosso exemplo, esse desvio padrão seria de 2,5 dias. Sendo assim, o melhor cenário para a execução dessa tarefa seria entre 21 dias (24,16 – 2,5) e 26 dias (24,16 + 2,5).
Limitações do Program Evaluation and Review Technique
Mas, apesar de todas as vantagens, a técnica PERT também possui suas limitações, sobretudo em projetos mais complexos, de maior duração. Pois, nesses casos, pode ser difícil interpretar o diagrama PERT. Por isso, muitos profissionais optam por outra estratégia, como o gráfico de Gantt.
Esse gráfico é uma excelente ferramenta visual para que toda a equipe acompanhe o cronograma do projeto. Além disso, traz uma versão muito mais simplificada do que o diagrama PERT.
E outra limitação do PERT é a sua necessidade de atualização constante ao longo do projeto. Para alguns, esse trabalho pode ser um pouco cansativo em todas as etapas do projeto.
Conclusão
Então, agora que você já sabe o que é a ferramenta PERT, aproveite para descobrir outras técnicas importantes no gerenciamento de projetos, como a Análise de Valor Agregado e a Curva S.
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