Constructechs são startups voltadas para o mundo da construção civil, ou seja, que têm por objeto algum aspecto da cadeia de valor da construção, conceito amplo que engloba os seguintes segmentos:
- Extração de matéria-prima;
- Indústria de materiais de construção;
- Distribuição e comércio de materiais de construção;
- Construção;
- Setor imobiliário;
- Manutenção;
- Serviços gerais ligados a edificações e instalações.
O mapa das construtechs mostrado abaixo dá uma noção da multiplicidade de soluções e áreas de atuação.
Quando eu conheci o Buildin, o mapa continha pouco mais de 100 construtechs. Hoje já são mais de 350 as construtechs mapeadas. Respondendo à minha pergunta: eu conheço só umas 30.
Baixe o Mapa completo aqui.
O que mais me chama a atenção é que aos poucos a cadeia da construção também começa a perceber valor na transformação digital e acreditar que há ganhos em recorrer a startups. A meu ver, as vantagens que o modelo das startups trazem para o empresário da construção são os seguintes:
* Startups se desenvolvem em ambiente de incerteza – fazer, errar, mudar, prototipar. Este formato de criação e desenvolvimento das soluções tecnológicas segue um roteiro em que a mudança é inerente ao processo. Técnicas com design thinking ajudam bastante a criar o novo paradigma;
* Startups são ágeis – por essa razão, conseguem pivotar, isto é, mudar de rumo e ajustar o enfoque com grande facilidade. Na empresa tradicional isso às vezes não é muito fácil;
* Startups são baratas – ainda não vi estudos específicos, mas minha percepção é de que recorrer a uma empresa externa enxuta (no caso de inovação aberta) termina sendo mais barato do que contratar profissionais para o quadro na construtora/incorporadora ou mexer em sua estrutura funcional. Quando penso que tudo tem que passar por RH, Jurídico, Compliance, Financeiro e TI, imagino a morosidade administrativa que às vezes impera nas companhias.