• A cadeia da Construção Civil engloba todos os processos e agentes envolvidos em um empreendimento, desde a concepção do projeto até a entrega da obra.
  • A falta de integração entre os membros da cadeia pode resultar em problemas como retrabalho, desperdício de materiais e atrasos.
  • Investir em tecnologias digitais e alinhar todos os envolvidos no processo são fundamentais para aumentar a produtividade do setor.

A cadeia da Construção Civil reúne todos os processos, agentes e atividades que tornam possível a realização de um empreendimento, desde a concepção do projeto até a entrega da obra. 

Cada elo nessa corrente tem um papel essencial, tanto sozinho como em conjunto: a indústria de materiais, os fornecedores, o comércio, equipamentos, projetistas etc. Todos precisam atuar de forma sincronizada para que o resultado final seja seguro e rentável.

Quando essa integração falha, começam a surgir problemas que podem acabar comprometendo o sucesso do negócio. Por isso, compreender sua importância e investir em gestão e tecnologia são passos fundamentais para aumentar a produtividade do setor

Se você tem interesse nesse assunto, chegou ao lugar certo. Neste artigo, você vai entender como a integração é decisiva para transformar a cadeia produtiva da Construção Civil em um verdadeiro diferencial competitivo. Vamos lá?

O que é a cadeia da Construção Civil?

A cadeia da Construção Civil é o conjunto integrado de atividades, agentes e processos que participam do desenvolvimento de um empreendimento, desde a concepção do projeto até a entrega final da obra. Ela se diferencia de outras cadeias produtivas pela complexidade da sua estrutura, o alto número de interfaces envolvidas e a natureza única de cada projeto.

Enquanto cadeias como a automotiva ou a de bens de consumo trabalham com linhas de produção consideravelmente mais repetitivas e padronizadas, a Construção Civil lida com variáveis de solo, clima, legislação local, personalização de projeto e mão de obra diversa. Isso exige um nível de coordenação ainda mais elevado, e torna a integração da cadeia um dos maiores desafios do setor.

A falta de integração entre os membros da cadeia da Construção Civil pode resultar naqueles problemas que já conhecemos, como retrabalho, desperdício de materiais, atrasos e custos acima do previsto. Isso porque muitos processos ainda acabam sendo manuais, desconectados e pouco rastreáveis, dificultando a comunicação entre as áreas. 

Para vencer esses obstáculos, a adoção de tecnologias digitais e o alinhamento entre todos os envolvidos no processo são fundamentais. 

Quem faz parte da cadeia produtiva da Construção Civil?

A cadeia produtiva da Construção Civil é composta por diversos agentes que atuam em diferentes momentos do ciclo de vida de um projeto. Entender o papel e a interdependência entre esses atores é essencial para o bom andamento da obra.

Veja os principais elos da cadeia:

  • Fornecedores de insumos e materiais: responsáveis por entregar matéria-prima e componentes como cimento, aço, cerâmica, tubos, cabos e tintas. A qualidade e o prazo de entrega desses produtos impactam diretamente o cronograma e a performance da obra.
  • Projetistas e consultores técnicos: desenvolvem os projetos arquitetônico, estrutural, elétrico, hidráulico e complementares. Suas definições afetam todos os outros elos da cadeia, desde o orçamento até o planejamento da execução.
  • Incorporadoras: atuam na estruturação do negócio imobiliário, desde a aquisição do terreno até o modelo de financiamento e a estratégia de venda. Elas são o elo que viabiliza economicamente o projeto.
  • Construtoras e empreiteiras: executam fisicamente a obra, coordenando equipes, equipamentos e cronogramas. Sua eficiência depende do bom alinhamento com fornecedores, projetistas e gestores de obra.
  • Gestores de obra e engenharia: são os responsáveis por controlar prazos, orçamentos, suprimentos e qualidade durante a execução. Eles fazem a ponte entre o planejamento técnico e a operação prática do canteiro.
  • Prestadores de serviços especializados: atuam em etapas específicas como instalações elétricas, hidráulicas, revestimentos, fundações, montagem de esquadrias, paisagismo e outros serviços técnicos.

A atuação em conjunto desses agentes, com processos conectados e comunicação fluida, é o que define o sucesso de uma obra. A ausência dessa integração gera gargalos e prejuízos que poderiam ser evitados com uma gestão mais eficiente da cadeia.

O peso da cadeia produtiva na economia nacional

A cadeia da Construção Civil é um motor importante da economia brasileira. Nos últimos anos, sua participação no PIB, geração de empregos e volume de investimentos mostram desafios, mas também o grande potencial de crescimento do setor.

Vamos ver abaixo alguns dados recentes.

Participação no PIB e crescimento recente

Geração de empregos

  • Nos primeiros cinco meses de 2025, a Construção Civil criou 149.233 novos empregos formais com carteira assinada, de janeiro a maio.
  • De janeiro a abril de 2025, o setor acumulava quase 3 milhões de trabalhadores com carteira assinada no Brasil.
  • Esse dinamismo na geração de emprego formal mostra que, mesmo diante de desafios como juros altos e custos de insumos, a cadeia da Construção Civil continua sendo um puxador importante do mercado de trabalho.

Percentual de investimento no setor

  • O setor de Construção Civil também teve impacto relevante sobre a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) (os investimentos em bens de capital, infraestrutura e construção), com a construção sendo responsável por parte expressiva desse crescimento em 2024.
  • Ainda assim, a pressão de custos (materiais, energia, salários), as taxas de juros elevadas e a disponibilidade de crédito têm sido entraves à expansão mais rápida desses investimentos.

Transformação digital é fundamental na integração da cadeia

Investir em plataformas digitais conectadas para a integração da cadeia da Construção Civil é um caminho sem volta. Para quem deseja manter a competitividade no setor, já passou da hora de trocar a prancheta pelo tablet.

Em junho de 2022 isso já era pauta, no 94º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic). Um dos palestrantes do evento foi o Diretor de Estratégia e Marketing do Ecossistema Sienge, Guilherme Quandt, que tratou da “Transformação digital e integração na cadeia como alavanca de produtividade”.

Como modelo de integração, Quandt citou o exemplo da indústria automotiva. Nos anos 1980, empresas do setor passaram a adotar o SKU (Stock Keeping Unit), um código logístico que permite a identificação única de cada item com base em características como tamanho, cor, modelo e fabricante. Esse padrão viabilizou a rastreabilidade de peças e uma comunicação fluida entre fornecedores, fabricantes e varejistas.

Na cadeia da Construção Civil, esse tipo de padronização e integração ainda caminha a passos lentos. Quandt reforçou que:

Se a gente consegue integrar os projetos e processos do andamento da obra, por exemplo, isso contribui positivamente tanto para a indústria quanto para todos os envolvidos. O projeto fica menos burocrático, mais dinâmico, se ele ficar mais integrador. Economiza tempo, evita desperdício, gera lucro, agilidade. Hoje, na indústria civil, um mundo não conversa com o outro. Então, o ideal é construir um ecossistema tecnológico de integração em cadeia“, explicou Quandt. 

Quer saber mais? Este artigo aprofunda as explicações do especialista Guilherme Quandt no evento.

Os gargalos crônicos da cadeia da Construção Civil

A falta de integração entre os elos da cadeia é um problema estrutural e persistente. Mesmo com a evolução de tecnologias e métodos construtivos, o setor ainda opera em silos. 

São comuns situações como:

  • Fabricantes que não consideram a realidade do canteiro;
  • Projetistas que ignoram limitações dos materiais ou de execução;
  • Operários com baixa qualificação para interpretar especificações técnicas;
  • Decisões isoladas que geram impacto em diferentes disciplinas do projeto.

Essa desarticulação causa desperdício de materiais e tempo, além de sobrecarregar as construtoras, que acabam assumindo no canteiro a responsabilidade por corrigir falhas que poderiam ter sido evitadas nas fases anteriores.

Plataformas digitais e o efeito de rede na construção

As plataformas digitais mudam esse cenário ao promover uma gestão integrada e multidirecional. Inspiradas em modelos como o da Alibaba ou da Magalu, que conectam diversos agentes em um único ecossistema, elas geram valor ao criar efeito de rede: quanto mais participantes, mais inteligência, padronização e agilidade no processo.

Esse é o grande objetivo do Sienge, com o seu Ecossistema especialista para a Indústria da Construção e Mercado Imobiliário (falaremos mais sobre isso ainda neste artigo). Ao adotar soluções integradas, como as próprias ferramentas oferecidas pelo ecossistema, a cadeia da Construção Civil ganha:

  • Visibilidade e controle sobre todas as etapas da obra;
  • Comunicação fluida entre fornecedores, engenharia, compras e obra;
  • Redução de falhas e retrabalhos;
  • Dados organizados em tempo real para decisões mais rápidas e precisas;
  • Um ambiente digital colaborativo que favorece a inovação.

Esse novo modelo rompe com o formato linear tradicional e viabiliza uma cadeia mais eficiente, conectada e produtiva, onde cada agente entende seu papel dentro de um fluxo contínuo de valor. 

Espaço de sobra para inovar

Apesar dos avanços recentes, a cadeia da Construção Civil ainda tem muito espaço para evoluir no campo da inovação e da transformação digital. A ausência de áreas estruturadas de inovação e de uma cultura corporativa voltada à experimentação continua sendo um dos maiores entraves para o setor.

De acordo com o Cenário Construtivo Brasileiro 2023, grande parte das empresas ainda opera sem departamentos específicos para inovação. Isso reflete diretamente na baixa integração com construtechs e proptechs e no uso limitado de tecnologias digitais em processos críticos. 

Embora o ERP já esteja presente em parte das construtoras, mais de um terço delas ainda realiza a gestão das obras sem esse tipo de solução.

O Relatório de Maturidade em Inovação 2024, elaborado pela Porsche Consulting em parceria com o Secovi-SP, reforça esse diagnóstico. O estudo mostra que:

  • 49% das empresas não possuem metas claras relacionadas à inovação, o que dificulta alinhar objetivos estratégicos com iniciativas concretas.
  • Apenas 29% contam com área dedicada à inovação, geralmente em companhias de médio e grande porte.
  • A maioria das empresas foca em inovações incrementais, ligadas a produtos e métodos construtivos, enquanto iniciativas transformacionais (de ruptura) ainda são raras.
  • 88% afirmam investir em digitalização, mas a intensidade desse investimento varia conforme o porte da empresa — grandes organizações avançam mais rápido, enquanto pequenas e micro enfrentam dificuldades financeiras e de infraestrutura para adotar novas soluções.

Níveis de maturidade digital e barreiras à inovação

O relatório aponta ainda que, embora exista um alto engajamento teórico da liderança em relação à inovação, isso nem sempre se traduz em práticas consistentes. Entre as principais barreiras, destacam-se:

  • Falta de visão estratégica: ausência de metas e orçamentos específicos para inovação.
  • Falta de direcionamento cultural: distância entre o discurso da alta liderança e a realidade operacional das equipes.
  • Processos engessados: TI e áreas de compras muitas vezes não atuam como aliados da inovação.
  • Acessibilidade financeira: pequenas e médias empresas têm maior dificuldade de arcar com soluções inovadoras.

Perspectivas de avanço

Apesar das barreiras, há sinais claros de amadurecimento. O estudo da Porsche Consulting mostra que mais de 50% das empresas buscam novos métodos construtivos e que a digitalização é vista como prioridade estratégica. Além disso, cresce a presença em hubs de inovação e a aproximação com startups, ainda que de forma tímida.

Essa evolução indica que a cadeia da Construção Civil está em um estágio de transição: sai de um modelo tradicional, fragmentado e com baixa inovação, para um ambiente mais conectado, no qual a tecnologia e a cultura de inovação tendem a ocupar papel central nos próximos anos

Como o Ecossistema Sienge acelera a integração da cadeia da Construção Civil

O Sienge é mais do que um ERP: é todo um Ecossistema de Tecnologia e Negócios da Indústria da Construção e do Mercado Imobiliário, líder em soluções especialistas que apoiam a gestão de ponta a ponta, do pré-obra ao pós-venda. 

Presente há mais de três décadas no mercado, conecta mais de 1,2 milhão de profissionais, com 25 mil obras ativas simultaneamente e R$ 450 bilhões anuais em VGV transacionados.

Sua proposta é clara: oferecer a maior cobertura da cadeia da Construção Civil no Brasil, apoiando construtoras, incorporadoras e demais agentes com gestão integrada, inteligência artificial e dados estruturados.

Sienge Plataforma: o ERP central da cadeia da Construção Civil

O Sienge Plataforma é a espinha dorsal tecnológica do Ecossistema. Como ERP especialista em Construção, ele centraliza todas as informações da operação em uma única base, proporcionando:

  • Até 50% mais agilidade na entrega das obras;
  • Até 60% mais eficiência no backoffice;
  • Relatórios em tempo real para tomada de decisão;
  • Integração total entre áreas técnicas, financeiras e administrativas;
  • Conexão com mais de 40 soluções parceiras que potencializam a gestão.

Essa centralização permite que diferentes áreas da construtora trabalhem de forma coordenada, eliminando retrabalho e reduzindo desperdícios.

Soluções que ampliam a integração no Ecossistema Sienge

Além do ERP central, o Ecossistema conta com soluções especializadas para diferentes etapas da cadeia da Construção Civil:

  • Sienge Construcompras: conecta fornecedores e construtoras, trazendo eficiência em compra e venda de suprimentos para obras.
  • Sienge Construpoint: gestão e organização do canteiro de obras com mobilidade, permitindo controle na palma da mão.
  • Sienge eCustos: orçamentos simples, assertivos e conectados à gestão.
  • Constumanager: gestão colaborativa de projetos com tecnologia BIM.
  • Prevision: planejamento de obras que acontece, da incorporação à entrega.
  • CV CRM: solução para gestão comercial, eficiência em vendas e jornada completa do cliente.
  • Gestor Obras: ferramenta para gestão ágil em pequenas construtoras.

Cada solução atende a um ponto da cadeia e, quando integradas ao Sienge Plataforma, constroem uma visão completa e estratégica do negócio.

Diferenciais frente ao mercado

Enquanto os concorrentes oferecem sistemas generalistas, caros e pouco adaptados à realidade da Construção, o Sienge Plataforma se posiciona como solução especializada. Seus principais diferenciais incluem:

  • Plataforma 100% web e cloud, com acesso de qualquer lugar;
  • Interfaces modernas e usabilidade simples;
  • Integração com bases essenciais da construção, como SINAPI, TCPO e DNIT;
  • Especialização total no setor, com equipe dedicada que entende as dores reais da construção.

Por tudo isso, podemos dizer que o Ecossistema Sienge acelera a transformação digital da cadeia da Construção Civil por meio da integração de pessoas, processos e dados em uma única plataforma colaborativa. Se tornando uma base para construtoras e incorporadoras aumentarem sua produtividade e competitividade no mercado.

Se você tem interesse em conhecer mais sobre essas plataformas e seu potencial, solicite uma demonstração gratuita agora mesmo e descubra como transformar sua gestão de obras em resultados reais.

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