• Mercado imobiliário de Curitiba em 2025 é um dos mais estratégicos do Brasil
  • Curitiba lidera em atratividade para empreendimentos econômicos, médio e alto padrão
  • Bairro Batel é referência no mercado de alto padrão, Vista Alegre e Jardim das Américas são regiões emergentes promissoras

O mercado imobiliário em Curitiba vem se consolidando como um dos mais estratégicos do Brasil, tanto pela força econômica da capital quanto pela relevância da Região Metropolitana no cenário estadual. Para incorporadoras e construtoras, acompanhar de perto os indicadores da cidade é essencial para decisões mais acertadas sobre novos empreendimentos, seja no segmento econômico, médio ou de alto padrão. 

Neste artigo, apresentamos um panorama atualizado de 2025, com os dados mais recentes sobre o comportamento do setor. Além de mostrar o desempenho por faixa de mercado, a análise também destaca as regiões e bairros que se consolidam como polos de valorização e maior procura por imóveis.  

Boa leitura! 

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Como está o mercado imobiliário de Curitiba em 2025 

O desempenho do mercado imobiliário em Curitiba em 2025 confirma a capital paranaense como um dos polos mais estratégicos do país. Segundo o IDI Brasil (2º trimestre de 2025), Curitiba ocupa a 1ª posição nacional em atratividade para empreendimentos do padrão econômico, a 3ª posição no médio padrão e a 12ª posição no alto padrão, mostrando força em diferentes perfis de produto. 

Esses resultados dialogam com os dados da Brain Inteligência Estratégica, que apontam que o volume de vendas na cidade mais que dobrou na última década, com avanços expressivos em todos os segmentos.  

Mesmo diante do cenário de juros ainda elevados, o apetite dos investidores tem se mantido firme, impulsionado pelo dinamismo econômico, pela qualidade de vida urbana e pela atratividade crescente dos imóveis compactos. 

Padrão econômico: destaque nacional 

Como mencionamos, Curitiba lidera o ranking do IDI Brasil no segmento econômico, com nota 0,877, superando capitais como São Paulo e Fortaleza. O Minha Casa, Minha Vida segue como motor para este nicho, favorecendo o aumento de lançamentos em bairros periféricos e regiões de expansão.  

Entre 2015 e 2024, as vendas de imóveis econômicos cresceram 110% na cidade, sinalizando uma base de demanda sólida. 

Ranking IDI Brasil – Padrão Econômico – 2º trimestre de 2025

Médio padrão: crescimento consistente 

No médio padrão, Curitiba alcançou a 3ª posição no país em 2025, após avanços em todos os indicadores de demanda e atratividade. Esse segmento registrou crescimento acumulado de 62% em vendas na última década, segundo a Brain, e se mantém aquecido em regiões de classe média consolidada, como Água Verde, Cabral e Juvevê 

O público é composto por famílias e profissionais em busca de localização estratégica, infraestrutura completa e valorização no médio prazo. 

Ranking IDI Brasil – Padrão Médio – 2º trimestre de 2025

Alto padrão: sofisticação e investimentos 

O alto padrão curitibano recuou algumas posições no ranking do IDI, ocupando a 12ª colocação nacional em 2025. Ainda assim, trata-se de um dos mercados mais dinâmicos do Brasil: as vendas de imóveis entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões cresceram 185% na última década, enquanto os de luxo (acima de R$ 2 milhões) avançaram 175%.  

No bairro Batel, por exemplo, o metro quadrado já ultrapassa R$ 16 mil, patamar comparável a regiões nobres de São Paulo. 

Os compactos de luxo também se tornaram protagonistas. Empreendimentos de 24 a 40m², voltados ao investidor, têm registrado rápida absorção e valorização acima de 30% entre o lançamento e a entrega, segundo incorporadoras locais. 

Os bairros e regiões mais promissoras de Curitiba para lançar em 2025 

A atratividade do mercado imobiliário em Curitiba também se reflete na valorização de bairros estratégicos, tanto nas regiões nobres quanto em áreas emergentes.  

De acordo com o Índice FipeZap, a capital paranaense foi a cidade brasileira que mais se valorizou em 2024, com alta de 18% nos preços dos imóveis residenciais, e manteve essa tendência no início de 2025, registrando avanço de 0,68% em fevereiro, com preço médio de R$ 10.831/m², o quarto maior entre as capitais monitoradas. 

O levantamento da Loft reforça esse cenário: bairros como Vista Alegre, Batel e Jardim das Américas lideraram o crescimento no tíquete médio entre janeiro e maio de 2025, com altas de 105%, 88% e 65%, respectivamente. Esse movimento de valorização não se restringiu apenas às áreas mais nobres, alcançando também regiões com tíquete menor, como Capão da Imbuia, que apresentou avanço de 46% no período. 

Bairros de alto padrão consolidado 

O Batel continua sendo a principal referência no mercado de alto padrão curitibano, com tíquete médio de R$ 2,73 milhões em maio de 2025. A região concentra empreendimentos de luxo, comércio de alto nível, vida noturna vibrante e três shoppings em um raio reduzido, fatores que mantêm sua liquidez elevada.  

Outros bairros nobres, como Mossunguê, Seminário e Hugo Lange, também figuram entre os mais valorizados, com tíquetes médios acima de R$ 2 milhões. 

Regiões emergentes com forte valorização 

O destaque do primeiro semestre de 2025 é o Vista Alegre, que mais que dobrou seu tíquete médio em apenas cinco meses, alcançando R$ 1,9 milhão. A valorização de 105% reflete a busca por áreas residenciais tranquilas, próximas a parques e comércios de bairro, mas que ainda oferecem preços competitivos frente às regiões mais centrais. 

Outro bairro em evidência é o Jardim das Américas, com crescimento de 65% no tíquete médio e média de R$ 1,19 milhão. A localização estratégica, próxima ao Jardim Botânico e com fácil acesso ao centro e à UFPR, fortalece a demanda de estudantes, jovens casais e investidores em locação. 

Segmento econômico e oportunidades periféricas 

Nos bairros periféricos e regiões de expansão, como Atuba, Pilarzinho e Capão da Imbuia, observa-se valorização expressiva entre 46% e 57% em 2025.  

Esses resultados estão diretamente associados ao avanço do Minha Casa, Minha Vida, que sustenta a liquidez de imóveis econômicos. A infraestrutura em evolução e a boa conectividade com o centro, que conta com corredores de transporte, aumentam o potencial dessas áreas para lançamentos voltados às classes média-baixa e popular. 

Centralidade e reurbanização 

O Centro de Curitiba também merece destaque. Embora não figure entre os bairros com maiores variações no tíquete médio, ele lidera em número de lançamentos no país, segundo o relatório da Brain. O plano “Curitiba de Volta ao Centro”, lançado em 2025, prevê revitalização urbanística, retrofit de prédios e incentivos à habitação, o que deve intensificar a demanda nos próximos anos. 

Em resumo, o mapa das oportunidades imobiliárias em Curitiba em 2025 mostra um mercado diversificado: alto padrão consolidado no Batel e bairros nobres, forte valorização em regiões emergentes como Vista Alegre e Jardim das Américas e expansão econômica em áreas periféricas conectadas por infraestrutura de mobilidade.  

Para incorporadoras e construtoras, esse mosaico representa um leque de possibilidades estratégicas para novos empreendimentos, de acordo com o público-alvo e a faixa de preço. 

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Comparativo com outras cidades do Paraná 

Embora Curitiba concentre grande parte dos lançamentos e da valorização imobiliária no estado, o interior do Paraná também tem mostrado dinamismo crescente e se consolidado como alternativa estratégica para investidores. 

Interior em expansão 

Cidades como Maringá, Londrina, Cascavel, Toledo e Ponta Grossa estão atraindo novos moradores e incorporadores graças ao fortalecimento do agronegócio, à chegada de novas indústrias e a investimentos em infraestrutura urbana.  

Esse movimento fez com que os lançamentos em 221 cidades do Paraná mantivessem o ritmo de crescimento no primeiro trimestre de 2025, com as vendas avançando 3,8% em relação a 2024. 

Além disso, os imóveis no interior oferecem metragem maior e valores de metro quadrado até 40% inferiores aos praticados em Curitiba, mantendo bom potencial de valorização. Exemplo disso é Toledo, onde o VGV saltou 66% de 2023 para 2024, passando de R$ 212 milhões para R$ 352 milhões em lançamentos. 

Maringá: o “ano do imobiliário” 

Entre as cidades do interior, Maringá desponta como um dos mercados mais promissores de 2025. O setor da Construção Civil cresceu 4,1% em 2024, com vendas de imóveis em alta de 20%. Para 2025, a previsão da CBIC é de 2,3% de crescimento. Projetos como a revitalização do Novo Centro e o Viaduto Catuaí devem ampliar a mobilidade e atratividade urbana. 

Maringá também se destaca pela qualidade de vida: foi eleita a melhor cidade do Brasil para viver em 2024, liderando indicadores de saúde, saneamento e educação. Essa reputação reforça a atratividade do município para investidores em busca de valorização consistente. 

Londrina e outras cidades 

Já Londrina registrou valorização de 18% em 2024, a maior do país segundo a Futura Inteligência de Mercado, o que a consolidou como uma das melhores cidades do Paraná para investimentos. Cascavel e Ponta Grossa, impulsionadas pela indústria e pelo setor de serviços, também ampliam sua participação no mapa imobiliário, atraindo tanto famílias quanto investidores corporativos. 

Comparativo com Curitiba no IDI 

Os dados do IDI Brasil (2º trimestre de 2025) mostram que Curitiba segue na liderança nacional no segmento econômico (1ª posição, nota 0,877), mas cidades do interior também apresentam bons desempenhos: Londrina aparece em 13º lugar no econômico, enquanto Maringá figura na 14ª posição. 

No médio padrão, Curitiba se destaca ainda mais, ocupando a 3ª posição nacional, enquanto Maringá surge na 29ª e Londrina em 59ª. Já no alto padrão, Curitiba ocupa a 12ª posição, Londrina a 28ª e Maringá a 37ª. 

Esses dados indicam que, embora a capital ainda concentre maior liquidez e atratividade, há convergência de crescimento no interior, especialmente no segmento econômico e em cidades com forte base agroindustrial. 

Conclusão: o que esperar do mercado imobiliário em Curitiba 

O mercado imobiliário em Curitiba encerra 2025 em posição de destaque. O IDI Brasil mostra a cidade como líder nacional no segmento econômico e entre as três mais atrativas no médio padrão, revelando consistência da demanda em diferentes faixas de mercado. 

Na live do IDI, especialistas como Fábio Gaysseis (CV), Gabriela Torres (Sienge) e Cristiano Rebello (Prospecta) reforçaram que o setor imobiliário segue resiliente, mesmo com juros altos. Para eles, o imóvel continua sendo porto seguro: gera riqueza em ciclos de expansão e preserva patrimônio em fases de incerteza. 

Curitiba traduz esse cenário. O Minha Casa, Minha Vida sustenta o econômico; o médio padrão mantém liquidez com famílias e profissionais que buscam infraestrutura consolidada; e o alto padrão se fortalece em bairros como Batel, Mossunguê e Vista Alegre, impulsionado por imóveis compactos e por projetos de revitalização urbana, como o Curitiba de Volta ao Centro. 

Os desafios existem. Juros elevados podem reduzir o ritmo das vendas nos próximos trimestres e 2026, ano eleitoral, tende a trazer maior cautela. Além disso, os custos de construção pressionam as margens, exigindo eficiência e inovação das incorporadoras. 

Ainda assim, as oportunidades são evidentes. A cidade mantém alto nível de atratividade, com novos polos de valorização e investidores confiantes.  

Para construtoras e incorporadoras, o caminho está em interpretar os dados, alinhar produto e demanda e agir de forma estratégica. Assim, será possível aproveitar o potencial que o mercado imobiliário em Curitiba seguirá oferecendo.