Veja quais são as cidades e regiões com maior potencial no mercado imobiliário segundo o IDI Brasil (Índice de Demanda Imobiliária) e IDI São Paulo.
Em um país com déficit habitacional superior a 6,5 milhões de moradias, identificar as cidades com maior demanda por imóveis pode ser uma jogada de mestre para a tomada de decisões estratégicas em novos investimentos, você não acha? E é aí que entra o IDI Brasil.
Para construtoras e incorporadoras, dados precisos sobre o mercado são indispensáveis para planejar projetos que atendam às necessidades reais da população e maximizem o retorno sobre o investimento. Nesse sentido, indicadores confiáveis ajudam a mapear tendências, reduzir riscos e identificar oportunidades em um setor tão dinâmico e competitivo quanto o mercado imobiliário.
Assim, o IDI Brasil (Índice de Demanda Imobiliária) surge como um aliado valioso. Desenvolvido pelo Ecossistema Sienge e CV CRM, com metodologia do Grupo Prospecta e parceria da CBIC, o IDI mede a atratividade das cidades para novos projetos imobiliários, destacando aquelas com maior demanda por moradias.
Neste artigo, você vai conhecer mais sobre este índice, como ele funciona e quais os dados que foram revelados na edição mais recente do ranking. Confira!
O que é o IDI Brasil e qual seu objetivo?
O Índice de Demanda Imobiliária (IDI) Brasil é uma ferramenta lançada em 2024, que tem o objetivo de transformar a forma como o mercado imobiliário avalia a atratividade das cidades e regiões brasileiras para novos empreendimentos.
Com abrangência nacional, como o nome já sugere, o IDI Brasil analisa a demanda por imóveis em 77 cidades brasileiras, abrangendo os padrões econômico, médio e alto, por meio de uma metodologia baseada em dados oficiais e transações reais anonimizadas (veremos mais sobre ela a seguir).
E este ano, uma novidade: um recorte da cidade de São Paulo, o maior mercado imobiliário da América Latina e um dos mais dinâmicos do mundo.
O índice visa apoiar tanto o setor privado quanto o poder público na tomada de decisões mais bem embasadas, impactando diretamente na eficiência operacional e no planejamento estratégico de construtoras e incorporadoras.
De acordo com José Carlos Martins, presidente do Conselho Consultivo da CBIC, “o IDI Brasil vem para mitigar os riscos de tomadas de decisões baseadas em sentimentos e histórico, oferecendo informações claras para ações mais eficazes”.
Com periodicidade trimestral, o IDI se posiciona como um aliado que se tornará indispensável para gestores e empresários, fornecendo todo um panorama dinâmico e abrangente do mercado.
“Esse projeto é um passo adiante nas iniciativas de inteligência de mercado apoiadas pela CBIC, oferecendo ao empresário e ao poder público o conhecimento necessário sobre um segmento que gera emprego e renda no país”, destaca Renato Correia, presidente da CBIC.
Como funciona o Índice de Demanda Imobiliária (IDI) Brasil?
A metodologia do IDI Brasil foi desenvolvida para transmitir toda a confiabilidade e precisão necessárias, integrando dados de diversas fontes qualificadas. A análise utiliza seis indicadores principais, combinados com múltiplas variáveis de mercado, permitindo uma visão detalhada sobre o comportamento dos compradores de imóveis.
Os indicadores utilizados são os seguintes:
- Demanda: mede o número de potenciais compradores, refletindo o tamanho do mercado consumidor e o potencial de consumo na cidade.
- Demanda Direta CV CRM: utiliza dados de leads para medir a procura ativa por imóveis específicos, apontando áreas de interesse imediato e direcionando estratégias de marketing e vendas.
- Dinâmica Econômica: avalia a capacidade do município de gerar ciclos de demanda e fortalecer a economia local por meio de fatores como emprego e renda, que influenciam a capacidade de compra e a sustentabilidade do mercado.
- Ofertas de Terceiros: analisa a concorrência e a saturação do mercado, indicando a disponibilidade de imóveis oferecidos por outros agentes e a viabilidade de novos empreendimentos.
- Atratividade para Antigos Lançamentos CV CRM: verifica o desempenho de lançamentos com mais de 12 meses, oferecendo insights sobre a aceitação e a estabilidade do mercado na cidade.
- Atratividade para Novos Lançamentos CV CRM: examina o potencial de empreendimentos lançados nos últimos 12 meses, destacando tendências e novas oportunidades de negócios.
Esses indicadores são ponderados por especialistas para refletir sua relevância, resultando em uma escala de atratividade de 0,000 a 1,000, onde o score de 1,000 é considerado o mais alto.
O índice considera os dados dos últimos 12 meses, o que possibilita identificar tendências e oportunidades com base em demandas reais. Outro diferencial está na utilização de transações reais e não autodeclaradas, anonimizadas, trazendo um retrato muito mais fiel do mercado.
Como explica Fabio Garcez, Diretor Executivo do CV CRM: “O setor ainda carece de indicadores robustos que traduzam o comportamento do mercado imobiliário em tempo real. Com o IDI, pretendemos apoiar a mudança desse cenário”.
Principais insights do IDI Brasil (Índice de Demanda Imobiliária)
O relatório do IDI Brasil do 1º trimestre de 2025 traz os dados sobre a atratividade de 77 cidades brasileiras para o mercado imobiliário. Além disso, a segmentação da demanda pelas cinco grandes regiões da cidade de São Paulo – Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro.
Dividido em três padrões de renda – econômico, médio e alto – o estudo fornece uma visão clara sobre as localidades mais promissoras, destacando tendências e oportunidades para construtoras e incorporadoras. A seguir, confira um resumo com algumas das principais informações que você verá no relatório.
Padrão Econômico | Renda Familiar de R$ 2 mil a R$ 12 mil
No segmento de padrão econômico, Curitiba (PR), Goiânia (GO) e Fortaleza (CE) apareceram como líderes do ranking em atratividade.
A capital paranaense se destacou na primeira posição, enquanto Goiânia avançou do 4º lugar no 4º semestre de 2024 para a 2ª colocação, impulsionada pelos indicadores de atratividade de lançamentos. São Paulo desceu uma posição, dando lugar à Fortaleza, que também perdeu uma posição, mas permanece no top 3.
Dentre os avanços mais notáveis, o destaque vai para Salvador (BA). A cidade subiu cinco posições (de 11ª para 6ª), devido ao aumento dos indicadores de oferta de terceiros e atratividade de novas vendas. Em contraste, Brasília (DF) caiu da 8ª para a 10ª posição devido à redução na atratividade de novos lançamentos e na demanda direta.
Padrão Médio | Renda Familiar de R$ 12 mil a R$ 24 mil
No mercado de médio padrão, Goiânia (GO), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ) ocupam as três primeiras posições. As capitais de Goiás e São Paulo alternaram entre o 1º e o 2º lugares no 3º semestre de 2024 para então permaneceram na posição atual. Já Rio de Janeiro entrou no ranking ocupando a 3ª posição, impulsionado por sólidos indicadores de demanda, dinâmica econômica e atratividade de lançamentos.
O grande destaque ficou para Vitória (ES), que cresceu significativamente, subindo da 26ª posição no 3º trimestre de 2024 para a 16ª no 1º trimestre de 2025. Florianópolis (SC), por outro lado, caiu do 3º lugar no 4º trimestre de 2024 para a 8ª posição no 1º trimestre de 2025, devido à redução na demanda econômica e na demanda direta.
Os dados do IDI mostram como o segmento médio padrão está cheio de oportunidades, com cidades de diferentes regiões ganhando relevância no cenário imobiliário.
Padrão Alto | Renda Familiar Superior a R$ 24 mil e imóveis a partir de R$ 811 mil
Para famílias de alto padrão, São Paulo (SP), Goiânia (GO) e Fortaleza (CE) são as líderes no segmento. São Paulo e Goiânia mantiveram-se no topo com pouca variação, enquanto Fortaleza (CE) valorizou-se, subindo do 7º lugar no 3º trimestre de 2024 para a 3ª posição no início de 2025, devido ao aumento nos indicadores de oferta de terceiros e atratividade de novos lançamentos.
Campo Grande (MS) subiu para a 15ª posição, reforçando o crescimento do Centro-Oeste no mercado de alto padrão. Já Florianópolis (SC) caiu da 4ª para a 6ª posição no 1º trimestre de 2025, como consequência da redução na demanda econômica.
O mercado de alto padrão é geralmente liderado por capitais que combinam alto poder aquisitivo com atratividade para novos investimentos. As informações do IDI deixam claro que esta é uma oportunidade promissora, com potencial para quem busca investir em mercados consolidados e em crescimento.
Principais insights do IDI São Paulo
A amostragem do IDI São Paulo contempla as zonas regionais dentro da capital paulista (Centro, Zona Leste, Zona Norte, Zona Oeste e Zona Sul), compostas por seus respectivos bairros. Essa estruturação assegura representatividade na composição do ranking, consolidado como um relevante indicador do mercado nessa cidade.
Padrão Econômico | Renda Familiar de R$ 2 mil a R$ 12 mil e imóveis entre R$ 115 mil e R$ 575 mil
No segmento de padrão econômico, Zona Sul, Zona Leste e Zona Oeste apareceram como líderes do ranking em atratividade.
Zona Sul mantém a liderança absoluta, permanecendo na 1ª posição ao longo dos trimestres, sustentada por altos valores em praticamente todos os indicadores. A Zona Leste também está consolidada, na 2ª colocação, destacando-se pelos fortes indicadores de dinâmica econômica e atratividade de lançamentos.
A movimentação ficou para a Zona Norte, que cresceu gradualmente, saindo da 5ª posição no 3º trimestre de 2024 para a 4ª colocação no 4º trimestre, devido ao aumento nos indicadores de oferta de terceiros, demanda direta e atratividade de novos lançamentos.
Padrão Médio | Renda Familiar de R$ 12 mil a R$ 24 mil e imóveis entre R$ 575 mil e R$ 811 mil
No segmento de padrão médio, Zona Oeste, Zona Sul e Zona Leste são os líderes do ranking em atratividade.
A Zona Oeste manteve a liderança incontestável no médio padrão, sustentada por fortes indicadores de dinâmica econômica, demanda direta e atratividade de novos lançamentos. Nesse caso, tanto a Zona Sul quanto a Zona Leste seguem consolidades na 2ª e 3ª colocação. Aquela por causa dos indicadores de demanda, dinâmica econômica e atratividade de lançamentos antigos. E esta impulsionada pelos bons indicadores de oferta de terceiros e crescente atratividade de novos lançamentos.
Padrão Alto | Renda Familiar Superior a R$ 24 mil e imóveis a partir de R$ 811 mil
No padrão alto, também foram as Zonas Oeste, Sul e Leste que lideraram o ranking em atratividade.
Assim como no padrão médio, a Zona Oeste domina o mercado de alto padrão, mantendo-se na 1ª posição ao longo dos trimestres, impulsionada pelos fortes indicadores de dinâmica econômica, demanda direta e atratividade de novos lançamentos.
De forma semelhante, a Zona Sul reafirma sua importância, garantindo estabilidade na 2ª colocação. O destaque fica par a Zona Norte, que se valorizou significativamente, subindo da 5ª para a 4ª posição no 1º trimestre de 2025, devido ao aumento na atratividade de lançamentos antigos e novos.
Confira o relatório completo: IDI Brasil (Índice de Demanda Imobiliária)
Além das cidades que você viu acima, o ranking do Índice de Demanda Imobiliária traz uma lista ainda mais extensa com oportunidades promissoras (e outras nem tanto) em 77 diferentes cidades do Brasil e 5 zonas regionais de São Paulo.
Seja no padrão econômico, médio ou alto, o relatório aponta os principais locais de grande atratividade, com dinâmica econômica favorável e demanda crescente, ajudando você a identificar onde estão as melhores e as piores chances de sucesso para seus investimentos imobiliários.
Não perca a oportunidade de explorar todos os detalhes desse estudo. Baixe o relatório completo e descubra insights valiosos para alinhar sua estratégia ao comportamento real do mercado e tomar decisões mais bem informadas no setor da Construção Civil.