• O mercado imobiliário no Rio de Janeiro iniciou 2025 com crescimento de 6,5% nas vendas de imóveis no primeiro trimestre
  • A diversidade de perfis e regiões em expansão torna o Rio um polo estratégico para construtoras, incorporadoras e investidores
  • Tendências atuais incluem imóveis compactos, segmento econômico em alta e recuo no médio padrão, além de valorização no mercado de luxo.

O mercado imobiliário no Rio de Janeiro iniciou 2025 em ritmo de crescimento e se consolida como um dos mais relevantes do país. A capital fluminense registrou alta de 6,5% nas vendas de imóveis no primeiro trimestre, segundo levantamento da Loft, somando mais de 20 mil transações. 

O desempenho mostra a força da cidade em diferentes segmentos, desde empreendimentos econômicos vinculados ao Minha Casa, Minha Vida até lançamentos de alto padrão em bairros como Leblon, Ipanema e Barra da Tijuca. Essa diversidade de perfis e regiões em expansão torna o Rio um polo estratégico tanto para construtoras e incorporadoras quanto para investidores em busca de valorização. 

Nos próximos tópicos, vamos analisar os dados mais recentes, as tendências por segmento (econômico, médio e alto padrão) e os bairros que estão se destacando recentemente. Então se você deseja saber como está o mercado imobiliário no Rio de Janeiro em 2025, acompanhe a leitura.

Características do mercado imobiliário do Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro possui um dos mercados mais relevantes do país, com um grande número de empreendimentos em andamento e forte atuação da Construção Civil. Com sua localização privilegiada e atrativos turísticos, a cidade se destaca como um excelente lugar para investimentos imobiliários. 

O setor oferece uma ampla variedade de opções, desde apartamentos e casas na Zona Sul até empreendimentos na Zona Oeste, como Barra da Tijuca e Jacarepaguá.

O mercado imobiliário no Rio de Janeiro também tem se adaptado às novas demandas, com projetos mais sustentáveis e responsáveis. Algumas empresas estão investindo em construções com certificação ambiental, enquanto outras direcionam esforços para o desenvolvimento de moradias populares, como o Minha Casa, Minha Vida. 

A oferta de casas e apartamentos com financiamento também vem ganhando força, ampliando as oportunidades para diferentes perfis de compradores. Mais adiante neste artigo veremos sobre as principais tendências mas, antes, um pouco de história.

Histórico do mercado imobiliário no Rio de Janeiro

O mercado imobiliário no Rio de Janeiro tem uma trajetória rica e diversificada. A cidade é conhecida por suas belas paisagens naturais, monumentos históricos e espaços culturais, o que a torna um destino turístico muito procurado. Além disso, o Rio também é um importante polo de negócios e apresenta uma qualidade de vida elevada.

E isso não é de hoje. A consolidação deste mercado no Rio começou no século XIX, quando a cidade se tornou a capital do Brasil. Nesse período, a forte expansão urbana gerou grande demanda por imóveis, atendida pela construção de novos edifícios e residências.

Na década de 1920, o mercado imobiliário no Rio de Janeiro viveu um boom, especialmente em bairros como Copacabana, Leblon, Ipanema e Lagoa, que passaram a concentrar edifícios residenciais e hotéis.

Nos anos 1960, ocorreu uma mudança de perfil, com a ampliação dos conjuntos habitacionais voltados à moradia popular, principalmente em áreas periféricas. Já nos anos 1990, o setor sofreu com a crise econômica, registrando queda nas vendas e aumento da inadimplência.

A recuperação veio a partir dos anos 2000, impulsionada pelo crescimento econômico e por políticas públicas de incentivo ao crédito imobiliário.

E a história recente do mercado imobiliário carioca?

Entre os marcos recentes, estão os grandes investimentos em infraestrutura motivados por eventos como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, além da criação do programa Minha Casa, Minha Vida, que viabilizou milhares de moradias populares.

Após o período de retração econômica que se seguiu aos megaeventos, o mercado imobiliário no Rio de Janeiro retomou sua força, com maior disponibilidade de crédito e recuperação gradual do emprego formal. 

Hoje, a cidade se mantém como uma das principais regiões do país para investimentos imobiliários, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.

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As tendências do mercado imobiliário no Rio de Janeiro

Para entender como está o mercado imobiliário no Rio de Janeiro, é preciso primeiramente enxergar o cenário de contrastes atual: enquanto alguns segmentos mostram expansão acelerada, outros enfrentam retração. 

De acordo com o Índice de Demanda Imobiliária (IDI Brasil) e levantamentos de entidades como Ademi-RJ e DataZAP, a capital fluminense e Niterói se destacam em diferentes faixas de atuação, o que evidencia a diversidade de perfis de compradores e investidores.

Crescimento dos imóveis compactos

Os imóveis compactos, especialmente os estúdios de até 45m², são uma das grandes tendências atuais. Eles já representam 27,8% das vendas no primeiro trimestre de 2025, contra 18,1% no mesmo período de 2024, segundo estudo da Ademi-RJ em parceria com a Brain Inteligência Estratégica.

Essa categoria se concentra principalmente em lançamentos no Centro e no Porto Maravilha, regiões que vêm se beneficiando de incentivos urbanísticos como o programa Reviver Centro. 

O resultado é alta liquidez: empreendimentos recentes esgotaram suas unidades em poucas horas após o lançamento, atraindo compradores locais e investidores de fora do Rio — muitos com foco em locação por temporada, segmento em que o turismo responde por até 80% da demanda.

Força do segmento econômico

O econômico segue como pilar do mercado imobiliário carioca. No primeiro trimestre de 2025, o Minha Casa Minha Vida respondeu por 48,6% das vendas na capital, de acordo com a Ademi-RJ e a Brain. Essa faixa se concentra em bairros das zonas Norte e Oeste, onde há maior disponibilidade de terrenos e preços mais acessíveis.

O IDI Brasil confirma esse movimento: o Rio de Janeiro ocupa a 9ª posição nacional em atratividade para o segmento econômico, enquanto Niterói aparece na 42ª colocação. Esses números reforçam que a capital tem um mercado econômico robusto e estável, sustentado por subsídios e linhas de crédito específicas. 

Além disso, teve um crescimento significativo em atratividade quando comparado ao primeiro trimestre de 2025, como podemos ver no gráfico abaixo.

Tabela comparativa da atratividade do Rio de Janeiro – RJ para o padrão econômico: 1º trimestre de 2025 x 2º trimestre de 2025

Recuo do médio padrão

O segmento de médio padrão é o que mais sente os efeitos de retração, devido ao cenário de juros elevados. Em 2024, ele representava 43,1% das vendas, mas caiu para apenas 19,1% em 2025, segundo a Ademi-RJ. A explicação está no peso do financiamento: compradores dessa faixa são os mais sensíveis às condições de crédito e muitos adiaram a decisão de compra ou migraram para imóveis compactos.

No índice IDI Brasil, o Rio caiu da 3ª para a 6ª colocação nacional no médio padrão, enquanto Niterói aparece em 34º lugar. Isso indica que, apesar de ainda relevante, a atratividade desse segmento realmente tem perdido força no estado.

Tabela comparativa da atratividade do Rio de Janeiro – RJ para médio padrão: 1º trimestre de 2025 x 2º trimestre de 2025

Alta valorização no mercado de luxo

Já no alto padrão, o Rio de Janeiro mantém protagonismo nacional. Segundo o DataZAP, a cidade liderou a valorização no segmento de luxo no primeiro trimestre de 2025, com preços de lançamentos subindo 29,28%. Os bairros do Leblon e Ipanema registram os valores mais altos, chegando a R$ 42 mil por metro quadrado, enquanto a Barra da Tijuca, especialmente o Jardim Oceânico, alcança até R$ 34 mil/m².

Já para a atratividade nesse segmento, o IDI Brasil, no entanto, mostra que o Rio caiu ligeiramente: a cidade está hoje na 11ª colocação nacional, enquanto Niterói figura em 51º lugar. Ainda assim, a demanda por áreas premium segue resiliente, especialmente entre investidores de longo prazo.

Tabela comparativa da atratividade do Rio de Janeiro – RJ para alto padrão: 1º trimestre de 2025 x 2º trimestre de 2025

Investimento em imóveis no Rio de Janeiro

Investir em imóveis no Rio de Janeiro exige atenção às particularidades de cada segmento e ao comportamento do mercado local. Mais do que acompanhar números de vendas, o investidor precisa avaliar onde estão as melhores combinações de liquidez, valorização e segurança patrimonial.

Como vimos anteriormente, as unidades compactas ganharam protagonismo recente e se consolidaram como alternativa de curto prazo, especialmente para quem busca retorno com locação por temporada. Já os imóveis do Minha Casa, Minha Vida representam estabilidade, pois atendem a uma demanda constante de habitação em regiões mais acessíveis.

No outro extremo, o luxo segue como aposta de longo prazo. Lançamentos em bairros como Leblon, Ipanema e Barra da Tijuca continuam atraindo investidores que buscam ativos premium, capazes de resistir melhor às oscilações econômicas.

Diante disso, o mercado imobiliário no Rio de Janeiro se mostra segmentado em três caminhos para o investidor:

  • Para quem busca liquidez: estúdios e compactos no Centro e no Porto, com vendas rápidas e alta procura para locação por temporada.
  • Para quem busca estabilidade: empreendimentos do programa MCMV nas zonas Norte e Oeste, sustentados por uma demanda habitacional constante.
  • Para quem busca valorização patrimonial: imóveis de alto padrão em áreas premium da cidade, como Leblon, Ipanema e Barra da Tijuca, que seguem em alta mesmo com cenário de juros elevados.

Essa leitura estratégica permite alinhar investimentos ao perfil de risco e ao horizonte de retorno de cada comprador, aproveitando as oportunidades que o mercado carioca tem  oferecido de acordo com a estratégia da sua construtora ou incorporadora. 

Conclusão

O mercado imobiliário no Rio de Janeiro atravessa o ano com sinais de dinamismo e recuperação, mesmo diante de juros elevados e desafios econômicos. Os dados mais recentes mostram crescimento nas vendas, valorização em áreas premium e forte absorção de produtos em diferentes faixas, do econômico ao luxo.

Essa diversidade evidencia a resiliência do setor carioca e reforça o potencial da cidade como destino estratégico para lançamentos e investimentos. 

Para construtoras, incorporadoras e investidores interessados, o Rio segue como um mercado de oportunidades, onde planejamento e uma boa leitura das tendências podem fazer a diferença entre um resultado comum e um retorno de alto impacto.

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