Com o desaquecimento do mercado, desde 2014, a cada novo ano fica a pergunta: será que esse ano melhora? 2018 chega com novas perspectivas para a área da Engenharia, principalmente quando tratamos de engenharia e inovação. Mas isso é suficiente para melhorar o panorama do mercado de trabalho?

Alguns números iniciais sobre a engenharia

Até 2014, o mercado para engenheiros era promissor por conta do boom da indústria da construção em 2007. As engenharias figuram, até hoje, entre os cursos mais disputados nas universidades brasileiras. Do ano de 2010 até janeiro de 2018, o CONFEA (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) registrou 779.488 mil novos profissionais, sendo 2013 e 2014 os anos com maior número de registros, 105.894 e 103.164, respectivamente.
Do total de engenheiros ativos registrados no CREA (1.381.332), os profissionais com titulação permanente e diplomados no país é de 1.379.729 (99.88%). Desses profissionais, a divisão pelas áreas segue a tabela a seguir:
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Dados do CONFEA/2018
Com relação ao nível da titulação dos profissionais de engenharia, 820.498 possuem graduação, 34.317 tecnólogo, 643.768 cursos técnicos e apenas 54.715 (3,5%) possuem algum tipo de pós-graduação. Dessa quantidade de profissionais, 282.848 (18,20%) possuem o título de Engenheiro Civil.
Porém, seja pelas operações que desmascararam diversas fraudes em grandes projetos de infraestrutura ou pelo advento dos grandes eventos acontecidos no Brasil (como a Copa de 2014 e as Olimpíadas em 2016), a desconfiança no setor teve aumento. Ainda assim, há certa confiança de que vagas sempre existirão, principalmente para os profissionais mais qualificados.

Então, devo mudar de área?

Para os estudantes ou ingressantes nas áreas de engenharia, cabe a ressalva de que o desânimo que atingiu grande parte do setor não deve chegar às cadeiras nos cursos, é hora de agir! A partir dos dados que vimos, é necessário que o profissional se prepare, desde cedo, para ser competitivo no mercado e, para isso, é importante conhecer as principais opções ao seu alcance.
A fundação CAPES (Coordenação de aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) considera dentro do padrão internacional os cursos que atingem, em suas avaliações, as notas 6 ou 7, nessa nota são consideradas, entre outras coisas, a formação e relevância (publicações e trabalhos reconhecidos) dos profissionais de ensino que atuam nos programas de mestrado e doutorado, além da participação discente em congressos e publicações.
De acordo com o resultado do relatório quadrienal publicado em 20 de dezembro de 2017, os cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado) que obtiveram nota máxima foram:
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Dados da CAPES. Você pode checar as notas dos cursos próximos de você acessando essa página.
Outra possibilidade pode ser encontrada nos cursos de extensão, feitos de forma presencial ou online. Atualmente, são diversas as plataformas e instituições que oferecem cursos de aperfeiçoamento profissional que podem ser feitos em períodos específicos ou no ritmo de cada um.
O IPOG (Instituto de Pós-Graduação e Graduação), por exemplo, dispõe de opções de cursos menores que abordam assuntos como o BIM e a Lean Construction; já a Poli-Integra da USP, oferece um curso de pós-graduação voltado para a Tecnologia e Gestão na Produção de Edifícios. É possível, também, encontrar cursos gratuitos, em inglês, nas plataformas Coursera e OCW, do MIT, ou ainda, na plataforma EDX.
Com isso, você conseguirá acrescentar novas experiências educacionais ao seu currículo, cabe também participar de eventos voltados para a área da construção e ver sempre o que está em alta, fazer novos contatos e estar presente no meio, já que, diferente de outras épocas, a afirmação a seguir não é realidade.

Tenho bom currículo, meu emprego está garantido!

Curriculo Engenharia
O bom currículo abre caminhos, mas e para poder avançar? De acordo com a plataforma “Seleção Engenharia”, o mercado de trabalho mudou e o profissional que fazia carreira estável em uma única organização está dando lugar a um tipo de profissional diferente, mas dinâmico e com formação diversificada. As habilidades listadas para esse tipo de profissional são:

  • Proatividade: poder se antecipar aos fatos, não ser passivo às ordens para executar tarefas;
  • Disposição em aprender: corroborando o que já dissemos, é necessário que as mudanças do mercado sejam acompanhadas pelo profissional, buscando aperfeiçoamento;
  • Boa comunicação: é necessário ser claro, falar e ter a capacidade de desenvolver relacionamentos que perdurem.
  • Criatividade e inovação/Organização e Planejamento: para dar conta da dinamicidade do ambiente profissional é necessário saber inovar e também manter o foco, gerir o tempo, desenvolver e acompanhar processos;
  • Bom marketing pessoal: é importante saber mostrar para que veio, lidar com quem está a sua volta sem deixar de lado o profissionalismo.
  • Espírito empreendedor: é necessário saber quando arriscar, inovar e buscar conhecimento. Também é importante saber a hora de que é importante persistir e saber enxergar oportunidades, conquistando os stakeholders com suas ideias e entregas.

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