Descubra como a Plataforma BIM pode ajudar a sua construtora ou incorporadora a ter mais produtividade em cada uma das etapas da obra.
Plataforma BIM é a modelagem da informação da construção que permite criar plantas de construção inteligentes. Ou seja, consegue-se inserir informações úteis como insumos, metragem e espessura em cada parte dessa planta. Se você ainda não conhece, baixe nosso kit gratuito, Tudo sobre BIM 2.0.
Um projeto arquitetônico realizado em BIM, por ter uma visão espacial em 3D, já auxiliaria a encontrar erros. Ao integrar com outras informações, possui uma geometria que auxiliará em todo o processo da construção. Isso envolve planejamento, serviços preliminares, orçamento, fundação, estrutura, instalações elétricas e hidrossanitárias.
Na imagem abaixo, de uma planta de banheiro desenvolvida na plataforma BIM, é possível ver todos os componentes necessários. Clicando na pia, por exemplo, sabe-se informações como seu custo e quantas unidades desse modelo existem em estoque.
Resumindo: na plataforma BIM, une-se uma maquete, o orçamento, estoque e adiciona-se tudo que vai dentro do edifício. Fica mais fácil de saber se algo vai dar errado ou não, certo?
5 níveis da Plataforma BIM: 3D, 4D, 5D, 6D e 7D
Apesar de conhecido pelo nível “BIM 3D”, há diferentes profundidades de utilização, com diferentes objetivos. Conheça melhor os “D” do BIM:
- Plataforma BIM 3D: foca na visualização em aspecto espacial, permitindo que todos vejam as alterações realizadas no mesmo instante que são feitas. Também ajuda que o trabalho seja realizado de forma colaborativa através da integração de dados de diferentes áreas. Ou seja, integra desde arquitetos, passando pelos fornecedores de materiais até a área de engenharia.
- BIM 4D: utilizado na prevenção de riscos, permitindo uma visualização prática do planejamento da construção. Esse segundo nível de BIM auxilia na gestão de conflitos, antecipando análises que seriam feitas apenas no momento de execução.
- BIM 5D: nível de orçamentação, mostra o impacto do custo ao longo do tempo, fazendo um trabalho análogo a Planilha de Cronograma Físico-Financeiro. O benefício do BIM 5D? Um maior acerto na previsão do orçamento.
- BIM 6D: num mundo que preza cada vez mais o uso sustentável dos recursos naturais, esse nível trabalha na análise do consumo de energia, que resultará em escolher equipamentos de alto desempenho (e que consumam menos energia proporcional). Esse nível é amplamente incentivado pela Green Building Council.
- BIM 7D: nesse nível há um foco na manutenção das instalações, resultando em benefícios como a substituição mais rápida das peças. Tem grande serventia para os líderes de projetos que precisam gerenciar todo o tempo de vida de um empreendimento.
Vantagens da Plataforma BIM
Pergunte a qualquer empresário da construção: você quer aumentar sua produtividade? A resposta mais provável é um sonoro “sim”!
Essa é uma das propostas da plataforma BIM, que permite que várias pessoas editem o projeto ao mesmo tempo. E ainda gera produtividade por evitar fazer algo mais de uma única vez, o famoso retrabalho, visto que consegue-se ver em tempo real se há algum conflito, como um pilar ficando na frente do elevador.
Outro ponto muito comentado pelas construtoras que utilizam a plataforma BIM é a possibilidade de modelar objetos já inserindo as suas propriedades físicas. Além de poupar tempo em etapas futuras, torna o projeto de engenharia integrado, permitindo uma análise mais precisa de como está a obra, e com isso, facilita a tomada de decisão.
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Outra grande vantagem do BIM é a sua contribuição para a sustentabilidade na Construção Civil. A capacidade de simular o desempenho energético dos edifícios permite a adoção de soluções mais eficientes e ambientalmente responsáveis. Além disso, a redução de desperdícios e a otimização do uso de materiais também diminuem o impacto ambiental das obras.
7 principais vantagens da plataforma BIM
Em uma pesquisa realizada pela Autodesk e McGraw-Hill Construction, ficaram evidenciadas as 7 principais vantagens do uso da plataforma BIM na visão de proprietários de projetos de infraestrutura.
Veja a distribuição das respostas:
- 44% – Melhores resultados;
- 44% – Redução no retrabalho dos projetos em plataforma BIM;
- 38% – Menos litígios de sinistros;
- 33% – Redução de erros em documentos;
- 33% – Redução no tempo do fluxo de trabalho;
- 33% – Redução na duração do projeto;
- 22% – Redução no custo da construção.
O fato da redução no custo ter ficado apenas na 7º posição como principais vantagens da utilização do BIM difere de outros estudos, como o da Dodge Data & Analytics. Nela, 48% dos profissionais da construção entrevistados olham uma redução de custos de pelo menos 5% no final do projeto, por utilizar a plataforma BIM e não outras plataformas.
Outras duas vantagens levantadas pelo estudo são:
- Mais de 51% vêem claramente uma redução no tempo de projeto;
- 31% dos respondentes observaram melhoras significativas, de aproximadamente 25%, na produtividade do trabalho.
Desvantagens da Plataforma BIM
Apesar da utilização da plataforma BIM ser uma grande tendência no ramo da construção, existem alguns aspectos que merecem atenção. Separamos os quatro principais pontos que devem ser analisados antes da escolha de utilizar uma solução BIM:
- Incompatibilidade com parceiros de projetos: não é todo mundo que utiliza o BIM (infelizmente!). Sempre existirá o risco de algumas das empresas que você precisará envolver-se, não trabalharem.
- Falta de profissionais qualificados: como uma tendência da construção relativamente nova, existem poucos profissionais aptos no mercado. Assim, o empresário da construção precisa investir em consultorias e treinamentos.
- Interoperabilidade: a integração do BIM com outros softwares pode ocasionar problemas, inclusive tornar impossível sua utilização no projeto de construção.
- Investimento: será necessário comprar um novo software especializado na tecnologia BIM.
Melhores softwares para a Plataforma BIM
Separamos para você uma lista com os 4 melhores softwares para a plataforma BIM, que foi criado em 1994 quando teve o desenvolvimento do formato de arquivo aberto IFC (Industry Foundation Classes). Esse formato foi fundamental para integrar diversas ferramentas e permitir a criação de um projeto completo.
Mas por que usar um software específico de BIM, se podemos usar o AutoCad?
Pois você perderá todas as informações ricas que o BIM gera através de seus modelos e se transformará apenas em uma grande maquete 3D.
Então, aproveite nossa lista dos 4 softwares BIM mais usados no mercado:
Revit Architecture
Um dos softwares de BIM mais conhecidos do Mercado, disponibiliza para o profissional diversas ferramentas como cortes automáticos, quantitativos e toda a parte orçamentária. Foi desenvolvido pela Autocad / Autodesk.
Vectorworks Architect
Relativamente fácil de usar, o Vectorworks Architect é um dos preferidos das construtoras, incorporadoras e escritórios de arquitetura que querem começar no BIM. Essa indicação para quem inicia se dá pela possibilidade de criar projetos 2D em ambiente 3D simplificado, sem perder a possibilidade de edição. Também é uma opção mais barata em relação ao Revit Architecture.
ArchiCAD
Um dos preferidos dos arquitetos e indústria do design. O Archicad permite projetar grandes obras de maneira colaborativa, através do TeamWork. Com essa tecnologia, o projeto fica na nuvem, permitindo que profissionais de todo o mundo se envolvam.
Bentley Architecture
A coordenação automática de documentos de projeto e construção, que reduz erros e omissões, faz o Bentley Architecture ser a escolha de muitas empresas, principalmente internacionais. É utilizado normalmente por empresas maiores que querem um grau de detalhamento aprofundado. Um ponto de atenção é ser um software pouco intuitivo.
Como funciona a aplicação de tecnologia para BIM?
Passo 1: Modelagem
Um dos softwares que operam dentro da metodologia BIM mais conhecidos hoje no mercado é o Revit®, utilizado na fase inicial de elaboração do projeto da construção. Isso quer dizer que ele e CAD 3D fazem a mesma coisa?
Fernando Silva Ramos, consultor para implementação de BIM da Softplan, esclarece que o segundo é utilizado apenas para fazer a representação do desenho do empreendimento: “Programas como o CAD 3D atualmente não operam em BIM porque não têm estrutura para armazenar informações de forma sistêmica e coordenada, permitindo o aproveitamento delas em outras etapas e processos”.
Com o Revit®, segundo o especialista, é diferente, porque além de modelar todos os componentes do projeto o programa permite ainda a inclusão de dados relacionados a eles, bastando clicar sobre o elemento para abrir um painel de controle e visualizar todos os detalhes registrados.
No caso de uma parede de alvenaria, por exemplo, é possível especificar valores para camadas e espessuras, além dos materiais utilizados para sua construção. O software também possui a funcionalidade de importar o desenho de outras ferramentas, como o CAD 3D.
Passo 2: Planejamento
Com o modelo estruturado e as especificações de cada componente devidamente inseridas, as três dimensões espaciais da edificação podem ser combinadas à variável tempo, ou seja, às informações que compõem o cronograma de obra do empreendimento, o que envolve prazos e sequência de execução de atividades, por exemplo: é o chamado BIM 4D.
Ferramentas como o Synchro podem promover essa integração, a qual ajuda a visualizar a evolução da obra e a comparação entre o previsto e o realizado de forma mais realista, ou seja, ela transforma números e barras em uma representação mais amigável.
Além disso, fica mais fácil de prever e evitar conflitos entre atividades a partir da melhor compreensão da relação entre os serviços. Outro ponto importante é que a maior confiabilidade dos dados disponibilizados no modelo ajuda na definição de prazos de execução mais assertivos e condizentes com a realidade, sem contar que a possibilidade que a tecnologia para BIM oferece de simular diversas formas de se executar a mesma etapa permite que a construtora opte pela que mais ofereça custo-benefício e otimize o tempo no cronograma.
Passo 3: Orçamento
Adicionando a variável “custo” ao conceito BIM 4D, o que é possível obter? Isso mesmo, o BIM 5D e a possibilidade de gerar instrumentos de gestão extremamente importantes como o cronograma físico-financeiro!
Mas não é só isso: analisar todas as plantas e projetos para extrair quantitativos e gerar planilhas – ou, melhor ainda, importá-los para dentro de uma solução tecnológica especializada que faça o gerenciamento integrado do projeto – pode ser um tanto trabalhoso e tomar um tempo que poderia ser empregado em ações bem mais rentáveis.
É por isso que tecnologias para BIM como o Navisworks® e o Vico Software proporcionam o levantamento de quantitativos para a geração de orçamentos e a atribuição do valor total a cada componente do modelo de forma prática. A consolidação da quantidade total de materiais, mão de obra e equipamentos extraídos da tecnologia para BIM torna o processo de orçamentação muito mais preciso, porque tem como referência o formato exato em que o empreendimento foi projetado e atualizado.
Diferentemente de calcular quantitativos com base em estimativas, correndo o risco de fazer interpretações e comparações erradas, ter erros de digitação e deixar algum cálculo importante de lado.
Ferramentas como essas são capazes de aproveitar ao máximo as informações já registradas, e esse é justamente o objetivo do BIM. Isso casa perfeitamente com as etapas de projeto, planejamento e orçamento, as quais estão completamente ligadas e quanto maior sua sintonia, maior a capacidade de traçar um plano de ação mais detalhado, próximo à realidade e efetivo
Plataforma BIM pelo mundo
O BIM é uma realidade mundial, vista como evolução no processo construtivo. Confira como é a realidade de 5 países sobre a utilização da plataforma BIM em seus projetos:
Estados Unidos: Em 2006, a General Services Administration (GSA) decretou a obrigatoriedade da utilização do BIM, válida para a fase de projetos de novos edifícios públicos.
Europa: Em 2016, houve uma reunião oficial com 14 países com objetivo de fomentar a utilização de BIM na administração pública na Europa. Para tal foi criado o “EU BIM Task Group”.
Chile: desde 2011, o Ministério de Obras Públicas exige BIM em licitações de hospitais.
Finlândia: Foi um dos pioneiros na utilização do BIM. A Senate Properties obriga o uso do BIM em seus Projetos desde 2007.
Reino Unido: Com objetivo de se tornar líder mundial em plataforma BIM, o Reino Unido procura reduzir o custo dos projetos de construção em 20%, além da visão sustentável, procurando reduzir a emissão de carbono.
Quer saber como está a realidade brasileira? Confira nossa palestra online e gratuita “BIM na Construção. Tudo sobre BIM na Engenharia Brasileira”.
BIM em projetos públicos brasileiros: é obrigatório?
Com a entrada em vigor do decreto nº 10.306 em abril de 2020, a utilização do Building Information Modelling (BIM) na execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia realizados por órgãos e entidades públicas tornou-se obrigatória.
Essa medida faz parte da Estratégia Nacional de Disseminação do BIM (conhecida como Estratégia BIM BR), que busca, desde 2018, modernizar os processos de Construção Civil a fim de ter mais produtividade, transparência e controle na execução de projetos públicos.
O Decreto nº 11.888/2024 reforçou essa obrigatoriedade por meio de regras e prazos específicos para a implementação do BIM nas diferentes fases das contratações públicas, como planejamento e projeto. Além disso, também destacou a necessidade da integração entre os sistemas utilizados para uma melhor usabilidade e colaboração da equipe.
Assim, a obrigatoriedade do BIM ocorre de forma escalonada, para que tanto os órgãos públicos quanto o mercado consigam se adequar às novas exigências.
Dessa forma, a adesão ao BIM deixou de ser uma opção para essas empresas, consolidando-se como uma ferramenta essencial para a gestão e execução de obras, alinhando o Brasil às melhores práticas internacionais na Construção Civil.
O uso do BIM no Brasil
O uso do BIM no Brasil está se consolidando como uma ferramenta essencial para a transformação digital na Construção, mas sua adoção ainda tem apresentado alguns desafios significativos para as construtoras e incorporadoras brasileiras.
De acordo com a pesquisa “BIM Municípios e Cidades Inteligentes 2024“, 85,6% dos municípios brasileiros ainda estão nos estágios iniciais da implementação, utilizando principalmente ferramentas 3D, sem alterações substanciais em políticas ou processos.
Apenas 16,7% dos municípios já apresentam maturidade intermediária ou avançada no uso de processos, tecnologia e políticas relacionadas à plataforma.
A infraestrutura tecnológica é outro ponto citado no estudo: 64,8% dos profissionais trabalham com equipamentos inadequados para projetos BIM, e 14,6% enfrentam limitações de conectividade, o que compromete a produtividade da ferramenta.
No entanto, a implementação do Decreto nº 10.306/2020, que torna o uso do BIM obrigatório em contratações públicas federais desde de 2021, tem sido um marco para impulsionar a adoção da metodologia. Essa exigência tem gerado maior conscientização e interesse no uso do BIM, o que provavelmente poderá melhorar a adaptação das empresas.
Vantagens das plataformas BIM para empresas brasileiras
Apesar de serem muito difundidas no mercado da Construção e da Arquitetura, as quatro ferramentas BIM que listamos anteriormente são internacionais e, por isso, acabam apresentando desvantagens para as empresas brasileiras.
Por outro lado, já temos soluções nacionais que mitigam esses desafios, oferecendo uma série de benefícios específicos para as empresas nacionais. Um dos principais é o suporte integral em português, que elimina qualquer possibilidade de barreira linguística e torna a gestão da ferramenta algo muito mais simplificado do que contar com opções estrangeiras.
Outro diferencial importante é a adaptabilidade às necessidades específicas da Construção Civil local. As plataformas nacionais são projetadas para refletir a realidade local, incluindo funcionalidades que atendem diretamente aos desafios encontrados em projetos e obras daqui. Essa adaptação permite que o processo de implementação seja mais alinhado às práticas do mercado, evitando a necessidade de readequar a ferramenta para a nossa realidade.
Além disso, como já dissemos, a plataforma BIM permite a colaboração em tempo real entre equipes, independentemente de sua localização física. A comunicação ágil e o acesso remoto, por meio de dispositivos como tablets e smartphones, são pontos essenciais para reduzir retrabalho e fazer com que prazos sejam cumpridos.
Outro benefício é a facilidade de uso, sem a necessidade de investimentos em equipamentos caros ou infraestrutura robusta. As ferramentas brasileiras na nuvem permitem que qualquer profissional, de qualquer lugar, acesse dados e participe do processo colaborativo de maneira prática e econômica.
Qual a melhor plataforma BIM brasileira? Conheça o Construmanager
Escolher a melhor plataforma BIM para sua empresa pode ser um desafio, especialmente no Brasil, onde muitas opções disponíveis são desenvolvidas no exterior e exigem investimentos elevados em licenças e equipamentos.
Essas barreiras realmente dificultam a adoção da tecnologia, principalmente em construtoras que precisam lidar com orçamentos mais limitados e realidades locais específicas.
O Construmanager, no entanto, surge como uma solução inovadora e acessível, projetada para superar essas dificuldades e atender às necessidades das empresas brasileiras. Desenvolvido 100% em português, ele oferece uma interface intuitiva e simplificada para equipes com todos os níveis de experiência.
Além disso, o software é leve e funciona totalmente na nuvem, dispensando a necessidade de máquinas mais potentes ou placas de vídeo caras. Isso facilita o acesso remoto à plataforma BIM por meio de dispositivos como tablets e smartphones, promovendo maior mobilidade e colaboração em tempo real entre os membros da equipe, estejam onde estiverem.
Portanto, se você está buscando uma solução BIM eficiente, acessível e projetada para se adequar à realidade da sua empresa, o Construmanager é a resposta.
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