• A contabilidade na Construção Civil é crucial para indicar regimes tributários adequados, estabelecer modelos de contratação de profissionais e oferecer uma visão abrangente sobre o controle de custos.
  • A mobilidade e diversidade da mão de obra, cuidados redobrados com a folha de pagamento e o ciclo de produção longo são desafios enfrentados na contabilidade da Construção Civil.
  • É essencial focar na análise dos resultados financeiros, manter um bom plano de contas, controlar custos e estoque, realizar auditorias internas e utilizar tecnologia para aprimorar a contabilidade, evitando práticas de contabilidade criativa que podem levar a consequências graves.

A contabilidade na Construção Civil é uma das áreas que podem apresentar mais desafios na gestão de uma construtora. Geralmente fora dos holofotes, é esse setor que dá segurança financeira para todas as operações se tornarem realidade.  

São tantas as normas específicas e exigências, que muitas empresas do ramo contábil simplesmente abrem mão de trabalhar para construtoras e incorporadoras. 

Mas esse processo pode ser mais simples do que você pensa! O balancete, por exemplo, é um demonstrativo muito importante, mas relativamente simples de executar. Neste artigo, você vai saber tudo sobre a contabilidade na Construção Civil, inclusive como aplicar na sua empresa. Acompanhe! 

Qual é o papel da contabilidade na Construção Civil? 

Mais que uma série de burocracias e números confusos, a contabilidade desempenha um papel muito importante na Construção Civil: 

  • Indicar quais são os regimes tributários: Identificando quais regimes tributários são mais adequados para a construtora ou incorporadora, o que ajuda você a evitar problemas fiscais e gastos desnecessários ou inesperados. 
  • Estabelecer melhores modelos para contratação de profissionais: Já percebeu quantas pessoas podem participar de uma mesma obra? Agora, imagine a dor de cabeça que você pode ter se não cuidar das questões trabalhistas de cada um deles. Uma boa contabilidade na Construção Civil ajuda você a elaborar modelos de contrato adequados, levando em consideração o perfil do trabalho e do projeto, além das necessidades da empresa. 
  • Oferecer uma visão geral mais ampla e abrangente sobre o controle de custos na construção: Ponto fundamental para que você conheça muito bem os índices financeiros da sua obra e da sua empresa, e preserve sua lucratividade. 

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Principais características da Contabilidade na Construção Civil 

Diante disso, não dá para negar que a contabilidade pode apresentar uma estrutura complicada. Mas saber qual é a sua realidade e contar com bons profissionais e ferramentas é tudo o que você precisa para ficar em dia com os tributos e demais responsabilidades financeiras. 

Conheça os principais pontos de atenção atrelados a questões contábeis para a Construção Civil. 
 

Mobilidade e diversidade da mão de obra 

Um aspecto que os contabilistas ressaltam com frequência é a considerável mobilidade e diversidade dos locais de trabalho nesse ramo de negócio:, os canteiros de obras. Da mesma forma, a mão de obra apresenta uma diversificação enorme de técnicos e especialistas. Eles deslocam-se constantemente de um lugar para outro, onde acontece a demanda para sua função. 

Os contratos também se apresentam nos mais variados formatos: diretos, terceirizados, fixos, temporários e, com a reforma trabalhista, temos ainda os intermitentes.  

 

Cuidados redobrados com a folha 

Justamente aí mora um dos maiores perigos para a contabilidade na Construção Civil, ao organizar os números e informações de todo o pessoal empregado. Grande parte é alocado por obra.  

É preciso ainda fazer essa alocação pelo SEFIP: Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social. Estamos falando de um aplicativo desenvolvido pela Caixa para o empregador, disponível gratuitamente. Ele torna o processo de recolhimento regular do FGTS mais ágil e seguro. 

“O sistema é destinado a todas as pessoas físicas, jurídicas e contribuintes equiparados à empresa, sujeitos ao recolhimento do FGTS, e é responsável por consolidar os dados cadastrais e financeiros dos contribuintes e trabalhadores para repassar ao FGTS e à Previdência Social”, diz a Caixa. 

Guia de Recolhimento do fundo 

O SEFIP também é utilizado para gerar a Guia de Recolhimento do FGTS (GRF), gerada com código de barras para recolher o FGTS. Muito importante: não esqueça que a guia emitida deve ser recolhida até o 7º dia do mês seguinte àquele em que a remuneração do trabalhador foi paga. 

É provável que você já saiba, mas vamos reforçar: o valor a ser creditado na conta vinculada do trabalhador é calculado com base na remuneração do empregado, de acordo com o tipo de contrato:

  • Menor Aprendiz: quota de 2% sobre a remuneração. 
  • Demais Trabalhadores: quota de 8% sobre a remuneração.

A GRF deverá ser paga nas agências dos bancos conveniados ao FGTS ou nas unidades lotéricas e canais alternativos de atendimento – desde que o valor da guia não ultrapasse R$ 2.000,00. Erros ou atrasos nesses procedimentos podem gerar transtornos e prejuízos à empresa, tais como pagamentos acumulados, com juros, correção e pesadas multas do governo.  

Ciclo de produção longo 

Para complicar ainda mais as coisas, o ciclo de produção das construtoras é incerto, normalmente longo, com mais de um ano. Varia muito caso a caso, cada obra, seja de moradia, comercial ou de infraestrutura, é uma história diferente. 

Isto é, a equipe de contabilidade lida o tempo todo com a incerteza de cenários novos que, literalmente, interferem no fluxo das contas. Uma coisa é certa: ninguém sofre de tédio com esse trabalho. 

A atenção tem que ser permanente! 

Incorporação imobiliária 

Quanto à incorporação imobiliária, é marcante o vínculo direto dessa atividade de planejar, organizar investimentos em edificações para comercialização e a Construção Civil. Tanto que muitas pessoas, de fora do ramo, confundem as duas atividades como se fossem uma coisa só. A efetivação dos empreendimentos acontece por meio dos contratos de empreitada da incorporadora com a construtora, que executa a obra mediante remuneração.  

 

 Essa contratação pode se dar de duas formas: 

  • Empreitada de mão-de-obra ou lavor: aqui, o empreiteiro é o responsável pela administração da construção e a realização das obras, somente. Os materiais e insumos são adquiridos pela incorporadora contratante. 
  • Empreitada mista: neste caso, os materiais e insumos são adquiridos pelo próprio empreiteiro, que faz a construção e garante a qualidade dos produtos empregados na obra. 

 

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Formação dos estoques 

Já o “estoque” em contabilidade significa todos os bens mantidos para venda ou em processo de produção para venda. São também os bens ou materiais que se destinam ao consumo na produção de mercadorias para venda ou uso próprio. 

No caso das empresas ligadas aos negócios imobiliários, elas devem apropriar como estoque os imóveis destinados à venda concluídos ou em construção. E também os materiais destinados à construção das unidades que depois serão negociadas.  

Além disso, a legislação diz que construtoras e incorporadoras deverão manter um registro permanente do estoque para determinar o custo dos imóveis vendidos. 

O controle poderá ser feito por meio de fichas, formulário, livro, mapas ou soluções de software como o Sienge Plataforma, conforme as seguintes regras: 
 

  1. O modelo deve seguir as fichas usuais de controle de estoque, porém deve conter informações específicas da atividade Imobiliária; 
  2. O Registro Permanente de Estoque não precisa ser autenticado em nenhum órgão. Mas deve conter termos de abertura e encerramento assinados pelo contribuinte e o contabilista legalmente habilitado. 

 

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Impostos específicos  

Como o Brasil é um país muito grande e com um sistema complicado, é de esperar que de uma região para outra alguns impostos sejam diferentes. Mas a lista abaixo contém os principais tributos que toda construtora precisa pagar: 
 

  • INSS (Instituto Nacional do Seguro Social): imposto federal pago para a previdência social. 
  • ISS (Imposto Sobre Serviços): o ISS é um imposto municipal que incide sobre a prestação de serviços de qualquer tipo por parte de uma empresa. 
  • PIS (Programa de Integração Social): imposto federal que tem como objetivo realizar melhorias e benefícios para funcionários dos setores público e privado. 
  • COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social): o COFINS é pago junto com o PIS, mas usado para financiar a seguridade social. 
  • IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica): assim como as pessoas físicas precisam relatar ganhos e gastos à Receita Federal, o mesmo se dá com as empresas, por meio desse imposto. 
  • CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido): esse imposto federal também é feito para aumentar o financiamento da seguridade social no Brasil. 

 

Com a Reforma Tributária aprovada, os impostos específicos da Construção Civil estão passando por mudanças significativas. As novas regras entram em vigor oficialmente a partir de 2026 e impactarão a forma como os tributos são calculados e recolhidos no setor. É fundamental que construtoras, incorporadoras e profissionais da área acompanhem as atualizações para se prepararem adequadamente para o novo modelo fiscal. 

 

Como elaborar e aplicar o balancete contábil? 

O balancete contábil é um relatório muito importante para o controle de caixa da empresa. Ele mostra os valores do patrimônio, bem como as movimentações financeiras (débitos e créditos) e o saldo final do período. 

Com isso, dá para ver se a gestão financeira está em dia ou se existem falhas em algum aspecto no período avaliado. 

Mas não é só isso: o balancete de verificação é importante também para ajudar na elaboração de outros relatórios contábeis. Entre eles, vale destacar o DRE (Demonstrativo de Resultados do Exercício) e o Balanço Patrimonial. 

Quando o balancete é feito corretamente, serve como uma espécie de “raio-x” da saúde financeira do negócio. Qualquer dívida não paga ou compra desnecessária pode ser encontrada facilmente, o que ajuda a evitar o problema antes que se torne uma “bola de neve”. 

Com ele, também fica mais fácil comprovar as atividades regulares da sua construtora e conseguir crédito sem burocracia ou taxas maiores. 

 

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Antes mesmo de aprender a fazer um balancete, é importante saber como ler um demonstrativo do jeito certo. E, para isso, vamos avaliar os elementos que compõem o balancete, que são: 

 

  • cabeçalho: é a parte de cima do documento, onde geralmente ficam o nome e outras informações sobre a empresa; 
  • ativo: é a porção do relatório que discrimina as contas da empresa, incluindo seus bens; 
  • saldo anterior: o saldo final do balancete anterior deve ser transportado para essa parte, e é essencial para que os números sejam coerentes; 
  • débitos: movimentações relativas a saídas do caixa da empresa, ou seja, tudo que foi gasto no período; 
  • créditos: os créditos são as movimentações do que entrou, ou seja, os valores recebidos por meio das vendas; 
  • saldo final: é o valor que ficou no caixa da empresa, depois de comparar as entradas e saídas e cruzar isso com o patrimônio que já existia. 

 

Como fazer um balancete: 4 passos simples  

Agora sim, você está pronto para aprender como fazer um balancete. São passos simples e diretos, mas que precisam ser seguidos de perto para que o relatório funcione como esperado. 

Além dos 4 passos a seguir, existe um atalho para economizar tempo e diminuir a margem de erro em qualquer balancete. Os passos que você deve dar são: 

 

  1. Determine o período coberto pelo balancete

O primeiro passo é que você escolha qual será a abrangência do balancete. Os períodos mais comuns ao se criar um balancete são mensal, trimestral e anual. Não existe regra sobre qual é o melhor período. Tudo vai depender das circunstâncias de cada empresa. 

O principal é que o documento seja elaborado com tempo hábil e da forma correta. Afinal de contas, ter um balancete que apresenta informações erradas não é só perigoso, mas pode constituir atividade ilegal. 

Por isso, garanta que os profissionais responsáveis pela elaboração tenham tempo o suficiente para fazer os balancetes com precisão antes de delegar essa tarefa. 

  1. Escolha as movimentações que serão incluídas no balancete

É possível fazer um balancete de forma bem enxuta e direta, mas ainda assim mantê-lo eficaz. Em outros casos pode compensar fazer um relatório mais elaborado. 

Novamente a dica aqui é simples: tudo depende do tempo que os profissionais responsáveis terão para completar o trabalho, e do nível de detalhes necessário para o controle interno. 

  1. Separe os dados que vai usar para alimentar o balancete

Agora vem a parte mais importante do trabalho: separar os dados que serão usados para alimentar o relatório e dar a visão necessária do negócio. Dependendo de como as informações são armazenadas na sua construtora, essa etapa pode ser bem complicada. 

Anotar tudo com papel e caneta é a pior alternativa. Depois vem as planilhas improvisadas ou as listas eletrônicas. Também é importante lembrar de não incluir informações de períodos anteriores ao que se deseja avaliar. Isso poderia “contaminar” os resultados do demonstrativo. 

  1. Crie uma tabela e insira os dados

Por último, é só criar uma tabela, de preferência que possa ser acessada online de qualquer lugar, e inserir nela os dados que serão observados.  

Depois disso o trabalho será apenas analisar os dados coletados e ver o que eles apontam. 

Algumas empresas usam ferramentas como Excel e Google Docs para criar essas tabelas. Mas existe uma opção ainda melhor, que pode te fazer ganhar tempo e reduzir riscos. 

#Bônus: como eliminar os passos 3 e 4 e diminuir o risco de erro 

Os 4 passos são o que você precisa para criar um balancete exato, mas existe uma alternativa ainda melhor, que te ajuda a pular os passos 3 e 4. Essa opção só existe para quem usa um sistema de gerenciamento completo. 

Esse sistema, conhecido como ERP, tem um módulo de contabilidade na Construção Civil que automatiza e simplifica tarefas importantes, como a elaboração de balancetes. Além disso, contar com um bom sistema de gestão de obras vai te fazer economizar tempo e diminuir sua margem de erro nessa tarefa. 

 

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5 boas práticas para a contabilidade na Construção Civil 

Agora que você já entende a importância do papel da contabilidade na Construção Civil, chegou o momento de conferir 5 práticas que fazem toda a diferença na sua gestão contábil. 

 

  1. Foco na análise dos resultados e indicadores financeiros

Coletar os dados e indicadores financeiros é muito importante. No entanto, eles perdem todo o seu valor quando não são analisados e processados da maneira correta.  

Afinal, como disse o economista londrino, Clive Humby, “dados são o novo petróleo”. E quem sabe aproveitar todo seu potencial, sai na frente e só tem a ganhar. 

Use seus indicadores financeiros para mapear e acompanhar os resultados da sua empresa para maior controle sob aspectos como: impostos e despesas variáveis, até chegar a indicadores preciosos como sua margem de lucro bruta e líquida. 

A Demonstração do Resultado do Exercício, também conhecida como DRE, é a ferramenta contábil perfeita para esta tarefa. Pois a DRE leva em conta uma série de fatores determinantes para identificar se a empresa obteve lucro ou prejuízo no período examinado. 

 

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  1. Não descuide do seu plano de contas

Para garantir o sucesso e lucratividade das obras, seu cuidado com as finanças deve ir além dos orçamentos. E o primeiro passo para uma gestão financeira eficiente é através de um bom plano de contas. 

Seu plano de contas deve detalhar entradas e saídas da empresa divididas e organizadas em cálculos separados e detalhados. 

Com o tempo você vai perceber que este hábito facilita o acompanhamento dos fluxos de caixa, oferecendo uma visão clara de todas as suas fontes de despesa e receita. 

 

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  1. Controle de custo e estoque

Como andam as suas planilhas de custo e estoque? Os preços de suas matérias primas e empresas terceirizadas estão atualizados? Você registra toda a movimentação de insumos no seu estoque, detalhando em que cada item foi utilizado? 

Pois é, o que para uns é considerado um capricho, para bons gestores é essencial.  

Afinal, como gestor de obras o seu papel é garantir que todos os projetos em andamento tenham os materiais e a mão de obra necessários para seguir seu cronograma. 

Uma obra parada por falta de material representa mais que um prazo que não foi cumprido. É o primeiro passo para um efeito dominó que leva a mais atrasos e gastos desnecessários. 

Por isso, é fundamental que o seu controle de custos e estoque esteja sempre em dia. Outra dica também é realizar esse controle através de um bom software de gestão de obras. 

Dessa forma você automatiza processos repetitivos, armazena suas informações em uma plataforma segura e acessível para a sua equipe. E, além disso, integra todos os seus processos, reunindo em uma única tela todas as informações que você precisa para a sua obra não parar. 

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  1. Auditoria interna

Tem dificuldade para saber se o seu controle de custos está correto? A auditoria interna é um dos processos que pode te ajudar neste ponto. 

Através da auditoria interna, é possível analisar as atividades realizadas para compreender o que está funcionando corretamente e quais estão falhando em atingir o objetivo. 

Ou seja, ela vai ajudar você a identificar oportunidades de melhoria e fontes de desperdício. 

Essa tarefa pode ser desempenhada por uma equipe externa de contadores ou pelo seu próprio departamento de contabilidade. No entanto, é mais comum vermos contadores terceirizados sendo escalados para a tarefa, já que esses profissionais oferecem uma visão renovada que ajuda a identificar possíveis falhas com mais facilidade. 

  1. Use a tecnologia para melhorar a contabilidade na Construção Civil

A contabilidade na Construção Civil não precisa ser um bicho de sete cabeças! Ainda mais com tantos recursos oferecidos pela tecnologia.  

O Analize, por exemplo, é um software de gestão contábil que se destaca pela agilidade, segurança e precisão que oferece às suas operações da contabilidade. 

Com ele fica muito mais fácil consolidar as suas demonstrações, analisar demonstrativos, documentar e acompanhar as alterações societárias de cada empresa, e muito mais. 

Outra vantagem é que sua plataforma é 100% online, com um design responsivo e intuitivo. O que facilita a sua gestão e eventuais consultas no dia a dia. 

Além disso, clientes Sienge podem integrar a sua plataforma à conta no Analize, reunindo em uma única plataforma os principais indicadores e demonstrações que você precisa para cuidar da saúde financeira do seu negócio. 

 

Cuidado com a contabilidade criativa 

Querer pagar menos impostos, num país com carga tributária tão alta, não é nenhum crime, não configura nenhuma ilegalidade. 

Porém, quando se adota métodos que omitem ou distorcem informações contábeis, que são importantes para o fisco, o empreendedor está adentrando no terreno minado da sonegação fiscal. 

As consequências podem ser muito graves, pois se trata de crime sujeito a uma legislação federal bastante rigorosa. 

A Lei nº 4.729, de 14 de julho de 1965, é clara e confronta a prática da criatividade contábil. Ela define que constituem crimes de sonegação fiscal:  

  • Prestar declaração falsa ou omitir, total ou parcialmente, informação que deva ser produzida a agentes das pessoas jurídicas de direito público interno, com a intenção de eximir-se, total ou parcialmente, do pagamento de tributos, taxas e quaisquer adicionais devidos por lei. 
  • Inserir elementos inexatos ou omitir, rendimentos ou operações de qualquer natureza em documentos ou livros exigidos pelas leis fiscais, com a intenção de exonerar-se do pagamento de tributos devidos à Fazenda Pública. 
  • Alterar faturas e quaisquer documentos relativos a operações mercantis com o propósito de fraudar a Fazenda Pública. 

Também é sabido que a Receita Federal está empregando alta tecnologia no combate às fraudes contra o fisco.  

Como informa o Correio Braziliense, desde 2007 o País utiliza o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), criado pelo Governo Federal para o recebimento de informações fiscais e contábeis via internet. 

Isto permite o cruzamento de dados tributários e os sonegadores estão sendo identificados com muita rapidez.  

“Além disso, os dados tributários são comparados com dados do Ministério Público, Polícia Federal, Banco Central do Brasil e o Coaf – Conselho de Controle de Atividades Financeiras.” 
 

Busque orientação segura 

Muito mais lógico e produtivo que qualquer mágica contábil, é buscar uma orientação segura de um contador experiente. Esse profissional é fundamental na escolha do regime tributário mais favorável à empresa, como o Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real. 

Construtoras e incorporadoras também devem conhecer os benefícios e incentivos fiscais destinados ao setor, como a desoneração da folha de pagamentos e o Regime Especial de Tributação (RET). 

 

Conclusão 

Seja qual for o tamanho da empresa, a contabilidade é uma área extremamente complexa. Mais ainda nas construtoras e incorporadoras, uma vez que o setor envolve uma ampla e diversificada cadeia produtiva. 

Há uma grande mobilidade de locais de trabalho (canteiros), muita diversidade de mão de obra, um leque enorme de fornecedores e muitas especificidades no aspecto tributário. 

Por si só, já é uma área complicada, sujeita a erros e riscos se não houver um controle rigoroso das contas. Lembre-se, ainda, que os órgãos fiscalizadores dão atenção especial à Construção Civil. Melhor fugir da contabilidade criativa e buscar meios lícitos, como tecnologia e profissionais qualificados para tomar conta dessa área.  

Espero que você tenha gostado do nosso conteúdo. Mas, caso tenha alguma dúvida sobre o tema, ou esteja precisando de orientação nessa área, faça contato conosco, teremos satisfação em ajudá-lo.